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Moro e Rosângela rebatem Lula após presidente defender presunção de inocência: 'Fake News'
Ex-juiz da Lava-Jato, senador rebateu comentário sobre prisão do general Braga Netto no sábado
RESUMO
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GERADO EM: 16/12/2024 - 09:47
Moro e Rosângela rebatem Lula por fake news
Sergio Moro e Rosângela rebatem Lula por defender presunção de inocência de general preso, chamando declaração de fake news. Lula, após alta hospitalar, reforça direito à presunção de inocência, mencionando punição para culpados. Contexto inclui prisão de Lula e arquivamento de acusações em 2021.
O ex-juiz da Lava-Jato e senador Sergio Moro (União-PR) criticou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a prisão de Walter Braga Netto no sábado. Lula afirmou durante entrevista coletiva no domingo que o general 4 estrelas, detido por suspeita de interferência no inquérito que apura tentativa de golpe do Estado, tinha "todo o direito à presunção de inocência, o que eu não tive". Moro compartilhou um post da esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), para tratar a declaração como fake news.
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"Mais uma fake news do Lula, ele nunca foi submetido à prisão preventiva. Foi preso somente após julgamento pelo TRF4", publicou o senador na rede X. A publicação da Rosângela citava a condenação do petista em três instâncias.
A declaração do presidente foi dada neste domingo durante a coletiva realizada no hospital Sírio-Libanês, após receber alta hospitalar pela cirurgia para tratamento de um sangramento interno na cabeça. Lula antecipou possíveis questionamentos ao falar sobre a prisão de Braga Netto, e alega que tem paciência e é democrático.
— Ele tem todo o direito à presunção de inocência, e o que eu não tive eu quero que eles tenham: todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida. Mas, se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente. Esse país teve gente que não fez 10% do que eles fizeram e que foi morta nas cadeias — disse Lula.
Lula foi preso em abril de 2018 após ser condenado em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá. A condenação em primeira instância foi dada por Moro quando era juiz na 13ª Vara de Curitiba. Em 2019, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que a libertação de réus presos por condenação em segunda instância não seria automática.
A Procuradoria da República no Distrito Federal reconheceu, em 2021, a prescrição e pediu o arquivamento das acusações contra Lula no processo do tríplex. Com isso, o caso foi arquivado pela Justiça Federal do Distrito Federal. À época, o petista foi beneficiado pela idade, uma vez que, por ter mais de 70 anos, o prazo para a prescrição caía pela metade.
No mesmo ano, a Corte declarou que Moro atuou com parcialidade no processo de Lula. Com o reconhecimento, o resultado levou à anulação de todas as decisões proferidas pelo então juiz, incluindo provas e denúncias coletadas.
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