Dulcilene Moraes, a Dhu Moraes, nasceu em Vila Nova de Itambi, distrito de Itaboraí, no Estado do Rio de Janeiro. Filha da dona de casa Estelita dos Santos Moraes e do lavrador Ponciano Luiz de Moraes, cresceu em uma casa cheia, com nove irmãos, e iniciou sua carreira artística conciliando estudo, trabalho e as apresentações do grupo de baile Escarlates, para o qual entrou aos 16 anos como uma das cantoras. Quando estava cobrindo as férias da babá dos filhos da psiquiatra Vera Dias, amiga da família que gostava de ouvi-la cantar, conseguiu que ela a indicasse para um teste com Paulo Afonso Grisolli, para o musical Alice no País Divino-Maravilhoso, que tinha vários autores, entre os quais o próprio Grisolli e Sidney Miller. Aprovada, passou quatro meses ensaiando o dia todo, até estrear em 1970. Ao seu lado, no elenco, estavam Betina Viany, Tamara Taxman e Milton Gonçalves, que substituiu Grande Otelo. Como Milton Gonçalves dirigia ao mesmo tempo a novela Irmãos Coragem, de Janete Clair, ele deu a Dhu Moraes a chance de ter sua primeira participação na TV, no papel de Leninha, empregada da personagem de Regina Duarte.
Início da carreira
Assim começava uma trajetória que experimentou grande impulso com o sucesso de As Frenéticas, grupo musical que ganhou disco de ouro com seu primeiro LP, formado em 1976 por Dhu Moraes e outras cinco integrantes. Com a projeção alcançada, a múltipla atriz cantou e dançou em shows, trabalhou em dezenas de peças, novelas e minisséries, divertiu telespectadores com sua veia cômica e viveu papéis densos, construindo uma rica carreira com muitos amigos e o reconhecimento do público.
Depois da estreia como atriz, em 1970, a atriz foi escolhida para papéis nos musicais Hair (1971), dirigida por Ademar Guerra; Pobre Menina Rica (1972), convidada por um dos autores, o cantor e compositor Carlos Lyra; e na peça Mais Quero um Asno que me Carregue que um Cavalo que me Derrube (1974), de Carlos Alberto Soffredini. “Em Pobre Menina Rica, conheci a Sandra Pêra, aí fomos fazer o Jesus Cristo Superstar juntas. Ela passou a me ligar sempre que havia um teste, ela e Betina Viany, e foi assim que eu fiz também Calabar e Missa Leiga”, conta.
Em paralelo ao trabalho de atriz, Dhu Moraes seguia a carreira de cantora, com o grupo As Sublimes, que fazia parte do coral do Globo de Ouro, programa que apresentava as músicas mais tocadas no país. Nessa época, Nelson Motta decidiu abrir a discoteca Frenetic Dancin’ Days, na Gávea, bairro carioca, e pediu a Sandra Pêra que reunisse mulheres bonitas e interessantes para trabalhar lá. A ideia em um primeiro momento era que as moças dessem charme ao lugar, mas o grupo formado também por Edyr Duque, Leiloca Neves, Lidoka Martuscelli, Regina Chaves e Sandra Pêra convenceu Nelson Motta a promover uma participação musical com elas.
As frenéticas
Assim começava uma trajetória que experimentou grande impulso com o sucesso de As Frenéticas, grupo musical que ganhou disco de ouro com seu primeiro LP, formado em 1976 por Dhu Moraes e outras cinco integrantes. Com a projeção alcançada, a múltipla atriz cantou e dançou em shows, trabalhou em dezenas de peças, novelas e minisséries, divertiu telespectadores com sua veia cômica e viveu papéis densos, construindo uma rica carreira com muitos amigos e o reconhecimento do público.
Depois da estreia como atriz, em 1970, a atriz foi escolhida para papéis nos musicais Hair (1971), dirigida por Ademar Guerra; Pobre Menina Rica (1972), convidada por um dos autores, o cantor e compositor Carlos Lyra; e na peça Mais Quero um Asno que me Carregue que um Cavalo que me Derrube (1974), de Carlos Alberto Soffredini. “Em Pobre Menina Rica, conheci a Sandra Pêra, aí fomos fazer o Jesus Cristo Superstar juntas. Ela passou a me ligar sempre que havia um teste, ela e Betina Viany, e foi assim que eu fiz também Calabar e Missa Leiga”, conta.
Em paralelo ao trabalho de atriz, Dhu Moraes seguia a carreira de cantora, com o grupo As Sublimes, que fazia parte do coral do Globo de Ouro, programa que apresentava as músicas mais tocadas no país. Nessa época, Nelson Motta decidiu abrir a discoteca Frenetic Dancin’ Days, na Gávea, bairro carioca, e pediu a Sandra Pêra que reunisse mulheres bonitas e interessantes para trabalhar lá. A ideia em um primeiro momento era que as moças dessem charme ao lugar, mas o grupo formado também por Edyr Duque, Leiloca Neves, Lidoka Martuscelli, Regina Chaves e Sandra Pêra convenceu Nelson Motta a promover uma participação musical com elas.
