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Por — Rio de Janeiro

Peixão, Alvinho ou Aarão. Álvaro Malaquias Santa Rosa, dono desses três apelidos, possui uma extensa ficha policial com mais de 35 anotações criminais e é citado em 26 processos que tramitam no Tribunal de Justiça do Rio. Treze deles resultaram de inquéritos instaurados para apurar crimes contra vida (homicídio ou tentativa de homicídio). Doze são resultantes de investigações por tráfico de drogas e um por organização criminosa. Um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro, com seis mandados de prisão expedidos pela Justiça, ele tem perfil violento e expansionista.

Costuma punir com a morte seus inimigos ou quem ousa contrariá-lo. Para dificultar as investigações, Peixão chegou a sumir com corpos de algumas de suas vítimas. Em 2019, um inquérito da 22ªDP (Penha) concluiu que o traficante foi o responsável por ordenar o sequestro de oito jovens. Todos teriam sido executados, mas seus restos mortais jamais foram encontrados.

Quem é Peixão?

Integrante da cúpula da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), Álvaro Malaquias Santa Rosa diz ser evangélico e é acusado de atuar com intolerância com religiões de matrizes africanas, chegando a proibir o uso de branco nas comunidades dominadas por ele, além de determinar a destruição de terreiros.

Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão — Foto: Reprodução
Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão — Foto: Reprodução

Criou o "Complexo de Israel"

Em julho de 2020, o criminoso criou o "Complexo de Israel" nome que deu ao conjunto de favelas onde o tráfico de drogas é comandado por ele, Inclui Cidade Alta, Parada de Lucas, Vigário Geral, Cinco bocas e Pica-Pau. Além delas, o suspeito também domina territórios de comunidades em Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Peixão gosta de ser chamado por seus comparsas como Aarão, nome citado na Bíblia como irmão mais velho do profeta Moisés. 

Estrela de Davi - Cidade Alta — Foto: Reprodução TV Globo
Estrela de Davi - Cidade Alta — Foto: Reprodução TV Globo

Para marcar território onde mantém domínio, Peixão costuma usar símbolos como a bandeira de Israel e a Estrela de Davi. Na Cidade Alta, uma caixa d'água ostenta a estrela que atrai proteção divina. Em 2021, durante uma operação em Parada de Lucas, policiais civis localizaram uma das casas que seria usada pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa.

No imóvel, um enorme painel na área externa, ao lado de uma grande piscina, surpreendeu os agentes. Tratava-se de uma pintura reproduzindo parte da cidade de Jerusalém. Já num esconderijo subterrâneo usado pelo traficante para se esconder durante incursões policiais, agentes encontraram — além de munição para uma metralhadora antiaérea e coletes balísticos — uma edição de luxo da Torá, o livro sagrado de escrituras religiosas judaicas.

Poder bélico

O poder bélico do traficante também chama a atenção da polícia. Em maio de 2023, durante uma operação, policiais civis apreenderam armamento em valor estimado em mais de R$ 1 milhão na favela Parada de Lucas.  Entre as armas apreendidas, duas chamaram a atenção dos agentes. Uma metralhadora. 50 e outra.30. Elas podem fazer disparos que perfuram a blindagem de veículos e podem até derrubar aeronaves. Na ocasião, além das metralhadoras, foram apreendidos 15 fuzis, milhares de balas de vários calibres, e 21 granadas. 

Apesar de integrar a cúpula do TCP, Peixão costuma ter autonomia para chefiar o tráfico nas comunidades que controla os territórios, sem sofrer interferências da facção criminosa. Segundo a polícia, o bandido já chegou a ficar escondido fora do Rio, em Santa Catarina, usando documentos falsos. Em 2017, para escapar de cerco policial, após rechaçar uma tentativa de invasão de uma facção rival à Cidade Alta, Peixão teria sido o responsável por ordenar a queima de veículos para dificultar o deslocamento de viaturas. Na ocasião, nove ônibus foram queimados e dois caminhões incendiados em vias expressas como a Avenida Brasil, Linha Vermelha e a Rodovia Washington Luís. Por conta do tumulto, o traficante conseguiu fugir.

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