Por Memória Globo

Frame de vídeo/Globo

Hermano Antonio Henning é filho de imigrantes alemães, iniciou sua carreira profissional como jornalista numa rádio de Guararapes. Em 1965, mudou-se para São Paulo e foi trabalhar na Rádio Difusora de Guarulhos, ao mesmo tempo em que cursava a faculdade de direito, também em Guarulhos. Depois de formado, conseguiu uma vaga de repórter na revista Veja e passou a escrever também para o jornal O Estado de S. Paulo. Em 1976, viajou como enviado especial da revista Veja para acompanhar as eleições na Alemanha. Naquele país, foi convidado a trabalhar como locutor em português da Deutsche Welle, rádio de notícias alemã com transmissão para mais de 30 países em todo o mundo.

Hermano Henning — Foto: Acervo/Globo

Hermano Henning deixou a revista Veja em 1977 e foi convidado por Luiz Carlos Sá e Armando Nogueira para ocupar o cargo de correspondente internacional da Globo na Alemanha. “Armando Nogueira havia coberto a Copa do Mundo de 1974, era fã dos alemães. E se entusiasmou com as matérias que eu mandei inicialmente. E eu não tinha cinegrafista, não tinha nada”, lembra. Ainda na Alemanha, ganhou a companhia do cinegrafista Mário Ferreira, recrutado na redação do 'Globo Repórter'. Pouco depois, a dupla foi transferida para o escritório de Londres. Participaram de coberturas marcantes, como a do enterro do ator e diretor Charles Chaplin na Suíça (1977), do sequestro e execução de Aldo Moro pelas brigadas vermelhas na Itália (1978), da Revolução Iraniana (1979) e dos Jogos Olímpicos de Moscou (1980).

Reportagem de Hermano Henning, com fotos do cinegrafista Orlando Moreira, sobre a missão dos cientistas brasileiros a bordo do primeiro navio brasileiro a chegar à Antártida. Jornal Nacional, 07/02/1983.

Reportagem de Hermano Henning, com fotos do cinegrafista Orlando Moreira, sobre a missão dos cientistas brasileiros a bordo do primeiro navio brasileiro a chegar à Antártida. Jornal Nacional, 07/02/1983.

Ainda na Europa, cobriu a morte do Papa Paulo IV e a eleição do pontífice João Paulo I, que morreu um mês depois. O Vaticano realizou, então, uma nova eleição e escolheu o polonês Karol Wotjlia, que adotou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor. Hermano Henning voltou a Roma a tempo de cobrir a primeira aparição pública do novo Papa. Conseguiu, ainda, uma declaração exclusiva, na qual João Paulo II saudou o Brasil e anunciou que faria uma visita ao país. A matéria foi exibida no 'Jornal Nacional' e noticiada na primeira página de O Globo.

No final da década de 1970, participou de outras coberturas internacionais importantes, como a guerra Irã-Iraque. O repórter acompanhou o conflito, inicialmente, da cidade de Amã, na Jordânia, e depois de Bagdá. “A minha experiência no Oriente Médio foi bastante intensa. Eu fiz várias incursões no território iraniano com as tropas do Iraque”, lembra. Voltou para o Brasil no início da década de 1980, e trabalhou durante um ano na redação do 'Fantástico'.

Reportagem de Hermano Henning sobre os ataques das tropas iraquianas às cidades iranianas de Koramchar e Abadan, Fantástico, 09/11/1980.

Reportagem de Hermano Henning sobre os ataques das tropas iraquianas às cidades iranianas de Koramchar e Abadan, Fantástico, 09/11/1980.

Reportagens de Roberto Feith sobre a eleição de Margaret Thatcher ao cargo de primeira-ministra da Inglaterra, e de Hermano Henning sobre a carreira política da "dama de ferro". 'Jornal Nacional', 04/05/1979.

Reportagens de Roberto Feith sobre a eleição de Margaret Thatcher ao cargo de primeira-ministra da Inglaterra, e de Hermano Henning sobre a carreira política da "dama de ferro". 'Jornal Nacional', 04/05/1979.

Em 1983, transferiu-se para a TV Aratu, na Bahia. Logo depois, foi convidado pela Globo para participar de várias reportagens internacionais, como a cobertura da guerra civil em Angola, da guerra das Malvinas e da primeira expedição brasileira à Antártida. Nessa última, Hermano Henning e o repórter cinematográfico Orlando Moreira viajaram durante dois meses a bordo do navio Barão de Teffé.

Hermano Henning deixou a Globo em 1989. Transferiu-se então para o SBT, sendo um dos responsáveis pela criação do escritório da emissora em Washington, nos Estados Unidos. Foi âncora do 'Telejornal Internacional'. Três anos depois, voltou para a Globo, para trabalhar como correspondente em Nova York. Nos anos 1990, participou das coberturas da morte de Tom Jobim e do atentado de Oklahoma.

Reportagem de Hermano Henning sobre a morte de Tom Jobim, 'Jornal Nacional', 09/12/1994.

Reportagem de Hermano Henning sobre a morte de Tom Jobim, 'Jornal Nacional', 09/12/1994.

Reportagem de Hermano Henning e Helio Alvarez sobre o atentado em Oklahoma City, realizado pelo americano Timothy McVeigh, que deixou mais de 160 mortos, incluindo crianças que estavam em uma creche atingida, Jornal Nacional, 21/04/1995

Reportagem de Hermano Henning e Helio Alvarez sobre o atentado em Oklahoma City, realizado pelo americano Timothy McVeigh, que deixou mais de 160 mortos, incluindo crianças que estavam em uma creche atingida, Jornal Nacional, 21/04/1995

Em meados da década de 1990, retornou para o SBT, onde apresentou o Jornal do SBT e, a partir de 2005, o Jornal do SBT – Manhã. Foi apresentador, ainda, de um programa sobre esportes equestres, o Horse Brasil, exibido pelo Canal Rural.

FONTE:

Depoimento concedido ao Memória Globo por Hermano Henning em 06/04/2004.
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