Espiritualidade e Bem-estar
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GERADO EM: 18/12/2024 - 19:32

"Origem e Diversidade do Panetone: Tradição Natalina em Questão"

O panetone, clássico natalino, tem sua origem na Itália e é parte das festividades há séculos. Atualmente, surgem versões diversificadas, mas há preocupações quanto ao seu valor nutricional. Especialistas recomendam moderação, oferecendo alternativas saudáveis. Celebrar tradições e desfrutar com equilíbrio é essencial.

Faltam seis dias para o Natal, uma das festas mais esperadas do ano. Para os cristãos, a data simboliza o nascimento de Jesus Cristo. A celebração tem suas raízes em festas pagãs que eram realizadas na antiguidade. Nessa data, os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno). Eles cultuavam o Deus Sol e ainda realizavam dias de festividades com o intuito de renovação. Outros povos da antiguidade também celebravam a data, seja pela chegada do inverno, seja pela passagem do tempo. A partir do século IV, e com a consolidação da Igreja Católica em Roma, a festividade foi oficializada Natal de Cristo. Como não se sabe ao certo o dia em que Jesus nasceu, essa foi uma forma de cristianizar as festas pagãs romanas, dando-lhes uma nova simbologia.

Com o passar do tempo, incorporamos à festividade a troca de presentes, os enfeites, a árvore com as bolas coloridas, o pisca-pisca, a guirlanda na porta e o mais gostoso de tudo: os comes e bebes, entre eles, o assunto da coluna de hoje: o panetone.

Neste ano, pegaram o panetone “pra Cristo”, literalmente.

A origem do panetone remonta à Itália, especificamente à cidade de Milão. Existem várias lendas sobre como o panetone surgiu, mas a mais popular conta que ele foi inventado por acaso, no século XV, durante um banquete na corte de Ludovico Sforza, conhecido como “Il Moro”, duque de Milão.

De acordo com a história, o padeiro responsável pela sobremesa queimou o prato principal e, para salvar o banquete, um ajudante chamado Toni improvisou com os ingredientes disponíveis: farinha, ovos, manteiga, açúcar, frutas cristalizadas e uvas-passas. A sobremesa ficou tão deliciosa que foi batizada de “Pane di Toni”, em homenagem ao criador, e acabou popularizada como panetone.

Independentemente da lenda, o panetone tornou-se um símbolo das festividades dessa época, inicialmente na Itália e depois no mundo todo, consolidando-se como um clássico da culinária natalina.

Hoje encontramos, além da versão “raiz”, receitas com gotas de chocolate, o chocotone, recheado com doce de leite, goiabada, creme de pistache, figo, tâmaras, damasco, amêndoas, creme de avelã. Para todos os gostos e bolsos.

Nunca vi tantas postagens comparativas sobre fatia de panetone. Uma delas comparava o doce a colheres de doce de leite, em outra, quantos minutos de esteira eram necessários para “queimar” uma fatia do doce. Em outra postagem, uma blogueira ensina a cheirar o panetone e escolher uma fruta para comer e não sair da dieta no dia de Natal.

Isso se chama terrorismo nutricional. Não tem outro nome.

Se você gosta de panetone, por que não comer? Qual a razão? Você quer manter uma alimentação saudável, sem ultraprocessados? Você precisa emagrecer? Você é diabético? Está com colesterol alto? Vou responder a cada uma dessas perguntas.

Se você gosta, coma. Por favor. Faz parte da tradição, assim como enfeitar a casa, assar tender, bacalhau ou peru e trocar presentes.

Em relação ao panetone ser um produto ultraprocessado, muitas padarias artesanais estão fabricando panetones também, de fermentação longa, com ingredientes naturais e muito mais saborosos do que os industrializados, vale a pena experimentar.

Não quer furar a dieta? Coma uma fatia pequena e não metade do doce. Mas coma, saboreie, mantenha a tradição. Acredite, não será o panetone da ceia do dia 24 ou do almoço do dia 25 que será o responsável pelo seu fracasso no emagrecimento.

Para os diabéticos, monitore a glicemia e, se estiver controlada, coma uma fatia pequena acompanhada de uma proteína (tome um iogurte natural proteico depois). Para quem está com o colesterol alto, opte por aqueles com frutas e sem recheios gordurosos.

Desejo para os leitores e suas famílias um Natal abençoado, repleto de paz, amor e harmonia. Até 2025!

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