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Em rara divisão continental, África do Sul luta contra Marrocos para liderar órgão da ONU
Em rara divisão continental, África do Sul luta contra Marrocos para liderar órgão da ONU
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África do Sul e Marrocos estão em desacordo sobre a presidência do principal órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) antes da votação... 09.01.2024, Sputnik Brasil
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A rara disputa entre os países configurou a segunda vez, nos 17 anos de história do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que o órgão ficou sem presidente no início do ano, tendo que escolher o titular através de uma votação secreta, segundo a agência Reuters.De acordo com a mídia, o Marrocos reivindica a soberania sobre o Saara Ocidental, onde a Frente Polisário, apoiada pela Argélia, procura a independência. Como parte de uma estratégia mais ampla, Rabat tem cortejado países, incluindo vizinhos africanos, para obter apoio às suas políticas para o antigo território espanhol.No entanto a África do Sul não foi convencida, tanto que ajudou a organizar um evento para promover a autodeterminação do povo sarauí em Genebra, no ano passado.O embaixador sul-africano das Nações Unidas em Genebra, Mxolisi Nkosi, disse à Reuters que o seu histórico de superação do apartheid e a sua reputação como construtor de pontes fazem dele um forte candidato à presidência. Em contrapartida, disse que Marrocos era a "antítese daquilo que o conselho representa".O candidato marroquino, Omar Zniber, embaixador das Nações Unidas em Genebra, disse que Rabat recebeu o apoio da União Africana, meses atrás, como único candidato, que seu país era um cumpridor da lei e que havia feito progressos significativos em matéria de direitos humanos. Ele rejeitou as críticas às suas políticas no Saara Ocidental, chamando-as de "mentiras e propaganda".O Conselho de Direitos Humanos da ONU se reúne várias vezes por ano em Genebra. É o único órgão global intergovernamental que protege os direitos humanos em todo o mundo, podendo aumentar o escrutínio dos registros de direitos humanos dos países e autorizar investigações.
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Em rara divisão continental, África do Sul luta contra Marrocos para liderar órgão da ONU
16:32 09.01.2024 (atualizado: 17:15 09.01.2024) África do Sul e Marrocos estão em desacordo sobre a presidência do principal órgão de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) antes da votação, na quarta-feira (10), com Pretória dizendo que Rabat cometeu violações no Saara Ocidental e não tem credibilidade para conduzi-lo.
A rara disputa entre os países configurou a
segunda vez, nos
17 anos de história do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que o órgão
ficou sem presidente no início do ano, tendo que escolher o titular através de uma votação secreta,
segundo a agência Reuters.
De acordo com a mídia, o Marrocos reivindica a soberania sobre o
Saara Ocidental, onde a Frente Polisário,
apoiada pela Argélia, procura a independência. Como parte de uma estratégia mais ampla, Rabat tem cortejado países, incluindo vizinhos africanos, para obter apoio às suas políticas para o antigo território espanhol.
No entanto a
África do Sul não foi convencida, tanto que ajudou a organizar um evento para promover a autodeterminação do povo sarauí em Genebra, no ano passado.
O embaixador sul-africano das Nações Unidas em Genebra, Mxolisi Nkosi, disse à Reuters que o seu histórico de superação do apartheid e a sua reputação como construtor de pontes fazem dele um forte candidato à presidência. Em contrapartida, disse que Marrocos era a "antítese daquilo que o conselho representa".
"Para um país com todos esses desafios aspirar a ser o rosto do Conselho de Direitos Humanos, e Deus me livre se for eleito, isso destruirá qualquer fragmento de legitimidade que esse conselho alguma vez teve", afirmou.
O candidato marroquino, Omar Zniber, embaixador das Nações Unidas em Genebra, disse que Rabat recebeu o apoio da União Africana, meses atrás, como único candidato, que seu país era um cumpridor da lei e que havia feito progressos significativos em matéria de direitos humanos. Ele rejeitou as críticas às suas políticas no Saara Ocidental, chamando-as de "mentiras e propaganda".
O
Conselho de Direitos Humanos da ONU se reúne várias vezes por ano em Genebra. É o único órgão global intergovernamental que protege os direitos humanos em todo o mundo, podendo aumentar o escrutínio dos
registros de direitos humanos dos países e autorizar investigações.