Pesquisa revela eleição acirrada entre Kamala e Trump nos EUA; veja cenários no Tracker do GLOBO
Média das sondagens aponta que, entre os estados-pêndulo, o republicano lidera no Arizona, enquanto a democrata ganha força na Carolina do Norte e na Geórgia
Por O Globo
RESUMO
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GERADO EM: 04/11/2024 - 13:58
Eleição acirrada: Kamala x Trump nos EUA
Pesquisa aponta eleição acirrada entre Kamala e Trump nos EUA. Republicanos confiantes, democrata lidera entre indecisos. Expectativa por alta participação e disputa acirrada em estados decisivos. Trump aposta em retórica nacionalista. Ferramenta Tracker do GLOBO traz médias de pesquisas para análise.
Na terça-feira, as urnas nos Estados Unidos serão fechadas, e terá início aquela que promete ser uma das mais imprevisíveis e tensas apurações da História recente do país. As pesquisas apontam para um empate, dentro da margem de erro, entre a vice-presidente, Kamala Harris, e o ex-presidente Donald Trump, com uma ligeira vantagem para a democrata no número de delegados. Contudo, o republicano está na frente em estados decisivos como Pensilvânia e Arizona. Confira os números da reta final da campanha com o Tracker, a ferramenta do GLOBO que traz as médias das últimas pesquisas nos EUA.
Os republicanos chegaram decididamente mais confiantes às últimas horas de uma campanha marcada pela troca do candidato que buscava a reeleição às vésperas da Convenção Democrata e por duas tentativas de assassinato do líder da oposição. Trump crê ter acertado ao desafiar o comando de sua campanha, que defendia mirar exclusivamente no que as pesquisas mostram ser os pontos mais frágeis de Kamala — economia e imigração. Sem deixar de lado a pregação xenófoba, o ex-presidente aumentou o tom dos ataques baixos e mentirosos a Kamala (“fascista”, “comunista”, “com QI baixo”, “preguiçosa”, “viciada”). Sua aposta é a repetição de 2016, quando derrotou a ex-secretária de Estado Hillary Clinton com a força de sua base.
Ambos os lados parecem otimistas com a alta participação que gerou mais de 78 milhões de votos antecipados, de acordo com o Laboratório de Eleições da Universidade da Flórida. Trump promete uma "vitória esmagadora", e sua rival acredita que esse "entusiasmo" a favorece.
Há sinais de que os eleitores que decidiram seu voto tardiamente estão mais inclinados a votar na vice-presidente. Entre os 8% dos eleitores que disseram que tomaram sua decisão recentemente, ela lidera com 55% contra 44%. Com o Dia da Eleição na porta, 11% dos eleitores permanecem indecisos, uma queda em relação aos 16% de cerca de um mês atrás.
Entre os sete estados-pêndulo — que variam de sigla nas eleições — as pesquisas mostram que Kamala está ligeiramente à frente no Michigan e em Wisconsin, enquanto Trump lidera as disputas em estados como Geórgia e Pensilvânia. Os resultados em todos os estados, porém, estão dentro da margem de erro — o que significa que, na prática, nenhum dos candidatos tem uma liderança definitiva. Em uma corrida eleitoral tão acirrada, mesmo um pequeno erro sistêmico nas pesquisas pode decidir o resultado.
Os sete estados-pêndulo correspondem a 93 dos 538 delegados em disputa. Para vencer, é preciso obter 270 delegados, isto é, maioria simples do total. Hoje, Kamala tem o apoio de 226, e Trump de 219.
Para mudar essa projeção, Trump aposta em sua retórica nacionalista, acusando os imigrantes irregulares de "envenenar o sangue do país", e na inflação, com uma campanha que não economizou ataques, incluindo contra sua rival.
Para entender o momento da corrida, o GLOBO traz para você o Tracker, um agregador das pesquisas nos sete estados onde a eleição será de fato decidida — Arizona, Wisconsin, Michigan, Nevada, Carolina do Norte e Pensilvânia — e dos números nacionais, que medem o humor do eleitorado. A ferramenta mostra a evolução da média das sondagens desde o anúncio da desistência de Joe Biden, no dia 21 de julho, e como eventos cruciais, como as Convenções Nacionais e os debates entre os candidatos à Presidência e à Vice-Presidência, pesarão na hora do voto. (Colaborou Eduardo Graça)