Luiz Cláudio Costa Latgé nasceu em Pittsburgh, na Pensilvânia. Tem nacionalidade brasileira, pois foi registrado na embaixada do Brasil. Filho de um engenheiro químico e uma dona de casa, sempre quis ser jornalista. Estudou na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), formando-se em 1980.A primeira experiência profissional foi como estagiário do Jornal do Brasil, em 1979. Com o diploma de jornalismo em mãos, foi contratado pelo jornal como repórter. Cobria as editorias de Cidade, Economia e Política. Em seguida, tornou-se correspondente do jornal em Buenos Aires, tendo participado da cobertura da Guerra das Malvinas, fato que destaca em sua trajetória profissional. Em 1985, voltou para o Brasil e assumiu a função de editor do Informe Econômico, uma coluna sobre economia publicada no jornal.
Decidido a dar um novo rumo à vida profissional, trocou o jornalismo impresso pela televisão. Anos antes, Latgé já havia tido uma breve experiência no Fantástico, na Globo. Entrou em contato com o então diretor de jornalismo e esportes da emissora, Armando Nogueira, e conseguiu uma vaga como repórter da editoria Rio. Em seguida, passou a repórter do Jornal da Globo.
Luiz Cláudio Latgé chegou a participar da cobertura da morte de Tancredo Neves, em 21 abril de 1985. A eleição de Tancredo Neves foi um marco para o país, pois ele seria o primeiro presidente civil após mais de 20 anos. No entanto, foi internado na véspera da posse e não pôde assumir o governo, vindo a falecer, dias depois, vítima de infecção generalizada.
Outra cobertura importante da qual participou foi, no início de 1986, a do incêndio no Edifício Andorinhas uma antiga construção de 13 andares no centro do Rio de Janeiro. Mais de 20 pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feridas.
De repórter, Latgé passou a editor. Descobriu por acaso que gostava de desempenhar a função, ao ser chamado para substituir temporariamente o editor do RJTV – 3ª Edição, telejornal que ficou no ar entre 1983 e 1989, que era exibido logo após o Jornal da Globo. Em 1986, foi efetivado no cargo, passando a desempenhar a função de editor do telejornal local.
Mobilizado para reforçar o jornalismo comunitário da emissora, Luiz Cláudio Latgé esteve à frente do projeto SOS Rio, mais um marco em sua trajetória. Em fevereiro de 1988, o Rio de Janeiro enfrentou uma das piores enchentes de sua história. O jornalismo da Globo fez a cobertura completa do estado de emergência no município, além de divulgar informações sobre os locais de doação de alimentos, remédios e roupas para os desabrigados.
A partir dessa iniciativa, o telejornal comunitário Bom Dia Rio voltou à grade de programação da emissora, tendo Latgé como editor-chefe, cargo que ele ocupou por dois anos. Em seguida, foi promovido a chefe de redação da editoria Rio.
Em 1990, Latgé acompanhou as mudanças na Central de Globo de Jornalismo. Os diretores Armando Nogueira e Alice-Maria, responsáveis pelo Jornal Nacional desde sua estreia, deixaram seus cargos. Alberico de Sousa Cruz, até então diretor de telejornais de rede, assumiu o comando da CGJ. Latgé foi deslocado para o Fantástico.
Após um ano no Fantástico, voltou a trabalhar no Jornal da Globo, agora como editor-chefe. Nesse período, o Jornal da Globo sofreu algumas alterações, como a criação de um quadro especial em que o principal fato do dia, já noticiado nos demais telejornais da emissora, era discutido sob diversos pontos de vista, de forma mais opinativa. Um dos redatores do Jornal da Globo de então era o jornalista William Bonner.
Em 1995, com a entrada de Evandro Carlos de Andrade na direção Central Globo de Jornalismo, Latgé foi deslocado para o Jornal Nacional, como editor. Cerca de um ano depois, teve uma passagem pelo Jornal Hoje, quando participou das coberturas do massacre de Eldorado dos Carajás e do acidente do avião da TAM em São Paulo. Do Jornal Hoje, voltou a trabalhar no Jornal da Globo, que, na época, passava por mudanças e precisava de um novo projeto.
Em 2000, após a morte de Evandro Carlos de Andrade e com a chegada de Carlos Henrique Schroder ao comando da direção de jornalismo e esportes, Latgé foi convidado para assumir o cargo de diretor regional em Brasília. Em 2002, Latgé assumiu como diretor regional em São Paulo.
Em 2003, participou da cobertura da Guerra do Iraque: na ocasião, a Globo montou um plantão especial nas cidades do Rio e São Paulo, para coordenar a partir destas praças, as principais notícias recebidas dos escritórios internacionais.
Como diretor regional de jornalismo em São Paulo, coordenou a cobertura das eleições de 2002. Na ocasião, os candidatos à Presidência da República foram entrevistados em três telejornais de rede – Bom Dia Brasil, Jornal Nacional e Jornal da Globo – e na Globo News. Os candidatos a governador foram entrevistados nos telejornais regionais.
Após os resultados da eleição, o Jornal Nacional apresentou uma edição histórica: Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente eleito, assistiu à edição nos estúdios da Globo de São Paulo, ao lado do jornalista William Bonner. Fátima Bernardes apresentou o telejornal nos estúdios do Rio de Janeiro.
O bom resultado das entrevistas com os candidatos nas eleições de 2002 fez com que a Globo mantivesse o projeto na cobertura das eleições de 2006. Além das entrevistas nos principais telejornais, a cobertura contou com a Caravana JN, que percorreu todo o Brasil ao longo da campanha, realizando uma série de reportagens especiais.
Em 2004, na comemoração dos 450 anos da cidade de São Paulo, a Globo pôs no ar 25 horas de programação ao vivo. Foi uma trabalho conjunto das áreas de jornalismo e entretenimento. Coube a Latgé coordenar a cobertura jornalística com âncoras localizados em vários pontos da cidade.
Em 2008, Latgé assumiu a direção da GloboNews. A jornalista Cristina Piasentini o substituiu na direção de jornalismo em São Paulo. A jornalista Rosa Magalhães, que ocupava a direção do canal de notícias, foi deslocada para a área de desenvolvimento de novas mídias da Central Globo de Jornalismo.
Em 2011, Luiz Cláudio Latgé assumiu o cargo de diretor executivo de jornalismo, tornando-se responsável pelo chamado jornalismo em tempo real, como supervisor do conteúdo da GloboNews, do site G1 e dos demais produtos da internet. Em junho de 2013, deixou o jornalismo para assumir o cargo de diretor adjunto da área de Comunicação, função que ocupou até outubro de 2015.
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