Faz Diferença 2022: vencedora na categoria Ciência e Saúde, Mercedes Bustamante dedica prêmio aos povos indígenas

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Mercedes dedicou seu prêmio aos povos indígenas que vivem no Cerrado e que nos ensinam que o homem e o meio ambiente têm um destino comum. Por isso, segundo ela, é preciso preservar esse patrimônio. Bustamante arrancou aplausos da plateia ao homenagear os cientistas brasileiros.

— Quero compartilhar esse prêmio com a comunidade científica brasileira, que tanto sofreu nos últimos anos — disse.

Bustamante se dedica, principalmente, a pesquisar o funcionamento de ecossistemas, em especial o Cerrado. Um artigo de sua autoria, publicado em 2022, ganhou a atenção do mundo ao alertar para o aumento da temperatura média no Cerrado neste que é o segundo maior bioma brasileiro.

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Professora titular da Universidade de Brasília (UnB), Bustamante é integrante da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Academia Nacional de Ciências (NAS, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. Ela trabalhou juntamente ao Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e ao Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PMBC), em ambos os casos estudando as possibilidades na redução de impactos.

Em janeiro, Bustamante assumiu a presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), instituição ligada ao Ministério da Educação (MEC) que tem como missão expandir e consolidar os programas de mestrado e doutorado no Brasil, além de atuar na formação de professores da educação básica. Bustamante é a quinta mulher a assumir a presidência do órgão.