https://noticiabrasil.net.br/20230406/brasil-e-o-pais-da-america-latina-com-maior-margem-para-a-desdolarizacao-comercial-diz-especialista-28335555.html
Brasil é o país da América Latina com maior margem para a desdolarização comercial, diz especialista
Brasil é o país da América Latina com maior margem para a desdolarização comercial, diz especialista
Sputnik Brasil
Em fevereiro e março de 2023, o yuan se posicionou como a moeda mais negociada na Rússia, superando o dólar em volume de transações mensais, segundo a agência... 06.04.2023, Sputnik Brasil
2023-04-06T08:28-0300
2023-04-06T08:28-0300
2023-04-06T12:20-0300
panorama internacional
economia
yuan
china
américa latina
brasil
comércio
comércio internacional
comércio bilateral
desdolarização
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/04/06/28335298_0:256:2730:1792_1920x0_80_0_0_02bed4b9cf7e9c17c5aa3a62bf7cdbe5.jpg
O fortalecimento da moeda chinesa acontece principalmente em decorrência das sanções econômicas impostas pelo Ocidente à Rússia, movimento que não tem dado certo para os Estados Unidos, já que sua moeda, o dólar, vem sendo gradativamente deslocada, apontam especialistas. Segundo o fundador e CEO da Sputnik Capital Management, o economista Aleksandr Losev, o yuan chinês está se tornando a principal moeda das empresas russas, já que o dólar norte-americano, o euro e as moedas dos países do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) se tornaram tóxicos para pessoas físicas e jurídicas russas. O economista mexicano e doutor da Universidade de Manchester, Moritz Cruz, em entrevista à Sputnik afirmou que o uso do yuan e do rublo nas transações comerciais realizadas pela Rússia compensa quebrar a dependência dessa e de outras economias com relação ao dólar. Apesar de o yuan ter ganhado força como moeda de troca comercial, o fundador do BRICS+ Analytics, Yaroslav Lisovolik, indicou que a atratividade da moeda chinesa é maior do que os retornos que podem ser vistos na linha de investimentos e ativos em dólares e euros, e afirmou que, para que essas perspectivas do yuan como moeda de investimento se fortaleçam no mercado russo, é importante expandir a lista de instrumentos financeiros disponíveis para os investidores russos em yuan. Economizar em yuan? Segundo Lisovolik, a moeda chinesa tem alto potencial para substituir as moedas ocidentais como um instrumento-chave de poupança, justamente do ponto de vista dos ativos externos."Nos últimos seis meses, o yuan se valorizou significativamente em relação ao dólar. E, ao mesmo tempo, também deve ser observado que, do ponto de vista de um instrumento como a poupança do yuan, o fator de estabilidade macroeconômica em geral, a estabilidade econômica da economia chinesa, é importante. E aqui devemos falar sobre o que vemos junto com o fato de que não há volatilidade excessiva na taxa de câmbio do yuan", explicou. No entanto, para Losev, converter os ganhos em moeda estrangeira corporativa e as economias dos cidadãos em yuan chinês não torna o yuan uma moeda de investimento por dois motivos. O primeiro é que os russos ainda têm acesso a um conjunto extremamente escasso de instrumentos financeiros para receber renda de investimentos em yuan, uma vez que não há acesso total ao mercado de capitais chinês e não se espera que isso aconteça em um futuro próximo. O segundo, é que as taxas de juros são extremamente baixas em yuan. E na América Latina? Segundo o economista mexicano, o processo de desdolarização, que já é uma realidade na Rússia e na China, pode atingir também a América Latina. No entanto, ele indicou que isso será muito mais gradual. O governo brasileiro anunciou recentemente um acordo com seu homólogo chinês para realizar transações em yuan e real, as moedas da China e do Brasil, respectivamente, em um novo golpe para a hegemonia comercial dos EUA. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) foi a responsável por fazer o anúncio, especificando em nota divulgada no dia 29 de março que os dois países firmaram o estabelecimento do comércio bilateral em moedas locais.Nesse sentido, o economista latino-americano avaliou que o Brasil é justamente o país da região que tem maior margem para a desdolarização. Da mesma forma, o grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) avança na criação de uma nova moeda para substituir o dólar americano, segundo o vice-presidente da Câmara dos Deputados da Rússia, Aleksandr Babakov.
https://noticiabrasil.net.br/20230404/pequim-eleva-poder-do-yuan-para-por-fim-a-dominancia-do-dolar-como-moeda-coerciva-indica-midia-28301523.html
https://noticiabrasil.net.br/20230404/jornal-frances-usando-sua-moeda-como-instrumento-de-pressao-eua-levam-paises-a-abandonar-o-dolar--28301314.html
https://noticiabrasil.net.br/20230401/usando-dolar-como-arma-os-proprios-eua-se-aproximam-o-fim-de-sua-hegemonia-diz-global-times-28271050.html
china
brasil
Sputnik Brasil
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/04/06/28335298_1:0:2730:2047_1920x0_80_0_0_438db7780f9b0efc7bd35a68955d15c2.jpgSputnik Brasil
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
economia, yuan, china, américa latina, brasil, comércio, comércio internacional, comércio bilateral, desdolarização, rússia, rublo, real, moeda, divisas
economia, yuan, china, américa latina, brasil, comércio, comércio internacional, comércio bilateral, desdolarização, rússia, rublo, real, moeda, divisas
Brasil é o país da América Latina com maior margem para a desdolarização comercial, diz especialista
08:28 06.04.2023 (atualizado: 12:20 06.04.2023) Em fevereiro e março de 2023, o yuan se posicionou como a moeda mais negociada na Rússia, superando o dólar em volume de transações mensais, segundo a agência Bloomberg. O que essa tendência significa em termos econômicos globais?
