Segurança Pública
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Por O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 02/09/2024 - 09:29

Assalto a carro-forte no RS: 17 indiciados e pena de até 97 anos

A Polícia Federal indiciou 17 pessoas pelo assalto a carro-forte no RS, revelando detalhes do planejamento do crime. O episódio, considerado o maior no estado, resultou em pena de até 97 anos de prisão. A ação envolveu armamento pesado, fugas e crimes diversos. O sargento morto foi homenageado na operação Elísios.

Após 70 dias de investigação, a Polícia Federal indiciou 17 pessoas pela participação no assalto à uma aeronave pagadora no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul (RS). Outros dois indivíduos suspeitos de envolvimento no crime foram mortos em confronto com policiais no Rio Grande do Sul e em São Paulo. No momento do ataque, o avião de transporte de valores iria abastecer um carro-forte com um montante de R$ 30 milhões.

O assalto, ocorrido em 19 de junho, é considerado maior registrado no Rio Grande do Sul. A Operação Elísios resultou na prisão preventiva de 12 suspeitos, em uma prisão temporária, no cumprimento de 12 mandados de busca e na apreensão de 26 veículos. A PF ainda representou à Justiça Federal pelo sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis.

Como o crime foi planejado

A apuração indica que indivíduos faccionados de São Paulo chegaram ao Rio Grande do Sul dias antes do episódio e contaram com o apoio de criminosos do estado para a execução de quatro etapas de atuação: planejamento, execução, fuga e exfiltração.

PF fecha aeroporto de Caxias do Sul após assalto a carro-forte

PF fecha aeroporto de Caxias do Sul após assalto a carro-forte

A ação passou pelo custeio e transporte de fuzis, pistolas, armas de guerra, munições, explosivos, “jammers”, “miguelitos”, aparelhos telefônicos, chips, radiocomunicadores, roupas táticas, coldres, bandoleiras, veículos, placas falsas, plotagem de carros, hospedagens e esconderijos.

Os crimes revelados na Operação Elísios são: latrocínio, falsificação de símbolo, explosão, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação de função pública, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro, organização criminosa com arma de fogo e embaraço à investigação de organização criminosa. As penas máximas para os crimes indicados, se somadas, chegam a 97 anos de prisão. Praticamente todos os indiciados já responderam por crimes dessa natureza.

Relembre o assalto

No dia 19 de junho, o carro-forte recebia R$ 30 milhões em malotes de dinheiro levados de Curitiba em uma pequena aeronave. O montante, conforme a Zero Hora, pertence a um banco provado e foi roubado por um grupo de oito a 10 pessoas que atacou os funcionários da empresa de transporte.

O assalto ao carro-forte resultou na morte do sargento Fabiano Oliveira, 47 anos, do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM). Ele estava na primeira viatura a se deslocar para atender a ocorrência.

Além dele, um criminoso também morreu no confronto e já foi identificado pelas forças de segurança. Ele chegou a tentar fugir em uma caminhonete que havia sido falsamente identificada com adesivos da PF. Com ele, foram recuperados cerca de R$ 15 milhões, ou seja, metade do total. Segundo a ZH, ele é natural do Piauí, e tem passagens policiais em São Paulo.

De acordo com o tenente-coronel Ricardo Moreira de Vargas, comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, a corporação optou por não divulgar a identidade do criminoso para não atrapalhar as investigações do caso e as buscas pelos fugitivos.

Na ação, os criminosos portavam armamentos pesados, como um fuzil Barrett M82 de calibre .50, fardas falsas e adesivos da Polícia Federal, o que teria facilitado o acesso ao hangar do aeroporto. Em um dos vídeos, é possível ver homens encapuzados, armados com fuzis e roupas pretas. Os assaltantes são procurados pelas forças de segurança gaúchas.

Em nota, a Protege, empresa responsável pela segurança do montante, afirmou que o ataque foi efetuado de "forma desproporcional", e que um funcionário foi ferido na troca de tiros, mas passa bem. Os vigilantes reagiram e ficaram abrigados dentro do carro-forte.

Conforme relatado pela ZH, funcionários de empresas que ficam no aeroporto foram feitos de reféns, e ao menos três pessoas permaneceram com os assaltantes por cerca de 30 minutos, até que os agentes do Choque fizessem o resgate.

A operação recebeu o nome de Elísios, em homenagem ao sargento da Polícia Militar do Rio Grande do Sul que veio a falecer durante o assalto ao aeroporto. “Campos Elísios” é uma referência da mitologia grega do lugar onde os homens virtuosos repousam de forma digna após a morte.

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