Por Memória Globo

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Helena Carneiro Brício nasceu em 11 de novembro de 1949, em Belo Horizonte, Minas Gerais. É a caçula dos cinco filhos do casal Jaci Campos Brício e Elza Carneiro Brício. Trocou a faculdade de História pela de Comunicação Social, curso que realizou já no Rio de Janeiro, na Faculdade Hélio Alonso. Na década de 1970 fez seu début no mundo da moda, trabalhando como assessora de estilistas de famosas grifes brasileiras da época.

Sua entrada na Globo deu-se no início dos anos 1980, como assistente da figurinista Marília Carneiro na novela 'Brilhante' (1981), de Gilberto Braga. Também foi assistente de figurino nas minisséries 'Quem Ama Não Mata' (1982), de Euclydes Marinho, e 'Bandidos da Falange' (1983), de Aguinaldo Silva, até estrear como figurinista titular no humorístico 'Viva o Gordo', de Jô Soares. O trabalho em um programa semanal e a possibilidade de vestir o humorista, que interpretava diversos tipos de personagens, foi uma grande experiência profissional. Helena Brício também foi responsável pelos figurinos do 'Teletema' – programa que substituiu o 'Caso Verdade' em 1986, baseado em histórias fictícias exibidas em cinco capítulos semanais – e do musical 'Chico & Caetano', exibido mensalmente, no qual a dupla de cantores recebia vários convidados.

Caetano Veloso e Chico Buarque em Chico & Caetano, 1986 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

Em 1987, Helena Brício assinou sua primeira novela sozinha, 'Bambolê', de Daniel Más, história inspirada no romance 'Chama e Cinzas', de Carolina Nabuco, cujos figurinos reproduziam o final dos anos 1950. A partir de então, fez os figurinos de várias novelas de sucesso, como 'Mulheres de Areia' (1993), de Ivani Ribeiro – trabalho que dividiu com Marília Carneiro, onde vestiu as inesquecíveis gêmeas Ruth e Raquel, interpretadas por Gloria Pires, cujos figurinos fizeram grande sucesso entre as telespectadoras; 'Tropicaliente' (1994), de Walther Negrão, ambientada em Fortaleza, no Ceará, em que sobressaiu a caracterização do núcleo de pescadores da trama – cuja tonalidade das roupas foi obtida com uma mistura feita de casca de angico; e 'A Próxima Vítima' (1995), de Silvio de Abreu, trama policial que apresentava, entre outros núcleos, uma elegante e tradicional família paulista e os descendentes italianos dos bairros da Mooca e do Bexiga, e que lhe rendeu o Prêmio Contigo! de melhor figurino.

Rodolfo Bottino, Mila Moreira, Thaís de Campos, Carla Marins, Cláudio Marzo, Myrian Rios e Joana Fomm em Bambolê, 1987 — Foto: Nelson Di Rago/Globo

Outras novelas fazem parte da trajetória da figurinista, como 'Vira-Lata' (1996), de Carlos Lombardi, 'Zazá' (1997), de Lauro César Muniz, 'Era Uma Vez…' (1998), de Walther Negrão, e a segunda versão de 'Pecado Capital' (1998), de Gloria Perez. A figurinista também trabalhou nas minisséries 'Desejo' (1990), de Gloria Perez – que retratou a trágica história de amor vivida, no início do século XX, pelo escritor Euclides da Cunha, sua mulher Anna de Assis e o militar Dilermando de Assis – e 'As Noivas de Copacabana' (1992), de Dias Gomes, história policial protagonizada por Miguel Falabella, intérprete de um assassino em série. Em 'Desejo', Helena Brício fez parceria com o figurinista Paulo Lois. Em 2001, dividiu com Cao Albuquerque a criação dos figurinos da novela 'As Filhas da Mãe', de Silvio de Abreu.

— Foto: Globo

Além disso, Helena Brício também fez os figurinos de algumas histórias do programa 'Brava Gente' e, em 2004 e 2005, foi a figurinista do infantojuvenil 'Sítio do Picapau Amarelo'. Em 2006, assumiu os figurinos de 'Estrelas', o programa semanal da apresentadora Angélica.

Enrique Diaz e Betty Lago no episódio 'Embaixada do Glicério' de 'Brava Gente', 2001 — Foto: Acervo/Globo

Ela vestiu, ainda, os jovens atores do programa 'Malhação' e os apresentadores Pedro Bial e Marisa Orth no primeiro ano do reality 'Big Brother Brasil', em 2002.

FONTE:

Depoimento concedido ao Memória Globo por Helena Brício em 12/06/2007.
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