Pikas têm 'comportamento lúdico', 'elevação repentina' e podem chegar a 20 centímetros; saiba mais
Uma das espécies mais raras do mundo, Pika entrou, em 2023, para a lista de animais ameaçados de extinção
Por O Globo — Rio de Janeiro
RESUMO
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GERADO EM: 07/12/2024 - 18:13
"Pikas-de-Turuchan: Comportamento Surpreendente na Sibéria"
Pikas-de-Turuchan, ameaçados de extinção, surpreendem com comportamento lúdico e elevação repentina. Estudo revela brincadeiras acrobáticas e sociais, desafiando padrões de diversão animal em meio às condições extremas da Sibéria.
Parecem coelhos ou lebres, mas não são. Também lagomorfos, os pikas são pequenos mamíferos herbívoros com as orelhas arredondadas que vivem em regiões montanhosas da Ásia e da América do Norte. Com aparência fofa e amigável, o animal, uma das espécies mais raras do mundo, entrou em 2023 para a lista de animais ameaçados de extinção. Objetos de um estudo russo, os pikas-de-Turuchan, naturais da Sibéria Central, têm "comportamento lúdico" e podem chegar a 20 centímetros.
Apesar das condições climáticas da região, conhecida pelos invernos longos e intensos (com média de -- 25 ºC), os pequenos pikas-de-Turuchan conseguem se divertir — seja pulando de galho em galho ou correndo uns atrás dos outros. Eles têm uma pelagem espessa e escura, que os ajuda tanto a suportar o clima rigoroso quanto a se camuflar nas pedras, evitando predadores. Suas pernas traseiras, fortes e ágeis, permitem que se movam com facilidade entre as rochas.
'Elevação repentina' e 'comportamento lúdico'
Um estudo russo publicado no "Zoological Journal" e divulgado pelo portal "Live Science" analisou uma população de pikas-de-Turuchan na Cordilheira Primorsky, localizada na região de Irkutsk, a fim de entender como esses animais se comportam. Durante o estudo, os pesquisadores observaram os pikas realizando saltos acrobáticos, agarrando galhos com os dentes e até rolando de costas no chão.
Além dessas e outras brincadeiras, os pikas realizaram uma atividade que os pesquisadores passaram a chamar de "elevação repentina". Nesse momento, eles pulavam para cima, ficando sobre as patas traseiras, inclinavam a cabeça para trás e esticavam as patas dianteiras para a frente, muitas vezes segurando folhas na boca.
Tanto os filhotes quanto os adultos estavam envolvidos nas brincadeiras, revelou o estudo, o que indica que o "comportamento lúdico" não é exclusivo dos jovens — o que é incomum em animais selvagens.
Normalmente, observa-se que animais das mais variadas espécies brincam como uma forma de "treino para a sobrevivência" — seja para caçar, se proteger ou até para atrair parceiros. No entanto, o comportamento observado nos pikas-de-Turuchan parecia ser puramente social, apenas pelo prazer de brincar.