O fortalecimento da
moeda chinesa acontece principalmente em decorrência das
sanções econômicas impostas pelo Ocidente à Rússia, movimento que
não tem dado certo para os Estados Unidos, já que sua moeda, o dólar, vem sendo gradativamente deslocada, apontam especialistas.
Segundo o fundador e CEO da Sputnik Capital Management, o economista Aleksandr Losev, o yuan chinês está se tornando a
principal moeda das empresas russas, já que o dólar norte-americano, o euro e as moedas dos países do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido)
se tornaram tóxicos para pessoas físicas e jurídicas russas.
"Isso se deve a sanções antirrussas, bloqueio de contas, fechamento de contas bancárias correspondentes, desconexão do sistema SWIFT e limitação de pagamentos", disse Losev.
O economista mexicano e doutor da Universidade de Manchester, Moritz Cruz, em entrevista à Sputnik afirmou que o uso do yuan e do rublo nas transações comerciais realizadas pela Rússia compensa quebrar a dependência dessa e de outras economias com relação ao dólar.
"É o início de algo que já parece inevitável, que é o deslocamento do dólar como principal moeda de troca em nível global", disse o especialista, que indicou que o Ocidente fez um cálculo ruim em relação a Moscou, já que a economia do país eurasiano não foi afetada nos níveis que Washington e seus aliados anteciparam.
Apesar de o yuan ter ganhado força como moeda de troca comercial, o fundador do BRICS+ Analytics, Yaroslav Lisovolik, indicou que a
atratividade da moeda chinesa é maior do que os retornos que podem ser vistos na linha de investimentos e ativos em
dólares e euros, e afirmou que, para que essas perspectivas do yuan como moeda de investimento se fortaleçam no mercado russo, é importante expandir a lista de instrumentos financeiros disponíveis para os investidores russos em yuan.
Segundo Lisovolik, a
moeda chinesa tem alto potencial para substituir as moedas ocidentais como um instrumento-chave de poupança, justamente do ponto de vista dos
ativos externos.
"Nos últimos seis meses, o
yuan se valorizou significativamente em relação ao dólar. E, ao mesmo tempo, também deve ser observado que, do ponto de vista de um instrumento como a poupança do yuan, o fator de estabilidade macroeconômica em geral, a
estabilidade econômica da economia chinesa, é importante. E aqui devemos falar sobre o que vemos junto com o fato de que não há volatilidade excessiva na taxa de câmbio do yuan", explicou.
No entanto, para Losev, converter os ganhos em moeda estrangeira corporativa e as economias dos cidadãos em yuan chinês
não torna o yuan uma moeda de investimento por dois motivos. O primeiro é que os russos ainda têm acesso a um conjunto extremamente escasso de instrumentos financeiros para receber renda de investimentos em yuan, uma vez que não há acesso total ao
mercado de capitais chinês e não se espera que isso aconteça em um futuro próximo. O segundo, é que as taxas de juros são extremamente baixas em yuan.
"Infelizmente, ainda não é possível contar totalmente com o yuan como substituto completo do dólar, pois a economia chinesa, como qualquer outra economia do mundo, pode sofrer com desequilíbrios e saídas de capital", acrescentou.
Segundo o economista mexicano, o
processo de desdolarização, que já é uma realidade na Rússia e na China, pode atingir também a América Latina. No entanto, ele indicou que
isso será muito mais gradual.
"Será [um processo] muito mais lento devido aos compromissos que a Argentina ainda tem, por exemplo, com a moeda americana devido à sua dívida com o Fundo Monetário Internacional [FMI] [...] nessa transição para quebrar essa dependência, eles ainda têm muitas restrições devido à forma como vêm conformando seus padrões comerciais", disse Moritz Cruz.
O governo brasileiro anunciou recentemente um acordo com seu homólogo chinês para realizar transações em yuan e real, as moedas da
China e do Brasil, respectivamente, em um
novo golpe para a hegemonia comercial dos EUA.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) foi a responsável por fazer o anúncio, especificando em nota divulgada no dia 29 de março que os dois países firmaram o estabelecimento do comércio bilateral em moedas locais.
Nesse sentido, o economista latino-americano avaliou que o Brasil é justamente o país da região que tem maior margem para a desdolarização.
"Acredito que o Brasil tem mais possibilidades e porque eles têm mais liberdade financeira até certo ponto, e porque o comércio deles é mais diversificado com o cone sul e com outros países, é menos com os Estados Unidos; isso permite ter essa liberdade", enfatizou.
Da mesma forma, o
grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) avança na criação de uma
nova moeda para substituir o dólar americano, segundo o vice-presidente da Câmara dos Deputados da Rússia, Aleksandr Babakov.