Por Memória Globo

Zé Paulo Cardeal/Globo

Neide começou a carreira no jornalismo no início da década de 1970, com passagens pelo Diário Popular e pelo Jornal da Semana. Em 1974, foi para a TV Tupi como repórter, experiência que durou apenas alguns meses. Três anos mais mais tarde foi convidada para trabalhar na Folha de S. Paulo, onde permaneceu até 1979 quando passou a fazer reportagens como freelancer para o jornal O Globo, na redação de São Paulo. Em 1980, foi convidada para trabalhar na Globo. A repórter passou por vários telejornais da emissora, como 'Jornal Nacional', 'Globo Rural', 'Bom Dia Brasil, 'Jornal Hoje' e 'SPTV'. Destacou-se também como repórter especial do 'Globo Repórter' e do 'Fantástico'.

Estou sempre caminhando por frestas. Eu vejo uma frestinha aqui, é ali que eu vou. Vou me atirar para tentar fazer alguma coisa de diferente e interessante e que eu possa dizer alguma coisa para as pessoas. Porque se não for isso, não vale a pena.

Início da carreira

Neide Duarte de Oliveira nasceu em São Paulo em 23 de março de 1951, filha do comerciante José Duarte de Oliveira e da dona de casa Osvaldina Peixoto de Oliveira. Formou-se em jornalismo pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em 1974. Também teve uma sólida formação teatral, estudando com professores como Eugênio Kusnet, Sábato Magaldi, Lauro César Muniz, Dorothy Leirner e Marilena Ansaldi. Junto a esse grupo, encenou peças importantes como 'O Banquete', de Mário de Andrade, dirigida por Myriam Muniz, e 'As Criadas', de Jean Genet, com direção de Marilena Ansaldi.

Ainda no início da década de 1970, Neide começou a carreira no jornalismo com passagens pelo Diário Popular e pelo Jornal da Semana. Em 1974, foi para a TV Tupi como repórter, experiência que durou apenas alguns meses. Três anos mais mais tarde foi convidada para trabalhar na Folha de S. Paulo, onde permaneceu até 1979 quando passou a fazer reportagens como freelancer para o jornal O Globo, na redação de São Paulo.

Estreia na Globo

Em 1980, foi convidada para trabalhar na Globo. Durante 16 anos, a repórter passou por vários telejornais da emissora, como 'Jornal Nacional', 'Globo Rural', 'Bom Dia Brasil', 'Jornal Hoje' e 'SPTV'. Além disso, destacou-se nesse período como repórter especial do 'Globo Repórter' e do 'Fantástico', para onde foi levada por Luiz Nascimento e Hedyl Valle Jr.

Durante essa primeira parte de sua carreira na Globo, Neide Duarte participaria de importantes coberturas jornalísticas, como a da campanha das Diretas Já, da doença e morte de Tancredo Neves (1985), dos Jogos Olímpicos de Seul (1988), das eleições presidenciais de 1989, a do Plano Collor (1990) e a da morte de Ayrton Senna, em 1994, além de cobertura de vários Grandes Prêmios de Fórmula 1.

Neide Duarte — Foto: Acervo/Globo

Em seguida, transferiu-se para o SBT, onde permaneceu por um ano e meio como repórter especial nos telejornais 'TJ Brasil' e 'SBT Repórter'. Em 1997, realizou para a TV Cultura o documentário 'São Paulo, Memória em Pedaços', em parceria com Maria Cristina Poli.

De 1998 a 2005, Neide Duarte passou então a dirigir e apresentar o programa 'Caminhos e Parcerias', na TV Cultura de São Paulo. À frente desse programa, conquistou os prêmios Líbero Badaró e Vladimir Herzog, ambos de 2000, o Mídia da Paz, o Ethos de Jornalismo, de 2001, e o Grande Prêmio Barbosa Lima Sobrinho do IV Prêmio Imprensa Embratel, de 2002.

Retorno à Globo

Neide Duarte retornou à Globo de São Paulo em 2005, onde voltou a atuar como repórter especial dos principais telejornais da emissora, além de participar das grandes coberturas jornalísticas acontecidas desde então, como a do acidente do avião da TAM no aeroporto de Congonhas, em 2007.

A repórter Neide Duarte na cobertura do acidente com o voo TAM 3054 - Jornal Nacional, 2007 — Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo

Em 2006, Neide publicou o livro 'Frutos do Brasil – Histórias de Mobilização Juvenil'. Produzida pela ONG Aracati em parceria com a Fundação Kellogg, a obra traz histórias reais de protagonismo juvenil recolhidas em viagem pelo Brasil, e que também resultou em um documentário dirigido pela repórter. No ano seguinte, Neide Duarte ganhou o Prêmio Docol / Ministério do Meio Ambiente de melhor reportagem de TV com a série '100 anos da Represa de Guarapiranga', produzida para o 'SPTV'.

Em 2009, a repórter e a equipe do 'Bom Dia Brasil' viajaram durante 15 dias pelo país para produzir a série 'Esperança', que mostrou ações sustentáveis dentro das comunidades e em prol do meio ambiente.

Um dos trabalhos mais expressivos da carreira de Neide Duarte foi a conceituação e produção, junto com os repórteres Edney Silvestre e Marcelo Canellas, do programa jornalístico 'Brasileiros', em 2010, que mostrou histórias de pessoas comuns que ajudaram a transformar a vida de suas comunidades. No mesmo ano, a jornalista realizou ainda as séries 'Expedicionários da Saúde', para o 'Bom Dia Brasil'; e 'Idosos, Novas Tecnologias', para o 'Jornal Nacional'.

Brasileiros: Comunidade Lua Nova

Brasileiros: Comunidade Lua Nova

Quando houve o massacre em uma escola do bairro de Realengo (RJ), Neide Duarte entrevistou, para o 'BDBR', especialistas buscando respostas sobre o que haveria levado o ex-aluno a assassinar dez adolescentes em um dos crimes que mais chocaram o Brasil. Ainda para o telejornal matutino, a repórter acompanhou a Rio+20 em uma série intitulada 'Serra do Mar' (2012), e cobriu o Movimento Passe Livre (2013).

Em 2014, para o 'Jornal Hoje', Neide Duarte fez crônicas sobre os 460 anos de São Paulo e teve o privilégio de ser a última jornalista a entrevistar o escritor Ariano Suassuna, em julho do mesmo ano. No final de 2016, Neide Duarte passou a fazer reportagens para o Globo Rural.

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Neide Duarte deixou a emissora no final de dezembro de 2022.

FONTE:

Depoimento concedido ao Memória Globo por Neide Duarte em 13/08/2008.
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