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O grupo rebelde que tomou o poder na Síria revelou à AFP que encontrou cerca de 40 corpos com sinais de tortura em um necrotério de hospital próximo a Damasco na segunda-feira. Os cadáveres estavam dentro de sacos mortuários, identificados com números e, às vezes, nomes escritos. Nesta terça-feira, os corpos foram levados para um hospital da capital para serem identificados.

Homem leva os restos mortais de um parente que identificou entre os corpos encontrados com sinais de tortura — Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP
Homem leva os restos mortais de um parente que identificou entre os corpos encontrados com sinais de tortura — Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP

— Abri a porta do necrotério com minhas próprias mãos. O grupo levou os corpos para um hospital da capital para que as famílias pudessem identificá-los. Era uma visão horrível: cerca de 40 corpos estavam empilhados, mostrando sinais de tortura brutal — disse à AFP Mohammed al-Hajj, um combatente de facções rebeldes do país.

A AFP teve acesso a dezenas de fotos e vídeos que Hajj afirma ter registrado pessoalmente. As imagens mostram corpos com claros sinais de tortura: olhos e dentes arrancados, hematomas e manchas de sangue. O rebelde relatou que receberam a denúncia de um funcionário do hospital sobre os corpos que foram despejados. Alguns pareciam ter morrido recentemente.

Pessoas em busca de parentes se reúnem no necrotério de um hospital em Damasco, nesta terça-feira (10) — Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP
Pessoas em busca de parentes se reúnem no necrotério de um hospital em Damasco, nesta terça-feira (10) — Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP

Um fundador da Associação de Detentos e Desaparecidos na Prisão de Sednaya disse à agência de notícias que os corpos provavelmente eram de detentos do complexo penitenciário, conhecido como "matadouro humano". Investigadores da ONU têm recolhido provas dos crimes cometidos na Síria.

— As evidências estão finalmente disponíveis — revelou Robert Petit, um dos diretores da organização, à AFP.

Rebeldes tomaram o poder no domingo, depondo o ex-presidente Bashar al-Assad, cuja família governou a Síria por mais de cinco décadas.

Enquanto civis sírios comemoravam em todo o país, muitos deram início a uma busca frenética por entes queridos que desapareceram à força durante o antigo governo. Multidões se dirigiram à prisão, símbolo de detenções arbitrárias, tortura e assassinato — e, sob o sol escaldante, enfrentaram quilômetros de engarrafamento para chegar ao local.

Os cadáveres estavam dentro de sacos mortuários com números e, às vezes, nomes escritos — Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP
Os cadáveres estavam dentro de sacos mortuários com números e, às vezes, nomes escritos — Foto: OMAR HAJ KADOUR / AFP

Estabelecida no início dos anos 1980, numa pequena cidade a cerca de 30 km da capital, Sednaya foi usada pela família Assad para deter opositores do regime por décadas. Na prisão, estima-se que 13 mil pessoas tenham sido enforcadas entre 2011 e 2015, nos primeiros anos da guerra civil síria, segundo a Anistia Internacional.

Após a fuga de Assad para a Rússia no domingo, imagens de prisioneiros sendo libertados de Sednaya foram divulgadas, e as buscas por conhecidos começaram. Na segunda-feira, muitos decidiram agir por conta própria e invadiram a prisão, impulsionados por rumores de que milhares ainda estavam presos nos níveis mais profundos da instalação, numa área subterrânea conhecida como “seção vermelha”. Quando a CNN chegou ao local, multidões gritavam “Allahu Akbar” (Deus é grande), e rajadas de tiros de celebração ecoavam no ar.

— Estão há dias tentando chegar na seção vermelha da prisão — disse Maysoon Labut, que estava na prisão em busca de seus três irmãos e o genro, à rede americana. — Não há oxigênio porque a ventilação parou, e todos podem morrer. Pelo amor de Deus, nos ajude.

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