Sonda Parker da Nasa realiza aproximação histórica do Sol nesta véspera de Natal; veja
Além de suportar altas temperaturas, Parker se destaca por sua velocidade de 690 mil km/h — o suficiente para percorrer a distância entre Tóquio e Washington em menos de um minuto
Por O Globo com agências internacionais — Nova York
RESUMO
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GERADO EM: 24/12/2024 - 07:38
Sonda Parker: Aproximação Solar Recordista
A sonda Parker da NASA faz aproximação recorde do Sol, investigando mistérios solares. A missão ousada busca desvendar enigmas como tempestades solares. Com velocidade incrível, a sonda enfrenta altas temperaturas e comunicações interrompidas temporariamente. O objetivo é obter dados valiosos sobre a atmosfera solar, incluindo o mistério da coroa quente. Aproximações futuras estão agendadas.
A sonda Parker, da Nasa, marcará um feito histórico ao alcançar a menor distância já registrada de um objeto humano ao Sol, nesta terça-feira, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a atmosfera da estrela. Lançada em agosto de 2018, a missão de sete anos pretende desvendar mistérios como a origem das tempestades solares, fenômenos que impactam as comunicações na Terra.
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Às 8h53 (horário de Brasília), a sonda estará a 6,2 milhões de quilômetros da superfície solar, distância inédita para qualquer equipamento humano.
"Este é um exemplo das missões ousadas da NASA, realizando algo que nunca ninguém fez antes para responder a questões de longa data sobre o nosso universo", afirmou o cientista do programa, Arik Posner, em comunicado.
A equipe espera começar a receber os primeiros dados científicos nas próximas semanas.
No entanto, a aproximação, conhecida como periélio, exigirá o desligamento temporário da comunicação direta com a sonda. Apenas na sexta-feira será possível confirmar o sucesso da manobra, por meio de um sinal enviado pela nave.
Além da proximidade extrema, a Parker se destaca por sua grande velocidade, com 690.000 km/h – o suficiente para fazer o trajeto entre Tóquio e Washington em menos de um minuto. Outro ponto impressionante é o escudo térmico, projetado para suportar temperaturas entre 870 e 930 graus Celsius, enquanto mantém os instrumentos internos a uma temperatura estável de cerca de 29°C.
Entre as perguntas que a missão busca responder, uma se destaca: por que a coroa solar, camada mais externa da atmosfera do Sol, é 200 vezes mais quente do que sua superfície? Desde os primeiros dados coletados, em 2019, a sonda já revelou o comportamento caótico da atmosfera solar, fornecendo pistas valiosas para os cientistas.
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A aproximação desta terça-feira é a primeira de três passagens programadas para recordes de proximidade. As próximas ocorrerão em 22 de março e 19 de junho de 2025.