Política
PUBLICIDADE
Por — Brasília

RESUMO

Sem tempo? Ferramenta de IA resume para você

GERADO EM: 24/12/2024 - 15:17

Arquivado inquérito contra Aécio Neves: Gilmar Mendes critica PGR.

Gilmar Mendes arquivou inquérito contra Aécio Neves devido a excesso de prazo e irregularidades na investigação de sonegação de despesas eleitorais de 2014. O ministro criticou a atuação da PGR e a inclusão de relatório do Coaf, considerando a ação como ilegal e desprovida de atribuição legal. A defesa de Aécio teve pedido de extensão negado, mas Gilmar apontou irregularidades na atuação da PGR no caso.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (23) o trancamento de um inquérito contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB). O caso, que tramita na 30ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, investiga a suposta omissão de declarações de despesas durante a campanha eleitoral de 2014. A defesa do parlamentar disse que a decisão era "esperada".

Na decisão, o ministro aponta dois aspectos ilegais no inquérito que justificaram a concessão de habeas corpus de ofício. O primeiro deles é o “excesso de prazo” na investigação. Iniciado em 2020, o inquérito visa apurar fatos ocorridos há mais de dez anos, mas até o momento não foram apresentadas provas suficientes que justificassem a denúncia, tampouco a investigação chegou a uma fase final.

“A duração indefinida ou ilimitada do processo judicial afeta não só a ideia de proteção judicial efetiva, como também a proteção da dignidade da pessoa humana”, apontou o ministro.

Outro ponto criticado pelo ministro foi a inclusão de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nos autos do processo. Esse documento foi adicionado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que, à época, já havia declinado a competência do caso para a Justiça Eleitoral de Belo Horizonte. Para Gilmar Mendes, essa ação ultrapassou os limites das atribuições da PGR no caso, configurando mais uma ilegalidade no andamento do inquérito.

"Há comprovação, portanto, de que atos investigativos foram praticados por autoridade que não detinha atribuição legal para efetuá-los – e que essa atuação irregular produziu elementos de prova que, ao lado de relatos inespecíficos e genéricos do colaborador, são até hoje usados pela PF como justificativa para prosseguir com o inquérito contra o requerente”, aponta Gilmar na decisão.

A decisão de Gilmar Mendes também analisou um pedido da defesa de Aécio Neves, que solicitava a extensão a ele dos efeitos de uma decisão anterior da Segunda Turma do STF. Essa decisão havia declarado ilícitas as provas obtidas pelo Ministério Público Federal por meio de requisição direta de dados fiscais e bancários à Receita Federal.

O relator considerou que o pedido de extensão não preenchia os requisitos legais, uma vez que os casos não eram semelhantes e não havia coautoria nos delitos investigados, mas entendeu ter havido irregularidades na atuação da PGR.

"A PGR deveria ter se limitado a enviar os autos para as autoridades competentes, sem prosseguir nas investigações. Isso parece ter sido afrontado com a determinação de juntada aos autos de relatório de inteligência financeira (RIF) produzido pelo COAF a pedido da própria PGR, em afronta às regras constitucionais e legais de definição do órgão do Ministério Público com atribuição para atuar na investigação criminal", disse.

Em nota, a defesa de Aécio afirmou que a decisão era esperada "já que, depois de 10 anos, não foi apontada qualquer irregularidade na prestação de contas da então candidatura presidencial do então Senador Aécio Neves em 2014, que, inclusive, foi aprovada pelo TSE". Segundo o advogado Alberto Toron, a medida segue a "larga jurisprudência do próprio STF".

Mais recente Próxima Defesa de Braga Netto cita 'histórico' de obediência de militar em pedido de liberdade a Moraes

Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político

Mais do Globo

O ciúme excessivo, quase paranoico, não é uma novidade ou exclusividade vivida apenas por mulheres, mas o assunto viralizou entre elas recentemente nas redes sociais, principalmente no TikTok

Você sofre com a Síndrome de Rebecca? Conheça condição que prejudica relações amorosas

O setor de esportes foi responsável por 78 eventos, seguido de perto pelo entretenimento

Turismo no Rio: número de eventos na cidade aumentou 45% em 2024, movimentando R$ 8,4 bi

Para cumprir a meta de contenção do aquecimento global a um máximo de 1,5°C, o mundo deveria dispensar a abertura de novos poços de petróleo

Petróleo e política

Pesquisa feita pela Stone mostra que comércio digital superou o físico

Natal mais fraco, mas ano melhor: o desempenho do comércio brasileiro em 2024

Chá pode diminuir a ansiedade e facilitar o descanso

Erva é capaz de acalmar dores musculares e combater a insônia; veja qual é

A atrofia muscular espinhal (AME) precisa ter diagnóstico confirmado por exame genético antes dos 6 meses para início do tratamento

Prestes a ter tratamento incorporado aos SUS, doença genética rara não tem diagnóstico na rede pública

Jaymesson de Araújo já ocupou cargo político na Câmara de Mesquita e foi denunciado em 2019 pelo GAECO por associação criminosa à milícia comandada por Amaury Trindade

Histórico de homicídio e associação com milícia: quem é "Neném da Macumba", policial reformado morto a tiros em Mesquita

Ciência revê conceitos no momento em que Facebook e Instagram deixam de checar veracidade de conteúdos

Primeiro mandato de Trump impulsionou estudos de fake news

Houve pelo menos outros três casos na região da Rua Uruguaiana. Em 2010, o fogo destruiu barracas de comércio popular na Central do Brasil

Incêndio no Camelódromo não foi o primeiro a atingir a famosa área de comércio popular no Rio, relembre outros casos