Renata Agostini
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Renata Agostini

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Renata Agostini

Repórter especial em Brasília e colunista do GLOBO. Formada em jornalismo pela UFRJ, passou pelas redações de Folha, Estadão, CNN, Exame e Veja.

Por — Brasília

RESUMO

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GERADO EM: 10/12/2024 - 15:29

Lula deixa reunião no Planalto por dor de cabeça intensa

Durante reunião no Planalto, Lula se queixa de dor de cabeça e deixa encontro com Lira e Pacheco para fazer exames. Presidente já vinha sofrendo com incômodo devido a sangramento intracraniano. Auxiliares relatam preocupação com a situação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abandonou a última reunião dessa segunda-feira antes do fim diante da intensificação das dores na cabeça.

Lula participava de uma conversa no Palácio do Planalto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, quando, por volta das 17h50, sentiu um incômodo.

— Pessoal, estou com dor de cabeça. Vou ter de sair para fazer exames — disse o presidente, segundo o relato do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), que acompanhava a reunião.

Lula então interrompeu o encontro com Lira e Pacheco e deixou a sala. A discussão não havia se encerrado e a conversa então prosseguiu sem a presença do presidente.

O petista explicou ao grupo que sua equipe médica havia recomendado exames caso houvesse dores na cabeça após o acidente no Palácio da Alvorada. Em outubro, o presidente escorregou de um banco ao tentar cortar as unhas dos pés e precisou tomar pontos na nuca.

De acordo com o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), até anunciar que se ausentaria, o presidente parecia cansado e estava com semblante mais fechado, mas não havia indicado estar com algum desconforto.

— Ele cumprimentou a todos ao chegar e fez até algumas piadas enquanto aguardávamos a chegada de todos. Parecia bem — disse Randolfe.

Segundo o senador, o presidente ouviu mais do que falou durante a reunião. Ele abriu a conversa já pedindo ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que explicasse a Lira e Pacheco qual deveria ser a solução para as emendas parlamentares e depois ouviu as ponderações dos dois presidentes. Após cerca de 45 minutos de conversa, avisou que teria de sair.

De acordo com auxiliares, o petista já vinha reclamando de dores havia alguns dias enquanto o sangramento vinha sendo monitorado. Por isso, a correria para sua transferência e o susto com o agravamento da situação incomodaram seu entorno.

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