Por Memória Globo

Paulo Jabur/Memória Globo

O primeiro trabalho do jornalista Luiz Fernando Lima foi na Folha da Tarde, em Porto Alegre. Ficou 11 meses na redação e, em 1976, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde logo começou a trabalhar na editoria de esportes do Jornal do Brasil. Seis meses depois, passou a escrever também para O Estado de S. Paulo. Depois da Copa do Mundo da Espanha, em 1982, foi convidado a trabalhar na Globo. Em 1995, foi convidado para o cargo de diretor de projetos e desenvolvimento da Central Globo de Jornalismo. Em julho de 2009, Luiz Fernando Lima assumiu a direção da nova Central Globo de Esportes, com a missão de produzir programas para a Globo, o SporTV, o Globo Esporte.com e Novas Mídias esportivas. Em janeiro de 2013, Luiz Fernando Lima decidiu se afastar da Globo e criar uma empresa de consultoria de marketing esportivo.

Início da carreira

Luiz Fernando Lima é filho de um comerciante e uma professora primária. Passou no vestibular para Comunicação, em 1975. No ano seguinte, foi aprovado também para a Faculdade de Economia, mas não chegou a cursar. O primeiro trabalho foi no jornal Folha da Tarde, inicialmente na seção de turfe e depois na editoria Geral. Ficou 11 meses na redação. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1976.

No Rio, pediu transferência para a Faculdade Hélio Alonso. Começou a trabalhar na editoria de esportes do Jornal do Brasil, onde foi responsável pela cobertura de modalidades como natação, atletismo e vôlei. Seis meses depois, passou a escrever também para O Estado de S. Paulo.

No jornal, acompanhou os Jogos Pan-americanos de Cáli, na Colômbia, em 1979. No início da década de 1980, participou da primeira excursão da seleção brasileira masculina de vôlei. Bebeto de Freitas tinha assumido o cargo de técnico da seleção e treinou a equipe para disputar alguns jogos nos Estados Unidos. Luiz Fernando Lima acompanhou todas as partidas para o Estadão. Nessa época, foi o repórter que divulgou o saque “jornada nas estrelas” do jogador Bernard, da seleção brasileira masculina de vôlei.

Entrada na Globo

Depois da Copa do Mundo da Espanha, em 1982, foi convidado pelos jornalistas Celso Itiberê e Telmo Zanini para trabalhar na Globo. A primeira cobertura como repórter na emissora foi o Pan-americano de Caracas, em 1983. Nessa época, também acompanhou, direto de Havana, os jogos disputados entre as seleções masculinas de vôlei do Brasil e de Cuba. A cobertura foi histórica. Pela primeira vez, depois do golpe de 1964, uma delegação esportiva brasileira viajou com autorização do governo para a ilha de Fidel Castro. Além disso, também foi realizada a primeira transmissão ao vivo de Cuba para o Brasil.

Luiz Fernando Lima participou também da cobertura da Olimpíada de Los Angeles, em 1984. Na Copa do Mundo do México de 1986, acompanhou os preparativos para o mundial. No final da década de 1980, o jornalista acumulou o cargo de repórter e a chefia de redação de Esportes, dividindo as funções com Telmo Zanini, que voltou a fazer parte da equipe da Globo. Como chefe de redação, procurou unificar numa mesma política editorial as reportagens de esporte apresentadas nos diferentes programas e telejornais da emissora.

Durante a cobertura da Copa do Mundo da Itália, em 1990, conseguiu um furo de reportagem ao mostrar o jogador Maradona dando um soco em um dos integrantes da equipe argentina. As imagens, registradas pelo cinegrafista Cléber Schetinni, foram exclusivas da Globo. Em 1992, na Olimpíada de Barcelona, a seleção masculina de vôlei, com Tande, Geovanni, Maurício, Marcelo Negrão, conseguiu um título inédito ao ganhar a primeira medalha de ouro para um esporte coletivo do país em Olimpíadas. Era a conquista máxima de um trabalho que o jornalista acompanhou desde o início.

Desde que entrou como repórter da Globo, Luiz Fernando esteve presente em todas as Olimpíadas e Copas do Mundo transmitidas pela emissora. Participou como repórter da cobertura dos Jogos Olímpicos de Seul (1988), dos Jogos Pan-americanos de Havana (1991), da Copa do Mundo da Itália (1990), dos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992) e da Copa do Mundo dos EUA (1994) na conquista do tetracampeonato mundial.

Na direção do Esporte

Em 1995, com a entrada de Evandro Carlos de Andrade na direção de jornalismo, Luiz Fernando Lima foi convidado para o cargo de diretor de projetos e desenvolvimento da Central Globo de Jornalismo (CGJ). Uma de suas ações na Central foi a preocupação com a linguagem no texto jornalístico. Os profissionais da redação passaram a ter aulas de português desde então. No ano seguinte, retornou para a divisão de Esporte no cargo de diretor.

Uma das iniciativas da divisão de Esporte para a Olimpíada de Sydney foi preparar um material de reportagens para mostrar ao telespectador um perfil dos atletas que iam participar dos jogos. A proposta era ambientar o telespectador com os locais em que seriam realizadas as competições. Outro destaque durante a direção de Luiz Fernando Lima foi o aumento de espaço dedicado ao esporte na grade de programação a partir de 2000.

Como diretor de Esporte, Luiz Fernando foi responsável pelo planejamento das coberturas jornalísticas das Copas do Mundo da França (1998), da Coreia e do Japão (2002) e da Alemanha (2006); das Olimpíadas de Sydney (2000), de Atenas (2004) e de Pequim (2008); e dos Jogos Pan-americanos de Winnipeg (1999), Santo Domingo (2003) e do Rio de Janeiro (2007).

Em julho de 2009, Luiz Fernando Lima assumiu a direção da nova Central Globo de Esportes (CGESP), com a missão de produzir programas para a Globo, o SporTV, o Globo Esporte.com e Novas Mídias esportivas.

Em janeiro de 2013, Luiz Fernando Lima decidiu se afastar da Globo e criar uma empresa de consultoria de marketing esportivo. Foi sucedido na Central Globo de Esporte por Renato Ribeiro, então diretor executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo.

Fontes

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