Museu do Samba inaugura exposição com acervo inédito de grandes artistas
Mostra reúne vídeos, fotos, fantasias, manuscritos e objetos de ícones do gênero
Por Priscilla Litwak — Rio de Janeiro
RESUMO
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GERADO EM: 17/12/2024 - 21:17
Exposição "Patrimônios Negros" no Museu do Samba
O Museu do Samba apresenta a exposição "Patrimônios Negros" com acervo inédito de grandes artistas, incluindo vídeos, fotos, fantasias e manuscritos. A mostra destaca a história do samba carioca e homenageia figuras importantes do gênero. Os visitantes podem explorar a rica herança cultural do samba de terça a sábado, na Mangueira.
Uma nova oportunidade de imersão na história do samba está disponível para o público no Museu do Samba, na Mangueira. A exposição “Patrimônios negros”, inaugurada este mês, reúne vídeos, fotografias, manuscritos, fantasias e objetos pessoais que contam histórias de grandes sambistas cariocas. A mostra, que pode ser visitada até março, após o carnaval, é patrocinada pela prefeitura do Rio, por meio da Lei do ISS.
— Essa nova exposição tem como protagonistas mulheres e homens que fazem parte da história do samba carioca, em suas diversas manifestações culturais — explica Nilcemar Nogueira, fundadora do Museu do Samba. — A partir de suas memórias, histórias e revelações, vamos oferecer uma experiência de imersão no gênero e no carnaval, sob a perspectiva do próprio sambista.
Baseada em 170 depoimentos inéditos gravados entre 2009 e 2024, a exposição utiliza relatos biográficos para revelar os bastidores dos desfiles, das rodas de samba e da vida social dos artistas. Entre os itens de destaque está o documento original do Iphan que concedeu ao samba carioca o título de Patrimônio Cultural do Brasil. Além disso, desenhos feitos pelo artista plástico Cadumen retratam ícones como Alcione, Cartola, Dona Zica e Candeia, ao lado de manuscritos originais de compositores como Nei Lopes e Wanderley Caramba.
A exposição também homenageia figuras centrais do samba, como Noca da Portela, Tantinho da Mangueira e Vilma Nascimento.
— “Patrimônios negros” apresenta o samba enquanto expressão cultural e símbolo da identidade brasileira; presta homenagem aos verdadeiros guardiões dessa memória ancestral, personalidades cujas vidas se entrelaçam com o desenvolvimento do samba em suas múltiplas formas e significados. Temos um acervo que é uma raridade. É o único do Brasil que dá voz a todos os segmentos do samba, valorizando seus saberes e transmitindo seus legados — afirma Nilcemar.
A exposição está aberta para visitação de terça-feira a sábado, das 10h às 17h, no Museu do Samba, localizado na Rua Visconde de Niterói 1.296, na Mangueira. O ingresso custa R$ 20 (inteira), com entrada gratuita para estudantes da rede pública.