Com o término do handebol neste fim de semana, o Intercolegial, que está em sua 42ª edição e tem realização do Jornal O GLOBO e apresentação do Sesc-RJ, entra na reta final das competições para definir o pódio com a grande escola campeã. O próximo passo é o Congresso Técnico do vôlei, no dia 23 de outubro, para acertar os últimos detalhes de uma das modalidades mais tradicionais e prestigiadas do evento. O início das disputas está marcado para 9 de novembro, mas, até lá, o “frio na barriga” tomará conta dos alunos-atletas que prometem aces, bloqueios e manchetes nas quadras do Sesc São João de Meriti.
O vôlei é disputado em quatro categorias: sub-15 e 18 (masculino e feminino); e 32 colégios se dividem em quatro grupos. Mais de 900 alunos se inscreveram na modalidade em 2024.
Bicampeão no vôlei (2022 e 2023) no sub-18 feminino, o Elite Rede de Ensino, de Campo Grande, busca emplacar o terceiro título seguido neste ano. Para entrar na história do Intercolegial, a escola conta com o talento da central Raissa Rocha, de 17 anos, que foi destaque nas últimas conquistas.
— A sensação é a melhor possível. Vamos em busca da terceira medalha de ouro consecutiva, que vai ser gratificante não só para mim, como também para todas as meninas do time. Tenho certeza que vou encerrar meu ciclo escolar da melhor maneira possível — diz.
O primeiro contato de Raissa com o vôlei aconteceu em outra escola há seis anos. O pouco tempo de experiência foi o suficiente para deixá-la completamente apaixonada pela modalidade.
— Comecei a jogar vôlei em 2018, assim que fui ao ensino fundamental no Geo Pedra (Ginásio Experimental Olímpico). Nunca tinha praticado antes, e, por influência dos professores de Educação Física, decidi dar uma chance. Hoje, posso dizer que me apaixonei por um esporte que mudou minha vida — afirma a aluna do Elite Rede de Ensino.
Assim como Raissa, Eric dos Santos, de 17 anos, desfrutou, no ano passado, do sabor de levantar o troféu pelo sub-18 do IFF de Macaé. Graças aos pais, ele foi incentivado a dar os primeiros passos no vôlei, o que, agora, se reflete nas quadras do Intercolegial:
— Eu comecei a jogar por volta de 9 anos, ainda era bem novo. Eu conheci o vôlei por influência dos meus pais, que sempre fizeram de tudo para que eu praticasse a modalidade. No início, eles me levavam nas escolinhas e quadras, o que ajudou a criar uma paixão que não tem mais volta.
Fora a conquista, Eric valoriza a chance de viver uma experiência por completo no Intercolegial. Natural de Macaé, o aluno-atleta aproveita o deslocamento até a cidade do Rio de Janeiro para brincar e se divertir com os colegas da escola, o que “traz momentos inesquecíveis”. Ele ressalta a oportunidade de fazer novas amizades durante a competição, já que “a rivalidade só fica dentro de quadra”.
À medida em que a estreia se aproxima, Raissa e Eric buscam controlar as emoções até a hora de defender os títulos quando pisarem em quadra. Apesar do nervosismo antes da competição, ambos sabem muito bem do que são capazes.
— Estou bastante ansiosa. Todos os colégios são fortes e, assim como o meu, estão pensando em ganhar o campeonato. Nosso time está bem unido, estruturado e com sede de vitória. Espero que a gente faça uma ótima estreia e que seja assim até a grande final — diz Raissa.
— Um frio na barriga e muita ansiedade, mas tenho certeza que vamos dar o nosso melhor para trazer novamente o título para Macaé — comenta Eric.