Nos mesmos anos em que tive perdas irreparáveis, houve coisas incríveis. A vida é complexa como uma chuva e um arco-íris. Como vou ser triste? Sendo
Escritora, jornalista e apresentadora.
Informações da coluna
Ana Paula Lisboa
Colunista
Já me confundo se o Rio é a ida ou a volta, se Luanda é a partida ou a chegada. Penso nos versos de Agostinho Neto: ‘já não espero, sou aquele por quem se espera’
Parece que não morrer de burnout é uma decisão individual, como fazer exercícios, poupar, comer bem. Mas é uma luta coletiva
Quem tem o pôr do sol mais bonito do Rio de Janeiro são os moradores do Morro do Encontro, na encosta da Estrada Grajaú-Jacarepaguá
Guarde a memória na sua cabeça, revele suas fotos, escreva as letras de música num caderno com capa colorida e memorize as melodias
Sei lá como o algoritmo me levou até ali, mas não consigo parar. Virou minha principal diversão enquanto cozinho, tomo banho ou lavo louça
A gente perde feio se continua a falar como uma matraca, se obriga mulheres a falar, se não consegue parar para raciocinar, intuir
Nos últimos tempos, não tem sido fácil cantar forte, cantar alto, deixar a tristeza pra lá e dizer que a vida vai melhorar, diante de tanta luta
Liniker alcança nas letras a tão desejada construção do brio e da autoestima preta, sem deixar de olhar o amor como necessário
Há aquelas que nunca foram feitas, só transferidas de recortes para serem salvas neste caderno que minha mãe guardou por mais de 20 anos