Merval Pereira
PUBLICIDADE
Merval Pereira

Uma análise multimídia dos fatos mais importantes do dia

Informações da coluna

Merval Pereira

Participa do Conselho Editorial do Grupo Globo. É membro das Academias Brasileira de Letras, Brasileira de Filosofia e de Ciências de Lisboa.

A ausência do Lula mostra mais uma vez que o governo não está preparado para atuar sem ele. Quem está negociando no Congresso são os ministros Padilha e Rui Costa e nenhum dos dois tem a simpatia do centrão; nenhum deles tem habilidade para levar adiante uma votação. A oposição desdenha da capacidade política dos dois. Por isso, Lula tem que entrar em campo sempre. Na noite em que foi internado, tinha tido uma reunião à tarde com Arthur Lira e Rodrigo Padilha, porque ninguém quer saber o que Padilha e Rui Costa pensam. A ausência forçada dele mostra melhor do que nunca a fragilidade do governo do PT, que não tem solidez para negociar; não tem ninguém que seja identificado como poderoso a ponto de fechar um acordo. Lula já teve ministros que eram vistos assim, como Antonio Palocci e Zé Dirceu. Hoje não tem ninguém. O vice-presidente também não atua como presidente. Nem o PT quer saber dele negociando, o papel dele é apenas formal. A escolha como vice-presidente foi para mostra boa vontade com o centro democrático e não passa disso. Ele não manda. Lula está isolado e com resistência grande dentro do PT para ir adiante na frente democrática.

Mais recente Próxima Em pé de guerra