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Informações da coluna
Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 15/12/2024 - 15:56

Aliados de Bolsonaro intensificam ataques ao STF após prisão de Braga Netto, PL se divide.

Após Bolsonaro se manifestar sobre a prisão de Braga Netto, aliados intensificam ataques ao STF. Parlamentares do PL se dividem, com 28 deles defendendo o general. Bolsonaro questiona a prisão e críticas ao STF aumentam. Alguns aliados, como Eduardo Bolsonaro, se pronunciam timidamente. O partido PL se divide entre apoio e silêncio, enquanto a deputada Bia Kicis acusa investigação de visar prender Bolsonaro. Posturas divergentes marcam o núcleo bolsonarista diante da situação.

A manifestação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a prisão do general do Exército Walter Braga Netto contribuiu para que parte de seu entorno o acompanhasse na quebra deste silêncio. As manifestações, contudo, seguem tímidas e até mesmo três de seus quatro filhos — o senador Flávio Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o vereador eleito Jair Renan — ainda não deram posicionamentos formais.

Mais de doze horas após seu candidato a vice nas eleições de 2022 ter sido preso, Bolsonaro foi às redes para questionar o argumento do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que ele estaria obstruindo as investigações.

"Há mais de 10 dias o 'inquérito' foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP. Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?", disse o ex-presidente.

O posicionamento foi compartilhado por lideranças da bancada do PL, como o deputado Hélio Lopes (RJ), que se limitou a colocar a divulgar o tuite junto ao questionamento "Como?". Levantamento do GLOBO feito a partir de publicações veiculadas no X e no Instagram publicadas até 15h30 deste domingo identificou que, entre os 103 parlamentares que hoje integram a bancada do PL, apenas 28 saíram em defesa de Braga Netto: 23 deputados e cinco senadores.

Com a publicação de Bolsonaro, os ataques ao STF foram intensificados. O senador Rogério Marinho (RN) afirmou que a prisão representa um "novo atropelo" de Moraes ao devido processo legal.

"Não existindo qualquer fato novo que justificasse a prisão cautelar, a pretensa obstrução à justiça não se sustenta como revela novo prejulgamento de um juiz parcial, com a finalidade de antecipar o cumprimento da pena", escreveu.

Já a deputada federal Júlia Zanatta (SC) se limitou a compartilhar um trecho da música "Como Nossos Pais", de Elis Regina. Ela destacou versos como "por isso cuidado há perigo na esquina'.

Protagonismo de deputada

Outro pronunciamento que movimentou a bancada do PL foi o da deputada federal Bia Kicis (DF), que deu entrevista à CNN na tarde deste sábado. Sua fala afirmando que o intuito de toda a investigação seria prender Bolsonaro foi compartilhado por metade das lideranças que se manifestaram.

Incluindo o único familiar do ex-presidente que falou, até o momento. Eduardo Bolsonaro compartilhou o vídeo de Kicis e completou, de forma tímida: "Falando para a mídia brasileira exatamente o que levamos para o mundo inteiro", escreveu.

O presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, esteve nesta manhã em São Luís, capital do Maranhão e deu coletiva de imprensa, onde não falou ou foi perguntado sobre o tema. A conduta adotada pelo dirigente e o núcleo duro do bolsonarismo diverge da eventual.

Em outras ocasiões, políticos ligados ao ex-presidente sempre se manifestaram, com unhas e dentes, para defender aliados. Nomes atuantes da bancada como Nikolas Ferreira (MG) e não se posicionaram, ao menos até o fechamento desta reportagem.

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