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Por — Rio de Janeiro

Em meio à chegada do outono, estação que marca a fase de transição entre os fenômenos El Niño e o La Niña, chuvas intensas previstas para o final de semana no Rio de Janeiro colocam em alerta todo o estado, principalmente as regiões Metropolitana e Serrana. Todos os principais modelos de previsão do tempo indicam chuvas torrenciais a partir desta sexta-feira, sendo sábado o dia com os maiores volumes. As tempestades devem acontecer por conta de uma frente fria que se aproxima após dias de forte calor. Segundo os meteorologistas, o que pode provocar a grande quantidade de chuva é o choque de massas: uma muito quente, que paira sobre o estado, e uma muito fria, formada no Uruguai. Entenda abaixo nos infográficos:

Encontro de massas de ar frio e quente

Encontro de uma intensa frente fria, carregada de umidade, com massa de ar quente e úmido, que desde semana passada afeta o estado do Rio.

Infográfico mostra como a chuva se forma — Foto: Arte O Globo
Infográfico mostra como a chuva se forma — Foto: Arte O Globo

Frente fria

A frente fria ainda está em formação na altura do Uruguai. Mas deve passar por São Paulo (SP) já na madrugada de quinta-feira para sexta-feira.

Infográfico mostra como a chuva se forma — Foto: Arte O Globo
Infográfico mostra como a chuva se forma — Foto: Arte O Globo

Tempestade formada

A imensa quantidade de energia e vapor d’água disponíveis alimentam a formação de nuvens de tempestades. Mais nuvens podem se formar porque o Atlântico está mais quente, lançando mais vapor na atmosfera.

Formação da tempestade sobre o Rio — Foto: Arte O Globo
Formação da tempestade sobre o Rio — Foto: Arte O Globo

Ainda com herança do El Niño, no qual a atmosfera permanece extremamente quente na região Sudeste, haverá a chegada de uma frente fria intensa nos próximos dias, aponta o professor do Departamento de Engenharia Agrícola e do Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense Márcio Cataldi. Além disso, ele explicou ao GLOBO como é feito o processo para realizar as previsões.

— As previsões de tempo são atualmente baseadas em resultados de modelos numéricos, desenvolvidos em diferentes centros de meteorologia espalhados pelo mundo, e avaliadas por meteorologistas que possuam experiência em previsão do tempo. Estas previsões estão baseadas principalmente nos campos atmosféricos previstos pelo modelo do centro Alemão e pelo modelo do Centro Europeu — descreveu ao GLOBO.

O fenômeno trará características de frentes frias que ocorrem em períodos de La Niña. A partir de sexta-feira, a transição será intensa no Rio de Janeiro e sudeste de Minas Gerais, com a intensificação da chuva na Região Serrana do estado, e pode se alongar até a terça-feira.

— No caso da chuva prevista para o final de semana, além dos elevados volumes de chuva previstos pelos modelos, as condições atmosféricas estão bastante favoráveis para a ocorrência de chuva intensa e persistente realmente acontecerem — completou ele.

Durante a passagem do evento se formarão pequenos vórtices em níveis médios da atmosfera e, entre domingo e segunda, um pequeno ciclone próximo da costa do estado do RJ. Essa configuração poderá ocasionar elevados volumes de chuva em todo o estado, conta Cataldi.

A previsão aponta que pode ultrapassar a marca do 400 mm na Região Serrana em um período de 48 horas. O professor explica que o valor supera o registrado durante o desastre do Morro do Bumba, em Niterói, que foi de cerca de 372 mm em 72 horas. Além disso, mesmo inferior, se aproxima ao catalogado na última tragédia de Petrópolis, que foi de 548 mm entre os dias 20 e 21 de março, em 2022, compartilhou ele em uma publicação a partir de dados retirados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e corrigidos com a contribuição da Meteorologista Hana Silveira.

— São valores anomalamente altos e ocorrendo em um intervalo de tempo de 2 a 3 dias. A maior preocupação, até o momento, parece ser com o município de Petrópolis e toda a Região Serrana do estado, mas sem descartar a Região Metropolitana do Rio — explica o professor ao GLOBO.

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