Por que vale a pena seguir acompanhando João Fonseca, promessa brasileira do tênis, em 2025
Tenista de 18 anos se destacou no 1º ano como profissional e tem características que mostram potencial para confirmar expectativas
RESUMO
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GERADO EM: 22/12/2024 - 21:29
João Fonseca: Revelação do Tênis em 2024
João Fonseca, tenista de 18 anos, surpreende em 2024 ao vencer o Next Gen ATP Finals e se consolidar como promessa do tênis. Com vitórias marcantes e elogios de grandes nomes, ele busca manter o foco sem se deixar levar pela pressão, almejando participar dos Grand Slams e manter sua ascensão no esporte.
O ano de 2024 ficará marcado na vida de João Fonseca. De sensação do Rio Open, ao chegar às quartas de final no quintal de casa, em fevereiro, à conquista do Next Gen ATP Finals, competição que reúne os oito melhores tenistas da temporada com menos de 20 anos, neste domingo, em Jidá, na Arábia Saudita, o brasileiro se consolidou como uma das grandes promessas do esporte em seu primeiro ano no circuito profissional.
Ao derrotar o americano Learner Tien por 3 a 1, parciais de 2/4, 4/3 (10/8), 4/0 e 4/2, ele igualou o feito de Jannik Sinner, número 1 do mundo, e Carlos Alcaraz, terceiro do ranking da ATP, como os campeões mais jovens do torneio aos 18 anos — o italiano venceu em 2019, e o espanhol, em 2021. E ainda levou o prêmio de R$ 3,2 milhões como premiação.
Foi apenas o segundo título de João como profissional — em agosto, ele venceu o Challenger de Lexington (EUA), ao bater o australiano Li Tu na final. Mas o brasileiro já havia ficado sob os holofotes no ano passado, quando foi campeão do US Open juvenil também ao vencer Tien na final.
— Eu sabia que seria difícil mental e fisicamente. Apenas tentei manter o meu jogo e o meu saque. No quarto set, eu dei o meu melhor. Eu estou muito orgulhoso de mim — disse João Fonseca logo após a vitória.
Número 145 do ranking da ATP, João Fonseca extrapola os números e resultados. É o tênis que ele pratica que o coloca em destaque. Aos 18 anos, o alto nível do seu jogo chama a atenção de quem está no circuito ou já partiu dele. Como o recém-aposentado Rafael Nadal, que estava presente em Jidá e cumprimentou o jovem após a conquista. Outros tenistas e técnicos também encheram o brasileiro de elogios ao longo do ano.
— Ter o Nadal aqui é sensacional. Eu e dois jogadores tivemos uma conversa rápida com ele, fizemos algumas perguntas. É sensacional estar perto dele, é tipo ver um Deus assim. Ele me deu boa sorte, e agora (depois do jogo), me disse coisas bem legais. Tem um grande nervosismo de jogar na frente dele — admitiu o tenista, que segue hoje para a Austrália onde disputará um torneio challenger e a qualificatória para o Australian Open.
O sentimento é de que ele vai figurar entre os melhores nos próximos anos, assim como Sinner e Alcaraz. O jovem prefere não se colocar tamanha pressão. Não quer atrapalhar os processos, nem ser visto como um prodígio do tênis e não corresponder às expectativas alheias. Quer ser apenas o João.
Mas isso não significa que não tenha metas. A vitória deste domingo coloca mais visibilidade sobre o brasileiro, que terá que defender os pontos conquistados em seu primeiro ano de profissional. Além de ranking, título e triunfos em quadras distintas, ele sonha em estar na chave principal dos torneios Grand Slam da próxima temporada.
— É uma pressão boa. Se eles fizeram essa trajetória isso é um estímulo. Me dá mais confiança para começar ano que vem. Era um torneio muito difícil para mim. Minha meta era participar do torneio e venci — disse.
O tenista brasileiro chegou como azarão em Jidá. Todos os adversários têm ranking melhor. Mas ele foi derrubando um a um, inclusive o top 20 Arthur Fils, da França, num jogo de cinco sets. Após os triunfos até a final — inclusive o confronto com Tien, pela segunda rodada na fase de grupos também por 3 a 1 e com direito a dois games vencidos por 4/0 —, invertei a situação e entrou na quadra dura como favorito ao título, condição que confirmou em 1h27.