Além do Brasil: países recuperam patamares de expectativa de vida que perderam durante a pandemia
Nações como Estados Unidos, Chlie e Argentina recuperam valores de antes da pandemia, enquanto China e Japão mantém o pesmo patamar
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
RESUMO
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GERADO EM: 29/11/2024 - 17:31
Expectativa de vida se recupera em vários países após impacto da pandemia.
A expectativa de vida volta a subir em países como Brasil, EUA, Chile e Argentina após quedas durante a pandemia. China e Japão mantêm índices estáveis. Fatores como Covid-19, uso de opioides e condições de saúde mental afetam a longevidade. União Europeia registra aumento na expectativa de vida.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira que a expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para 76,4 anos em 2023. É a primeira vez que o país supera o patamar registrado antes da pandemia de Covid-19, quando a média era de 72,8 anos em 2021. Assim como o Brasil, outros países também enfrentaram quedas na expectativa de vida durante a crise sanitária, mas começaram a observar uma recuperação com a normalização das condições sanitárias.
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Nações como os Estados Unidos e a Argentina, fortemente impactadas pela pandemia, apresentam uma recuperação lenta. Em contraste, o Chile conseguiu superar os níveis de 2019, enquanto a China manteve sua média estável mesmo durante o auge da crise.
Estados unidos
Segundo dados de 2023 do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a expectativa de vida americana alcançou 77,6 anos, um aumento modesto em relação a 76,1 no ano anterior. Em 2019, o índice era de 78 anos e dez meses, mas recuou significativamente devido às mortes causadas pela Covid-19, chegando ao valor mais baixo (75,9) em 2021. Além da pandemia, o CDC destaca outros fatores que limitam o crescimento da longevidade no país: a crise do uso de opioides, especialmente entre homens, agravada pelo aumento de casos de saúde mental e suicídios; e o avanço de doenças metabólicas crônicas, associadas principalmente à obesidade e ao consumo excessivo de álcool.
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América Latina
O Chile se destaca na região com uma expectativa de vida de 81,1 anos em 2023, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas. Com 19,63 milhões de habitantes, o país atingiu pela primeira vez os 80 anos em 2016, mantendo crescimento até 2019, quando a média era de 80,6 anos. A pandemia reduziu esse índice para 79,7 em 2020, mas a recuperação foi rápida.
Já a Argentina viu sua expectativa de vida cair de 77 para 75 anos em 2021, durante o segundo ano da pandemia. Em 2022, o índice voltou a subir lentamente, alcançando 76 anos, conforme os dados mais recentes do Banco Mundial.
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Ásia
A China, país de origem da Covid-19, registrou 78,6 anos de expectativa de vida em 2023, segundo a Comissão Nacional de Saúde. O país mantém uma trajetória ascendente desde 1962 e conseguiu preservar a média de 78 anos mesmo durante a pandemia. Apesar disso, a China perdeu o posto de país mais populoso do mundo para a Índia em 2023.
Ainda na região, o Japão permanece entre os líderes globais em longevidade, com uma média de 84 anos, valor mantido desde 2014. O país é superado apenas por Mônaco, que tem a maior expectativa de vida do mundo, com 89,68 anos, mas uma população de apenas 36 mil habitantes.
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Europa
Na União Europeia, a média da expectativa de vida ao nascer era de 81,5 anos em 2023, um aumento de 0,9 em relação a 2022, conforme dados do Banco Mundial. Os países com maiores índices são Espanha (84,0 anos), Itália (83,8 anos) e Malta (83,6 anos), enquanto os menores valores estão na Bulgária (75,8 anos), Letônia (75,9 anos) e Romênia (76,6 anos). A França mantém uma expectativa de 82 anos desde 2020, e a Alemanha permanece estável em 81 anos, mesma marca de 2019, antes da pandemia.
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