As dicas de KondZilla e Boca Rosa para quem quer bombar na internet

Indústria bilionária, a criação de conteúdo on-line requer profissionalização e estratégia, recomendam megainfluenciadores que participaram do Web Summit Rio

Por — Rio


Bianca Andrade, a Boca Rosa, afirma que um influenciador precisa ter relevância para se manter no mercado Web Summit Rio/Divulgação

“Só talento não é suficiente”. O conselho é do diretor e roteirista KondZilla, dono do maior canal do YouTube no Brasil, com mais de 67 milhões de inscritos, e um dos muitos criadores de conteúdo digital que estiveram no Web Summit Rio 2024 falando sobre a profissionalização da carreira.

A cobertura do evento na Editora Globo é apresentada pelo Senac RJ e Itaú, com o apoio da Prefeitura do Rio | InvestRio.

KondZilla: 'Achar o problema'

KondZilla, à frente do maior canal de YouTube do Brasil, acha importante que o influenciador proponha soluções para problemas enfrentados pelas pessoas — Foto: Web Summit Rio/Divulgação

Para quem sonha em ganhar dinheiro na internet, KondZilla disse que o primeiro passo é o básico para qualquer empreendedor: identificar um problema enfrentado pelas pessoas e propor soluções. Depois, é preciso montar uma estrutura comercial ou trabalhar com empresários, sobretudo quando a plataforma escolhida para disseminar o conteúdo não paga por visualizações.

— Alguém tem que tentar monetizar isso tudo. Não é apenas reter a atenção — disse.

Segundo KondZilla, a estrutura profissional também não pode engessar a criação:

— O maior desafio que temos hoje é que essa estrutura ficou pesada demais. Estamos planejando de mais e produzindo de menos.

Luccas Neto: "Urgência"

Luccas Neto recomenda cuidar da qualidade do conteúdo produzido — Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

O youtuber, que soma mais de 43 milhões de inscritos e 24 bilhões de visualizações no seu canal , disse que quem quer trabalhar em frente à câmera precisa se profissionalizar com urgência.

—É muito importante estudar. E não aprender como eu aprendi. Eu fazia, ficava ruim, mas postava mesmo assim. Aí tem um monte de coisa ruim minha do passado na internet. Se você quer fazer um negócio, tem que fazer bem feito —aconselhou.

Slogo: "Inteligência artificial"

Com mais de 11 milhões de inscritos em seu canal no YouTube para a comunidade gamer, Joshua Temple, o Slogo, vem postando conteúdo diariamente há oito anos. Aos criadores, ele recomendou deixar o perfeccionismo de lado e priorizar a consistência, além de abrir a mente para a inteligência artificial: — A IA é uma ferramenta que pode ser usada para complementar os processos atuais. Eu e minha equipe usamos para criar thumbnails.

Mari Maria: "Aproximação "

A influenciadora Mari Maria: "trazer pessoas para perto" — Foto: Web Summit Rio/Divulgação

A influenciadora de beleza, que tem 22 milhões de seguidores no Instagram e a própria marca de cosméticos, acredita que criadores de conteúdo devem se aproximar de outros influenciadores.

— As pessoas têm muito medo de alguém copiar o que elas estão fazendo. Não tive isso. Sempre trouxe as pessoas para perto —destacou.

Bianca Andrade: "Método"

Para quem já faz um bom conteúdo, mas tem dificuldade de monetizar o trabalho, Boca Rosa disse que é preciso “entender como a máquina funciona”:

— Todo influenciador que está há pelo menos três anos no mercado com relevância tem estratégia. Eu mapeei essas estratégias e, depois, investi no meu próprio time, contratando pessoas do mercado para criar um método.

Malu Borges: "Cocriação"

Fenômeno no TikTok, a influenciadora de moda contou que, ao trabalhar com marcas, busca cocriar com as empresas para que o conteúdo seja realmente autêntico:

— Tento trazer o universo da marca para o meu, de forma fluida e orgânica. Porque a audiência já sabe o que a gente faz e consome. E precisamos mostrar a verdade.

Mari Saad: "Filtro"

Há 12 anos na internet, a criadora de conteúdo de beleza disse que parcerias feitas com empresas ajudam a identificar lacunas no mercado e enxergar oportunidades. No segundo semestre, ela deve lançar a própria marca de cosméticos.

— Minha conexão com o público e o cliente me permitiu filtrar informações. As pessoas vão sempre trazer as dores para mim, e eu preciso transformar isso em produto — afirmou.

Felipe Theodoro: "Responsabilidade"

O influenciador digital conhecido pelo bom humor chamou a atenção para a importância de se colocar no lugar da audiência a fim de evitar que um conteúdo seja considerado ofensivo.

— Quando a gente faz conteúdo, tem que se perguntar como os outros vão recebê-lo. Não posso expor minha opinião desrespeitando aquilo em que a outra pessoa acredita. Quando falamos sobre influenciar, precisamos de uma responsabilidade absurda — sublinhou.

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