Quem venceu a guerra nas redes entre Amazon, Shopee e MeLi na Black Friday

Segundo o Índice Datrix do Varejo, a companhia de Jeff Bezos chegou a ficar atrás da Shopee no fim de outubro, mas o e-commerce de Cingapura acabou terminando na segunda posição. Na sequência, aparecem Mercado Livre, Havan e Magazine Luiza.

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— Foi uma competição intensa, um cenário quase Nadal e Federer (risos). A Shopee vinha crescendo seu engajamento de maneira acelerada, e a tendência era que ela chegasse à liderança, mas a Amazon chegou à Black Friday com uma força de divulgação impressionante — analisou João Paulo Castro, CEO da Datrix, startup criada pela agência de comunicação GBR, do jornalista Guilherme Barros, e pelo Ipespe, do cientista político Antonio Lavareda.

No primeiro semestre, em levantamento semelhante, a Shopee aparecia apenas na sexta posição do ranking, que era liderado por Amazon e Mercado Livre.

O índice leva em conta o engajamento em posts e publicações das próprias marcas — como comentários em seus canais no YouTube, curtidas no Instagram e compartilhamentos no X —, menções por influenciadores (patrocinadas ou não) e veículos de imprensa e, por fim, buscas de usuários em plataformas como Google, TikTok e, mais recentemente, ChatGPT.

A startup usa inteligência artificial para excluir menções negativas e queixas — afinal, o índice quer medir o engajamento — para evitar que marcas apareçam no ranking por motivos indevidos.

Embora trate apenas de engajamento e também leve em conta o varejo físico, o índice corrobora relatório recente do BTG, segundo o qual a Shopee foi o e-commerce que mais ganhou participação de mercado em volume de visitantes ao seu site no último ano. Seus acessos saltaram de 9,9% para 17,2% do universo de sites pesquisados. Em tráfego, segundo aquele levantamento, a Shopee ainda fica atrás do Mercado Livre (32,2%) e da Amazon (25,6%).