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GERADO EM: 13/01/2025 - 21:40

Nomeação polêmica de Queiroz em Saquarema: salário acima de R$10 mil e histórico controverso

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, assume cargo de subsecretário em Saquarema com salário acima de R$ 10 mil. Nomeação gera perplexidade. Cargo visa auxiliar na segurança municipal. Histórico de rachadinha e tentativas políticas anteriores. Apoio de Flávio Bolsonaro é evidente. Suspeitas de desvios e anulação de ação criminal no passado.

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e pivô do caso que ficou conhecido como "rachadinha", Fabrício Queiroz foi nomeado subsecretário de Segurança e Ordem Pública da prefeitura de Saquarema, município no interior do Rio de Janeiro. O cargo foi criado após a posse da prefeita Lucimar Vidal (PL), que contou com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito municipal de 2024. A nomeação foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira.

Nem a portaria que nomeou o ex-policial militar nem a lei que estipulou a criação do posto trazem a informação sobre o salário da função, tipificada como um Cargo Comissionado do Executivo (CCE) de nível 15, o mais alto possível para esse tipo de atuação. Tampouco foi possível encontrar no Portal de Transparência da prefeitura, que apresenta problemas para consulta, a remuneração para atividade equivalente. Tomando como referência publicações passadas, no entanto, é possível inferir que Queiroz receberá mais de R$ 10 mil mensais — valor destinado aos nomeados de nível CCE-14.

Segundo a prefeitura, o cargo de Queiroz tem como atribuição "auxiliar o secretário da pasta na gestão administrativa, na formulação, coordenação e supervisão das políticas de segurança e ordem pública", de modo a garantir a "implementação eficiente das ações estratégicas, a integração entre as forças de segurança e o atendimento às demandas municipais relacionadas à proteção da comunidade e ao bem-estar público".

O ex-amigo de infância dos filhos de Bolsonaro chegou a lançar candidatura à Câmara Municipal da cidade no ano passado. Queiroz não foi eleito, após conseguir apenas 588 votos, e ficou como suplente.

Não foi a primeira vez que Queiroz concorreu para um cargo na política fluminense. Em 2022, ele chegou a disputar uma vaga para deputado estadual pelo Rio de Janeiro, mas obteve somente 6,7 mil votos e não se elegeu.

Se em 2022 ele não contou com manifestações de apoio de integrantes da família Bolsonaro, em 2024 o filho 01 do ex-presidente, Flávio, gravou um vídeo ao lado do antigo assessor e ex-amigo da família, em apoio à candidatura. Na mídia, publicada nas redes sociais do candidato, Flávio diz que o ex-funcionário foi perseguido e usado para tentar atingir a família Bolsonaro.

— Todo mundo está vendo as perseguições com quem é de direita. O Queiroz foi vítima disso lá atrás, tentaram usar ele para nos atingir. Graças a Deus não conseguiram e ele tá aqui, cabeça erguida e peito aberto, pedindo voto em Saquarema. E eu to pedindo pra vocês também — fala Flávio que ao final do vídeo chama o ex-assessor de "comando" e o abraça.

O encontro marcou a primeira vez que um membro do clã Bolsonaro esteve em público com o antigo amigo desde que surgiram suspeitas de que Queiroz estava operando um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio, que era deputado estadual na época.

Em novembro de 2020, o Ministério Público do Rio denunciou Queiroz, Flávio e outros assessores do filho do ex-presidente por supostos desvios na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). No entanto, a defesa do atual senador conseguiu anular a ação criminal com base em erros processuais, e o mérito do caso acabou nunca sendo julgado.

O ponto de partida do caso das rachadinhas foi um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. À época, o ex-assessor de Flávio argumentou que fazia “rolos” com venda de carros.

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