Rock in Rio 2024: projeto Favela 3D avança com as obras de revitalização no Morro da Providência
Nesta sexta-feira, o primeiro balanço das iniciativas na comunidade foram apresentados na Cidade do Rock
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GERADO EM: 30/08/2024 - 18:16
"Rock in Rio revitaliza favela com projeto 'Favela 3D', impulsionando transformação social e urbana"
O projeto 'Favela 3D' do Rock in Rio avança com obras no Morro da Providência, beneficiando a comunidade com revitalização. Moradores participam ativamente, com impacto positivo na renda e na educação. O foco é na transformação social e urbana, destacando a importância da cultura e parcerias para mobilizar a sociedade em prol do desenvolvimento das favelas.
Digital, digna e desenvolvida, assim é descrito o projeto 'Favela 3D', uma parceria do Rock in Rio que desembarca pela primeira vez no Rio de Janeiro, beneficiando o Morro da Providência através da ONG 'Entre o Céu e a Favela' com ações de revitalização. A iniciativa criada e idealizada pela ONG Gerando Falcões, um Instituto que promove desenvolvimento social, visa promover a transformação urbana e social de comunidades do Brasil. Nesta sexta-feira, o primeiro balanço das iniciativas na Providência, localizada na região Central do Rio, foram apresentadas durante coletiva na Cidade do Rock.
— O diferencial desse projeto é que nós favelados somos protagonistas. Estou muito feliz disso estar acontecendo pela primeira na Providência, primeira favela do Brasil — afirmou Cintia Santana, coordenadora da ONG Entre o Céu e a Favela.
Ao todo, foram investidos R$ 7 milhões arrecadados e doados pelo festival para a Ação Cidadania e Gerando Falcões. Nesta primeira fase do projeto iniciado em janeiro deste ano, os moradores voluntários revitalizaram as áreas do Buraco, Sessenta e Ladeira do Faria, situadas na região central do Morro da Providência, no bairro da Gamboa. Mais de 250 famílias desses locais e 96% das crianças, maioria filhos de mãe solo, estão matriculados, além de um aumento de 15% na renda familiar dos beneficiários do projeto.
— Não é para gente ficar aqui curtindo em festa e fingir que não tem nada acontecendo. Primeiro a gente resolve a fome e depois passamos para outras ações. Se é possível melhorar 80% das favelas desse país, é possível fazer tudo melhor — afirmou Roberta Medina, vice-presidente da Rock Word que administra o festival.
São 11 projetos acontecendo no Brasil. E há negociação para tentar ampliar, segundo Roberta.
— Quando a gente fez a parceria e quando foi lançado o projeto estava no meio da emergência no Sul. A gente destinou rapidamente as doações. A gente continua arrecadando e vai ter mais uma parceria durante o festival nessa fase de reconstrução. Isso é muito importante. É a importância da cultura na mobilização da sociedade. A gente não seria o que a gente é hoje se não fosse pela cultura e por esse tipo de parceria — disse Daniel Souza, presidente do Ação da Cidadania.
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A iniciativa do projeto busca levar uma urbanização e uma melhor infraestrutura para a Providência, entregando melhores serviços de educação para as crianças e jovens moradores do local.
— Mudar a perspectiva de vida, visando um futuro melhor, é o que move a ação social que tem como seu principal objetivo a redução da pobreza nas comunidades — afirmou Sérgio Rocha, diretor de comunicação do Instituto Gerando Falcões.
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