Grécia faz 300 mil descobertas arqueológicas durante construção de estação de metrô
A obra, iniciada em 2006, precisou ser interrompida diversas vezes para preservar os itens
A inauguração da Estação Venizelou, em Tessalônica, segunda maior cidade da Grécia, é um marco para o transporte público do país. Entretanto, o que mais chama atenção no novo sistema metrô, são os artefatos históricos que compõem o museu subterrâneo em seu interior. A construção, que levou quase duas décadas, precisou ser repetidamente interrompida por conta de descobertas arqueológicas durante as escavações.
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As descobertas foram preservadas exatamente como foram encontradas, resultando em um sítio arqueológico acessível aos passageiros dentro de uma estação de metrô em funcionamento. O público poderá usar o transporte por quatro dias gratuitamente, e depois o preço da passagem será de 0,60 euros.
No norte do país, a cidade foi fundada por volta de 316 a.C. e recebeu o nome de uma irmã de Alexandre, o Grande. Tessalônica foi a capital da Macedônia quando a região se tornou uma província romana no século II a.C. Atualmente, a linha de metrô, com 13 estações e trens sem motorista, permite que os passageiros façam uma verdadeira viagem no tempo enquanto chegam aos seus destinos.
Os escavadores do projeto precisaram cavar túneis mais profundos do que o planejado para desviar de ruínas antigas. O novo metrô de Tessalônica é o primeiro sistema de locomoção totalmente automatizado da Grécia. Segundo as autoridades locais, espera-se que ele transporte mais de 250.000 passageiros por dia, removendo quase 60.000 carros das ruas congestionadas. A construção foi finalizada neste sábado (30), porém, novas estações serão adicionadas. Por conta dos atrasos, a obra custou € 3,5 bilhões.