Mulher quebra cabeça de crocodilo de 4 metros para salvar marido que teve as duas pernas engolidas, na África do Sul

• Entenda: Nasa e Boeing apresentam a primeira aeronave experimental sustentável
• 'Artista de sangue humano' e 'colecionador de esquisitices': quem é o 'Diabão' condenado por comprar cadáveres nos EUA

Anthony, de 37 anos, estava pescando com seu filho JP, de 12, em uma barragem na África do Sul. Durante a pescaria, sua linha ficou presa em uma árvore, deixando um robalo pendurado em um galho a poucos centímetros de água. A criança se encaminhou para a água, a fim de desembaraçar a linha, mas o pai pediu que ele ficasse na margem.

Ao caminhar apenas 30 centímetros para dentro da água, Anthony foi atacado.

— O crocodilo deveria estar aguardando uma emboscada, porque de repente ele explodiu da água e colocou sua mandíbula em volta da minha perna e me derrubou. Havia água por toda parte, então o animal ajustou a pegada e colocou minha segunda perna na boca logo abaixo da cintura e começou a bater a cabeça para a esquerda e para a direita com muita força — relatou Anthony, ao jornal Sunday Times.

Em seu relato, a vítima conta que não conseguia ver as próprias pernas enquanto o crocodilo apertava cada vez mais a mordida. Anthony ficou com marcas dos dentes do animal.

— Eu não conseguia ver minhas pernas, via apenas os dentes e aqueles olhos malignos olhando para mim. Ele recuava lentamente em direção às águas mais profundas, onde me levaria para o fundo e me afogaria — revelou o homem, que tentou se defender sozinho do ataque. — Lembrei que deveria tentar arrancar os olhos do crocodilo e forçar meus polegares neles. Quando o fiz, ele me sacudiu como uma boneca de pano.

Anthony afirma que não sentiu dor enquanto a fera tentava devorá-lo. Segundo ele, parece ter sido um pico de adrenalina que o impediu de sentir a profundidade dos ferimentos.

— Acho que foi a adrenalina. Eu estava socando e tentando arrancar os olhos do animal, mas quanto mais eu lutava, mais ele me sacudia de um lado para o outro — disse ele. — Sinceramente, pensei que minhas pernas seriam arrancadas. Quando você olha as feridas é incrível que eu não tenha perdido uma ou ambas as pernas. Jamais esquecerei seus dentes e como ele olhou para mim.

Depois de lutar com o crocodilo por sua perna, em uma situação que ele descreveu como um “cabo de guerra”, sua esposa Annalise correu em seu socorro com um tronco na mão.

— Minha esposa Annalise apareceu na água com um tronco enorme. Ela começou a bater na cabeça do crocodilo gigante repetidas vezes com uma força incrível e depois de cinco ou seis golpes, as mandíbulas do crocodilo se abriram e ele escorregou — contou Anthony.

Pais de três filhos, o casal foi auxiliado pelo chefe de Anthony, Johan van der Colff e Bianca, que ajudou Annalise a arrastar o marido para fora da água. A esposa de Johan, Bianca, pegou toalhas, bandagens e anti-séptico na casa onde eles estavam hospedados. A programação inicial era fazer uma viagem de pesca e um piquenique de fim de semana.

— Cada vez que fecho os olhos ou tento dormir, vejo o crocodilo. Ele ainda está comigo. Ter metade do seu corpo dentro de uma fera viva com as mandíbulas em volta da sua cintura — contou Anthony. — Eu nunca imaginei que minha esposa tinha a força ou o poder para espancar uma criatura. Vai demorar muito até que eu chegue à beira da água novamente. Se eu não tivesse ido buscar o peixe preso no lugar do meu filho JP, então aquele crocodilo o teria levado com certeza. Graças a Deus fui para a água e não meu filho.

As três crianças da família testemunharam o ataque. Além de JP, que pescava com o pai, as duas meninas Liza, de 10 anos, e Ashleigh, de 6, testemunharam o momento aterrorizante.

— Acabei de perceber que salvei a vida dele e não sei como fiz isso. Eu estava em choque. Metade do meu marido estava dentro de um crocodilo gigante — desabafou Annalise, que é dona de casa. — Eu agarrei o tronco de árvore e corri para a água. Então, comecei a bater na cabeça dele de novo e de novo e gritar com ele até que ele soltasse. Eu estava com medo dele sangrar até a morte, de uma infecção pela boca do crocodilo ou pela água suja. Levamos Anthony às pressas para o hospital.