A estreia do handebol no Intercolegial, que está em sua 42ª edição e tem realização do Jornal O GLOBO e apresentação do Sesc-RJ, correspondeu às expectativas de uma das modalidades mais tradicionais e aclamadas pelos alunos. Com a definição das semifinais, as escolas voltam a entrar em ação, hoje, às 9h, no Sesc Nova Iguaçu, por vagas na decisão em quatro categorias: sub-14 e 18 não federados no masculino e feminino.
Um dos destaques dos primeiros dias de competição foi Anderson Vinícius de Oliveira, de 15 anos, que fez a transição ao sub-18 do Santa Mônica Rede de Ensino, de Nilópolis, neste ano. Embora seja novato na categoria, ele conseguiu deixar o nervosismo de lado, tanto que foi o artilheiro com cinco gols da partida contra o Colégio Percepção, de Irajá, pelas quartas de final:
— No meu primeiro Intercolegial, em 2022, eu ficava muito nervoso com a torcida, nem conseguia segurar a bola direito, pois me tremia todo. Agora, entro na quadra mais confiante e busco seguir em paz para fazer um ótimo jogo e alcançar a vitória.
Anderson Vinícius lembra que começou a vida esportiva no futsal e, até então, não enxergava o handebol como um dos esportes que poderia se aventurar. Até que aceitou um convite para experimentar as sensações com a bola na mão. Daí em diante, a paixão falou mais alto.
— Eu participava de um projeto do colégio com vários esportes. Sempre gostei de jogar futsal, até que um dia o professor de handebol me chamou pra treinar porque viu que era alto e forte. Depois de dois meses treinando, ele me deu uma bolsa na escola. Amei tanto conhecer o esporte que continuo jogando e não pretendo parar — diz.
Quem também protagonizou uma “chuva” de gols na estreia do handebol foi Gabi Falcão, que balançou as redes 11 vezes pelo sub-18 do Salesiano, de Niterói, diante do Apollo 12, de Santa Cruz. Foi apenas a primeira aparição dela no Intercolegial aos 17 anos.
— Foi tudo muito especial por ser a primeira vez competindo no Intercolegial. Entrei no jogo muito animada e com a expectativa bem alta sabendo que não seria uma partida fácil — ressalta Gabi.
A aluna-atleta do Salesiano recorda que, aos 10 anos, passou a acompanhar de perto o irmão mais velho, Gustavo, nos campeonatos de handebol, o que despertou seu interesse pela modalidade. À época, ela aproveitava a referência na família para brincar na quadra do condomínio onde morava, mas nunca havia treinado até então. Um ano depois, a escola niteroiense chegou para abrir de vez as portas no esporte.
— Me orgulho muito de fazer parte da história salesiana. Poder representar o colégio em uma competição tão grande como o Intercolegial é mais do que incrível — agradece Gabi.
No sub-18 feminino, o Salesiano enfrenta o Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR), de Seropédica. Na mesma categoria do masculino, o Santa Mônica Rede de Ensino duela com o Seice, de Duque de Caxias.