Por Memória Globo

Memória Globo

Delfim Taguti Fujiwara é filho de Takao Fujiwara, que imigrou da província de Mie, no Japão, para o interior de São Paulo. Formado em administração de empresas, dedicou-se, desde a época de estudante, às artes. Trabalhou inicialmente designer gráfico, chegando a abrir um estúdio de arte e fotografia em São Paulo, o Estúdio 85, responsável pela arte de livros e revistas. Começou a trabalhar na Globo como subchefe do departamento de Arte em 1984, convidado por Paulo Polé, e mudou-se para o Rio de Janeiro. Desde então, passou a trabalhar no departamento ao lado Alexandre Arrabal, Gilda Rocha e Luís Felipe Cavalleiro. Seus primeiros trabalhos na emissora, ainda no ano de 1984, foram feitos para as Olimpíadas de Los Angeles e na reconstituição em maquete do incêndio que destruiu a Vila Socó, em Cubatão (SP).

Em 1986, foi um dos criadores do projeto que reformularia o departamento de Arte da Central Globo de Jornalismo (CGJ), demonstrando a importância do tratamento visual da informação – e a necessidade de melhores equipamentos para o setor. Aos poucos, o departamento de Arte começou a participar mais da composição cenográfica dos programas jornalísticos da emissora, concebendo o visual como um todo do jornalismo, não apenas criando as artes das matérias exibidas.

Em 1989, já como diretor de Arte da CGJ, participou ativamente do projeto de reformulação dos cenários e dos efeitos visuais do Jornal Nacional. Entre as modificações realizadas no telejornal, destacou-se o cenário móvel criado em computação gráfica. Este foi criado para substituir os antigos selos ou ilustrações que apareciam em forma de moldura, e que passaram a ocupar toda a tela ao fundo do apresentador, variando conforme o assunto.

Delfim na bancada do 'JN' com Cid Moreira, Sérgio Chapellin e Hans Donner — Foto: Memória Globo

Em 1990, deixou a Globo para implantar o departamento de Arte da Record e, também, realizar trabalhos no departamento de Arte do Jornalismo da TV Manchete. Retornou à Globo em 1992, como editor de arte do Esporte.

Alguns anos depois, integrou-se à equipe responsável pela reformulação e renovação do 'Fantástico'. Entre 1996 e 1998, ocupou o cargo de editor-chefe do programa, ao lado de Pedro Bial, ajudando na missão de tornar o 'Fantástico' mais leve e mais próximo do espectador, interferindo principalmente na atuação dos apresentadores.

Voltou a deixar a Globo em 1998, só retornando à emissora em 2000, para assumir a função de gerente de Ilustração e Arte do Esporte, responsável pelo visual dos programas e eventos esportivos da emissora. Nos Jogos Olímpicos de 2000, uma equipe da editoria de Arte comandada por Delfim Fujiwara viajou para Sydney, onde montou todos os cenários e produziu as artes. Para o evento, a equipe criou a mascote Zé do Pulo, um canguru. Também sob sua responsabilidade passaram a estar os programas de Fórmula 1 e o GP Brasil da categoria, além da arte de todos os campeonatos nacionais de futebol e Copas do Mundo, como a de 2002.

Em 2001, implantou mudanças na linguagem visual e no cenário do 'Globo Esporte', com a criação de quadros eletrônicos para ilustrar os assuntos abordados pelo programa, além da movimentação da logomarca do 'Globo Esporte', que passou a poder ocupar qualquer ilustração. Em 2008, o 'Globo Esporte' voltaria a passar por uma reformulação de seus cenários físicos e virtuais, também conduzida por Delfim Fujiwara.

Delfim também se tornou responsável, a partir de 2002, pelo núcleo de Produção Virtual da Globo, incumbido da criação das imagens virtuais inseridas na programação da emissora: desde outdoors virtuais para a Fórmula 1 a bonequinhos que sambam nas transmissões do carnaval. Além dos muitos trabalhos realizados na emissora, também participou das equipes que ajudaram a colocar no ar a SIC, de Portugal, e a Telemontecarlo, na Itália. Em 2005, comandou a reformulação da identidade visual do canal SporTV, da Globosat.

Delfim Fujiwara também fez trabalhos no cinema. Em 1999, assinou a direção de arte do filme 'Um Certo Dorival Caymmi', de Aluisio Didier. Trabalhou na Globo até 2011, mantendo-se como consultor até 2015.

FONTE:

Depoimento concedido ao Memória Globo por Delfim Fujiwara em 25/06/2001.
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