Luiz Zinger González estudou jornalismo, entre 1972 e 1975, na Faculdade de Comunicação Social da Fundação Álvares Penteado (Faap). Antes, dava aula de história e geografia em cursos de pré-vestibular. Depois de formado, em 1976 e 1977, deu aulas na Faculdade, ministrando a disciplina Direção e Secretaria de Jornal. Em 1972, antes mesmo de se iniciarem as aulas na faculdade, começou a trabalhar como repórter na sucursal da Bloch Editores em São Paulo.
Em abril de 1974, Luiz González transferiu-se para a revista de automobilismo Grand Prix, onde ficou um ano como editor de redação. Depois, trabalhou como freelancer em várias publicações, como Placar, Quatro Rodas e Status. Em 1975, voltou para a Grand Prix. Seis meses depois, porém, a revista foi fechada, e González, convidado a dirigir a Telenotícias, uma agência de notícias do Grupo Visão especializada em economia. A empresa, iniciada no Rio pela Apec (Associação de Pesquisas Econômicas), tinha como propósito vender reportagens e notícias para bancos, corretoras e empresários que necessitassem de informações para tomar decisões sobre investimento. Ficou na direção da agência por dois anos e, depois, transferiu-se para a revista do próprio grupo, como subeditor de Política.
Em 1979, foi convidado por Mino Carta para integrar a equipe do Jornal da República, que contava com profissionais como Cláudio Abramo, Roberto Pompeu de Toledo, Fernando Pacheco Jordão, Paulo Sotero e Clovis Rossi. A experiência, entretanto, durou pouco; cerca de oito meses depois, a revista fechou, e Luiz González voltou para a Editora Abril. Ficou três meses na revista Placar. Transferiu-se, depois, para a Veja, onde permaneceu pouco mais de um ano. No período, o editor de política da revista era Augusto Nunes e a equipe contava com nomes como Ricardo Noblat, José Maria Santana e Suzana Veríssimo. González foi responsável pela cobertura dos atentados à bomba ocorridos na ABI e na OAB.
Em janeiro de 1981, foi convidado para trabalhar no 'Jornal Hoje', com a missão de tornar o telejornal menos voltado para o público feminino e mais noticioso. Ficou menos de um ano no Rio, período no qual participou de algumas coberturas importantes, como a do atentado do Riocentro e a do casamento do príncipe Charles com a Lady Di.
De volta para São Paulo, foi para a Rede Bandeirantes, que acabara de contratar Walter Clark. O principal telejornal da emissora era o Jornal Bandeirantes, com Joelmir Betting como âncora. Oito meses depois, no começo de 1982, voltou para o Rio e, a convite de Alice-Maria, foi chefiar a redação do 'Globo Repórter'. Naquele ano, entretanto, o programa ficou um tempo fora do ar, e González foi deslocado para participar de duas grandes coberturas: a da Copa do Mundo e a das eleições estaduais.
Depois das eleições, assumiu suas atividades no Globo Repórter e, em meados de 1983, voltou para São Paulo para assumir a chefia da redação. No mesmo ano, foi aos Estados Unidos cobrir a convenção democrata e à Europa para visitar outras televisões. De volta ao Brasil, acompanhou o movimento das Diretas Já.
Em 1985, cobriu as eleições municipais em São Paulo, da qual saiu vitorioso Jânio Quadros. No ano seguinte, passou uma temporada no Rio, cobrindo o carnaval. Depois, foi para o México, como coordenador do Jornalismo na Copa. Quando voltou, foi coordenador nacional das eleições estaduais. Em 1987, deixou a redação de São Paulo e inaugurou um projeto de ajuda das afiliadas, o Prodetaf (Projeto de Desenvolvimento do Jornalismo das Afiliadas). Viajou por o todo o país e participou da implantação de algumas emissoras, como a do Rio Grande do Norte.
A partir de 1986, Luiz González começou a prestar serviço à empresa como pessoa jurídica. E deixou a emissora em 1989.
FONTE:
Depoimento concedido ao Memória Globo por Luiz González em 22/10/2001. |