Programa Smart Sampa usa tecnologia avançada com câmeras inteligentes, reforça a segurança em São Paulo e já traz resultados efetivos
Sistema implementado pela Prefeitura contribuiu para prisões em flagrante, detecção de pessoas desaparecidas e de foragidos da Justiça
O Programa Smart Sampa, criado pela Prefeitura de São Paulo, é uma iniciativa inovadora para a segurança pública da cidade. O sistema, composto por mais de 18 mil câmeras em operação 24 horas por dia, integra tecnologia avançada e inteligência artificial com algoritmos capazes de realizar leitura de placas de veículos furtados ou roubados, reconhecimento facial e alertas de intrusão.
Até o fim de dezembro, a capital terá 20 mil equipamentos instalados, e a implementação já vem dando resultados significativos. De fevereiro a novembro, 28 pessoas desaparecidas foram localizadas pela tecnologia de reconhecimento facial por meio da integração com o banco de dados da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). E, desde o início de setembro, com a conexão com o banco da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), o Programa possibilitou a prisão de 167 foragidos da justiça, também por meio da identificação facial.
O Smart Sampa ainda contribuiu com a prisão de mais de 1.380 pessoas em flagrante, por crimes de diversas naturezas como furto, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, invasão e depredação de equipamentos públicos.
Como funciona o Smart Sampa
O programa foi estudado e estruturado com base nos sistemas usados em grandes cidades do mundo, como Nova York, Londres e Buenos Aires, que melhoraram seus índices de segurança com o uso desse tipo de tecnologia. As câmeras estão posicionadas em pontos estratégicos da capital, permitindo que os agentes reconheçam situações criminosas ou de risco e preparem respostas imediatas.
Os equipamentos contam com tecnologia de ponta e são capazes de emitir alertas a uma central ao perceber atos de vandalismo, furtos, identificar foragidos, pessoas desaparecidas ou placas de veículos roubados ou furtados.
Todos os dados estão ligados à central de monitoramento, localizada no Centro Histórico de São Paulo, que opera 24 horas por dia com o suporte de cerca de 250 agentes da Guarda Civil Metropolitana e da Defesa Civil Municipal, operando a plataforma, acompanhando e analisando as informações recebidas de toda a capital.
Para que a operação tenha sentido, o Smart Sampa prevê integração entre município e estado, ligando GCM, polícias militar e civil, e de órgãos como SAMU, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), metrô e CPTM. Além disso, o sistema tem acesso ao banco de dados de foragidos da SSP do Estado e ao banco de pessoas desaparecidas da SMDHC. Em casos de situações de perigo ou identificação de pessoas procuradas, alertas automáticos são enviados aos órgãos responsáveis, que direcionam imediatamente o chamado a uma viatura da GCM mais próxima do local.
Público e privado unem forças
Para deixar o Programa ainda mais robusto e eficiente, a Prefeitura de São Paulo decidiu ampliar a atuação da plataforma com a integração de câmeras privadas – em julho deste ano, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana soltou um chamamento público para a parceria.
Empresas, concessionárias e munícipes que queiram integrar as imagens de seus sistemas eletrônicos de vigilância podem se inscrever sem custo no portal Smart Sampa, contribuindo assim para aumentar o parque de câmeras na cidade. A ação permite a incorporação de até 20 mil dispositivos, podendo chegar até 40 mil na cidade de São Paulo.
Vale lembrar que todos ficam sob o guarda-chuva do mesmo protocolo de segurança e proteção de dados dos equipamentos próprios do programa. Dessa ação colaborativa, até agora, estão integradas e em operação na plataforma 4.800 unidades desde 20 de setembro.