Por Anna Luiza Santiago
Carol Castro posa em clima de Natal com a filha, fala de 'Garota do momento' e lembra momentos difíceis da vida pessoal: 'Me sinto renascendo'
Carol Castro, a Clarice de "Garota do momento", posa para a coluna ao lado da filha, Nina, de 7 anos, em sua casa na Zona Sul do Rio de Janeiro. Depois de um período conturbado, em que passou por uma cirurgia no joelho e viveu o luto pela morte do pai, o ator e diretor Lucas de Castro, a atriz fala em renascimento.
— Na infância, eu era muito empolgada com o Natal. Depois eu tive uma época mais desencanada. Quando me tornei mãe, quis reacender essa chama. Sempre tive dentro de mim o espírito dessa data, isso tudo era muito simbólico na minha família. Agora, como eu e o pai da Nina (o violinista Felipe Prazeres) somos separados, nós dividimos as datas. A família dele ainda tem essa coisa do dia 24, da véspera, muito forte. Mas o dia 25 a Nina passa comigo. Vamos curtir, abrir presentes, manter a magia do Natal. Tenho muito a comemorar. Eu me sinto renascendo de fato, por conta de tudo o que eu venho passando: recuperando o joelho e começando a aceitar mais e a lidar melhor com o luto (ela também perdeu um tio em 2023, logo depois do pai). Além disso, a novela está me abraçando e deixando meu coração quentinho todos os dias. Só tenho a agradecer — diz.
Na trama das 18h, Carol interpreta uma mulher que sofreu um acidente e perdeu a memória. Ela passa a vida sendo enganada pelo marido, Juliano (Fábio Assunção), e pela sogra, Maristela (Lilia Cabral), sem saber que tem uma filha, Beatriz (Duda Santos). A atriz comenta a grande repercussão da história.
— Eu não posso dizer que esperava esse sucesso todo, mas esperava que a novela fosse ser bem recebida. É uma história muito linda, forte, necessária. Os núcleos são todos muito bem trabalhados. Fiquei maravilhada e vi que era uma oportunidade de mostrar melhor o que eu tenho para oferecer como atriz, o que posso entregar em cena. Estou muito feliz e surpresa com todo esse carinho que eu tenho recebido nas redes sociais — afirma ela, que em breve poderá ser vista em "Jogo cruzado", série do Star+ sobre um ex-jogador de futebol que passa a trabalhar num programa esportivo: — Eu faço uma jornalista esportiva. A história terá drama e comédia.
Carol, que em março completou 40 anos, precisou adiar a comemoração por conta do problema no joelho e das perdas.
— Eu diria que talvez tenha sido um pouco elevada ao cubo essa transformação dos 40 anos para mim por conta desses lutos e de ter que reaprender a andar. Mas agora o joelho está me permitindo trabalhar, isso é maravilhoso. Eu queria até fazer uma festa de 40 anos ainda, um aniversário fora de época, para poder celebrar melhor tudo o que está acontecendo. Agora eu diria que estou achando a idade maravilhosa, porque traz a maturidade para saber os limites — explica ela, que ainda tem feito sessões de fisioterapia: — Ainda não dá para dançar até o chão, ainda não dá para surfar, mas é um caminho. Não está me atrapalhando em nada, estou usando salto na novela, fiz a cena do atropelamento (do primeiro capítulo). Está tudo certo, tudo caminhando, literalmente.
A atriz considera que lida bem com a passagem do tempo quando o assunto é estética:
— Eu sempre disse que sou original de fábrica. Não fiz nenhum procedimento, mas não tenho nada contra quem faz, imagina. Infelizmente, há pessoas que estão perdendo a mão. Eu acho que isso ainda vai ter um nome, essa coisa de não parar de fazer procedimentos. Isso muito me preocupa. Mas, se precisar, um dia farei. Eu acho muito importante, principalmente no trabalho do ator, a expressão facial. Por isso, tenho medo de mexer no rosto.
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Atualmente, a atriz está solteira após terminar um namoro de cerca de um ano com o produtor Leandro Dias:
— Eu terminei um relacionamento, ainda teve esse luto também. Ficamos uns meses separados e voltamos. Terminamos de novo no início do ano. Mas é uma pessoa maravilhosa, está tudo certo. Somos amigos, é uma questão de desencontros mesmo, de morar em outra cidade. Ele tem a filha dele também. Eu diria que agora estou num momento comigo mesma. Não vou dizer que não estou vivendo, me permitindo viver algumas experiências, mas namorando, não.
Ela fala sobre o desafio de equilibrar o lado mãe com o lado mulher:
— Eu preciso de uma "anja da guarda", que é a Michele (que trabalha em sua casa). Quanto à Nina, eu e o pai dela nos dividimos nas funções. Eu diria que é um malabarismo. Estamos o tempo todo equilibrando pratinhos, andando na corda bamba, tentando dar conta de tudo. Para uma mãe conseguir trabalhar e continuar sendo ela mesma, buscando sua individualidade paralelamente à maternidade, só com ajuda realmente. Sozinha é impossível.