Venezuela libertou todos os adolescentes detidos após eleições, afirma ONG
Um total de 956 pessoas das mais de 2.400 detidas após os protestos registrados nas primeiras horas após a proclamação da vitória de Maduro foram libertadas
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GERADO EM: 25/12/2024 - 08:34
ONG libera adolescentes detidos na Venezuela.
Após protestos pós-eleições em Venezuela, ONG informa libertação de todos os adolescentes detidos. 956 de 2.400 detidos foram soltos, mas mais de 1.800 ainda estão presos por motivos políticos. Oposição contesta vitória de Maduro, denuncia detenções arbitrárias e maus-tratos, com protestos resultando em mortes e feridos.
As autoridades venezuelanas libertaram "todos" os adolescentes detidos durante os protestos contra a questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro, informou na terça-feira a ONG Foro Penal, que defende os "presos políticos".
"É uma boa notícia que todos os adolescentes tenham sido libertados da prisão. No entanto, muitos jovens continuam presos", afirmou Alfredo Romero, diretor da ONG, na rede social X. Ele calcula que as autoridades prenderam mais de 160 menores de 18 anos durante os protestos.
Um total de 956 pessoas das mais de 2.400 detidas após os protestos registrados nas primeiras horas após a proclamação da vitória de Maduro foram libertadas, segundo as autoridades.
A ONG Foro Penal, no entanto, contabiliza pouco mais de 300, a maioria em liberdade condicional.
"Este ano, este Natal é o Natal com a maior quantidade de presos políticos. Mais de 1.800 pessoas permanecem privadas de liberdade por motivos políticos", insistiu Romero.
Os protestos começaram depois que a oposição liderada por María Corina Machado afirmou que seu candidato, Edmundo González, venceu a eleição, e não Maduro, cuja vitória não foi reconhecida por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.
Muitos foram detidos sem mandado de prisão, segundo parentes e a ONG, que também denunciaram maus-tratos e torturas. Três detidos — de 36, 43 e 44 anos — morreram sob custódia das autoridades. Familiares também relataram tentativas de suicídio.
As manifestações também deixaram 28 mortos e quase 200 feridos.
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