Vinicius Para Criança - A Arca de Noé: As Frenéticas
Arca de Noé II: As Frenéticas
Chico Anysio
Em 1981, Dhu Moares pôde mostrar ainda mais sua veia cômica em Chico Total. Como Das Mercês, tornou-se uma das mucamas de Pai Painho, personagem de Chico Anysio, em companhia de sua irmã Dirce, que fazia a Dos Anjos, e da frenética Edyr, a Das Dores. Com Chico Anysio, voltaria a trabalhar como a namorada do personagem Azambuja; na Escolinha do Professor Raimundo, fazendo três personagens, de 1991 a 1995 – Baunilha, Dona Maria Menina e Dona Branca; e, em 1999, no episódio Só o Amor Destrói, de O Belo e as Feras, quando esteve ao lado de Regina Duarte. “A criatividade, o improviso dele, ele te estimulava. Eu aprendi muito com o Chico, uma das grandes escolas da minha vida. Foi um mestre”, pontua.
No mesmo ano em que começou a trabalhar em Chico Total, a atriz participou, com As Frenéticas, do especial infantil A Arca de Noé II, dirigido por Augusto César Vannucci. Apesar de a sensualidade ser uma marca registrada do grupo, as crianças gostavam das músicas e se identificavam com a alegria e a irreverência das letras. Tanto que As Frenéticas haviam participado de outro especial com direção de Vannucci, Vinicius para Criança – A Arca de Noé (1980).
Novelas e minisséries
A volta de Dhu Moraes à dramaturgia em TV aconteceu em 1985, na minissérie Tenda dos Milagres,de Aguinaldo Silva. No papel de Rosa de Oxalá, era uma mulher à frente do seu tempo. Apaixonada por Pedro Arcanjo, personagem de Nelson Xavier, tinha uma filha com Jerônimo, vivido por Cláudio Marzo. Novamente dirigida por Grisolli, que a lançou no teatro, viajou para Feira de Santana (BA) onde a minissérie foi gravada. Ainda em 1985, Dhu Moraes fez uma participação especial em Roque Santeiro, de Dias Gomes, e, em 1986, foi a Maria das Dores de Sinhá Moça, de Benedito Ruy Barbosa: “A história da novela era maravilhosa, mas muito sofrida. Ave-Maria, essa coisa de olhar o dente da pessoa. Agora eu assisti a Raízes e fiquei lembrando, voltei na cena, porque eu vivi aquela cena. O Selton Mello eu conheci com nove aninhos de idade, ele fez meu filho”.
No SBT, convidada por Roberto Talma, trabalhou em O Direito de Nascer, novela cubana adaptada por Aziz Bajur e Jayme Camargo. Para participar das gravações, teve que praticamente se mudar para São Paulo. Feliz pelo papel de Mamãe Dolores, uma personagem importante na trama, demorou a ver sua atuação no ar, pois a produção, independente, ficou arquivada quatro anos e só foi exibida em 2001.
Tenda dos Milagres: Rosa conhece Pedro Arcanjo
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No sítio
O Sítio do Picapau Amarelo entrou em sua vida também em 2001. Com dúvidas iniciais para fazer a Tia Nastácia, pela série de shows agendados para As Genéricas, grupo formado por ela, Edyr, Lidoka e três novas integrantes, conseguiu conciliar os compromissos e deu uma roupagem diferente a um dos personagens-ícone de Monteiro Lobato. “Eu pensei o seguinte: vou fazer a minha mais alegre, mas, talvez, um pouquinho mais ranzinza, porque a outra era só doce. Vou fazer uma Nastácia um pouco mais serelepe, não jovial, mas um pouquinho mais animadinha. E aí fui por esse caminho”, conta.
No Sítio, ficou até 2006. Uma das cenas mais emocionantes nesse período foi a aparição de São Jorge para a Tia Nastácia. A atriz ficou emocionada, pela fé da personagem, que havia sido enganada por um falso santo e acaba recebendo mesmo a visita de São Jorge, vivido por Herson Capri.
Walcyr Carrasco
De volta às novelas, Dhu Moraes interpretou a Dirce de Caras & Bocas (2009), de Walcyr Carrasco. Sua personagem guardava um segredo ao longo da trama, o fato de seu filho ter como pai biológico o patrão, e não o marido. Do mesmo autor, a atriz fez Morde & Assopra, em 2011, quando como dona de um hotel pôde contracenar com um grande amigo, Mauro Gorini, seu marido na história. E Êta Mundo Bom!, em 2016, como a Manoela, personagem do núcleo mineiro da trama.
Nesse meio tempo, a atriz havia participado de outra novela, Cheias de Charme (2012), de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, no papel de Valda. Acompanhando a saga de empregadas domésticas que formam um grupo e se tornam estrelas da música, revisitou um pouco a sua história pessoal. Uma das Empreguetes, nome do grupo, era Isabelle Drummond, com quem Dhu Moraes voltou a contracenar em seu trabalho mais recente na Globo, a novela de época Novo Mundo (2017), de Thereza Falcão e Alessandro Marson. Como a escrava Idalina, a atriz protagonizou uma cena de impacto e emoção, ao ser açoitada em praça pública.
Teatro e cinema
No cinema, Dhu Moraes fez participações em filmes como Linda de Morrer (2015), de Cris D’Amato, e Apaixonados (2016), de Paulo Fontenelle. No teatro, além das peças em que atuou no início da carreira, como Alice no País Divino-Maravilhoso e Hair, importantes para sua consolidação profissional, a atriz destaca Divina Elizeth (2008), de João Falcão, por ter tido a chance de, na condição de uma das cinco atrizes e cantoras que representaram Elizeth Cardoso, homenagear uma diva da música brasileira.
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