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Por — Seul

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GERADO EM: 04/12/2024 - 08:37

Ministro da Defesa da Coreia do Sul renuncia após tentativa de lei marcial

Ministro da Defesa da Coreia do Sul renuncia após tentativa de lei marcial. Acusado de traição, Kim Yong-hyun pode enfrentar prisão perpétua ou pena de morte. Pressão política e popular levam à renúncia e possíveis punições. Presidente Yoon Suk-yeol enfrenta crise e oposição.

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou sua renúncia nesta quarta-feira, um dia após a tentativa frustrada do governo sul-coreano de impor lei marcial para combater supostas ameaças existenciais ao país. Apontado como peça-chave na frente militar da trama, Kim virou alvo de um pedido de investigação da oposição, que o acusa de traição — crime punível no país com prisão perpétua e pena de morte.

O pedido de renúncia do chefe da Defesa foi apresentado ao presidente Yoon Suk-yeol em meio à enorme pressão política e popular que se seguiu ao arroubo autoritário do governo — que sob lei marcial poderia fechar o Congresso, controlar a imprensa e impedir reuniões. Kim assumiu "total responsabilidade" pela decretação da lei marcial, desculpando-se com o país pela confusão provocada pela medida.

"Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo em relação à lei marcial (...). Assumi total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei marcial e apresentei minha renúncia ao presidente", afirmou Kim em um comunicado.

Relatos na imprensa sul-coreana já apontavam para Kim como a figura por trás do plano para impor a lei marcial. Ele teria apresentado a ideia ao presidente, exercendo uma importante influência, ainda de acordo com a imprensa local. Oficialmente, o ministro permanece no cargo até que sua renúncia seja aceita — embora ainda possa enfrentar punições mais severas, mesmo que seja mantido na função.

Parlamentares que apresentaram uma moção de impeachment contra o presidente também buscam o mesmo contra o ministro. Em um desdobramento ainda mais sensível para o ministro, representantes do Partido Democrático pediram a abertura de uma investigação contra Kim por traição, crime que pode ser punido com prisão perpétua e morte em Seul.

Entenda a crise política

O presidente da Coreia do Sul decretou lei marcial na terça-feira, sob o pretexto de proteger o país de "forças comunistas" pró-Coreia do Norte e assegurar a ordem constitucional no país. A medida, que determinava o fechamento do Congresso, também proibia manifestações públicas e reuniões políticas e estabelecia o controle da imprensa. Apesar das ameaças mencionadas, Yoon não detalhou as ameaças específicas de Pyongyang que teriam justificado a imposição da lei.

Em um discurso em rede nacional, por meio do qual anunciou a medida — o mesmo no qual citou as ameaças antiestatais —, Yoon acusou a oposição de "paralisar o governo" por interesses políticos. Na semana passada, os deputados da oposição, que têm maioria no Parlamento, aprovaram um plano de Orçamento significativamente reduzido. O Legislativo também já havia tentado abrir investigações contra o presidente, que está cada vez mais isolado no cenário nacional.

Após a decretação, o líder da oposição, Lee Jae-myung, convocou um protesto em frente à Assembleia Nacional. Organizações civis e sindicais também fizeram o mesmo. Embora forças de segurança tenham isolado o prédio, 190 parlamentares conseguiram entrar no plenário, votando por unanimidade pela ilegalidade da medida. Após a votação, Yoon recuou e derrubou o decreto de lei marcial. (Com AFP e NYT)

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