Após ter integrado o Centro de Contingência de São Paulo no Combate à Covid-19, o infectologista Esper Kallás enfrentou um novo desafio: a pior epidemia de dengue da história do Brasil. O cientista mineiro não esmoreceu. Ao assumir a direção do Instituto Butantan, em São Paulo, em janeiro do ano passado, ele e sua equipe criaram a primeira vacina contra a doença no Brasil, com 80% de eficácia. E, para prestigiar a luta pela vida, por meio do trabalho desses cientistas, o Prêmio Faz Diferença 2023, na categoria Ciência e Saúde, foi para Kallás, que o recebeu das mãos da editora de Saúde do GLOBO, Adriana Dias Lopes, e do diretor da sucursal de Brasília, Thiago Bronzatto.
O infectologista dedicou o prêmio à família e disse que gostaria que os quatro mil colaboradores do Instituto Butantan estivessem presentes para receber também a condecoração:
— São pessoas que estão se dedicando não só a essa vacina, mas também a tantas outras, como a de Chikungunya, que está chegando. Fazer medicina não é só curar, mas é aliviar o sofrimento humano. E é isso que a gente procura fazer — afirmou ele, durante a cerimônia de entrega do prêmio, na noite desta quarta-feira, na Casa Firjan, no Rio.
Veja fotos da cerimônia de entrega do Prêmio Faz Diferença
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Além do trabalho no combate à Covid-19, Kállas já tinha o seu nome relacionado a outras lutas, como a das pesquisas contra o HIV nos anos 1990. Paralelamente à pesquisa da vacina contra a dengue, o diretor lidera novos projetos que incluem o desenvolvimento de imunizantes para monkeypox e gripe aviária, doenças cuja capacidade de provocar pandemias preocupa os especialistas.
Entre os planos, destaca-se a criação de uma planta fabril multipropósito e uma fábrica dedicada à produção de vacinas e outros produtos baseados em RNA mensageiro. Ele também pretende dobrar a produção de soros, visando atender 100% da demanda nacional e ainda exportar para outros países.
Natural de Minas Gerais e graduado pela Faculdade de Medicina de Itajubá em 1989, Kallás é um pesquisador renomado que já conduziu diversos ensaios clínicos, incluindo no Instituto Butantan, no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Imunobiológicos (CeRDI). Ele possui doutorado pela Unifesp, com cotutela na Universidade de Rochester, nos EUA. Além disso, é professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, onde é livre-docente desde 2009.
O Prêmio Faz Diferença é uma realização do jornal O GLOBO, com patrocínio da Firjan SESI e apoio da Naturgy.
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