César Augusto Leite Seabra é filho do vendedor Augusto Rodrigues Seabra Neto e da dona de casa Leila Leite Seabra, é formado em jornalismo pela Faculdade da Cidade e em sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Começou a trabalhar em O Globo, como freelancer, em 1985, levado por um amigo que trabalhava no jornal, o fotógrafo José Leomar. Sua primeira atuação foi nos Jornais de Bairro, mais especificamente como repórter no Globo Tijuca. Trabalhou também como redator em todos os demais suplementos comunitários.
No final dos anos 1980, tendo passado, como jornalista freelancer por algumas editoriais do jornal O Globo, César Seabra passou fazer parte da editoria de Política, ao lado de jornalistas como Luis Erlanger e Mario Marona. Passou, ainda, pela editoria Rio do jornal. Chegou a editor-adjunto, trabalhando com o editor Agostinho Vieira. No início dos anos 1990, foi designado por Evandro Carlos de Andrade, então diretor de redação de O Globo, para promover uma grande mudança na editoria de Esportes. Em 1993, assinou a coluna Panorama Esportivo junto com Lédio Carmona.
A mudança conduzida por César Seabra incluía transformações na equipe e, sobretudo, na linguagem da editoria, até então voltada exclusivamente para os amantes do futebol. A ideia de Evandro era investir em reportagens investigativas, mais longas, que trouxessem credibilidade ao jornal. O coroamento dessa mudança editorial veio em 1994, com a série Corrupção no Futebol Fluminense, que rendeu à equipe liderada por César Seabra um inédito Prêmio Esso Especial de Informação Esportiva.
Após 12 anos no jornal O Globo, em 1997, César Seabra foi convidado para inaugurar o tablóide esportivo Lance!. Junto com os jornalistas Lédio Carmona e Leão Serva, Seabra participou da criação do jornal, desde a elaboração do projeto até a feitura do primeiro exemplar. No ano seguinte, chefiou a equipe mobilizada pelo Lance! para cobrir a Copa do Mundo da França. Também assinou uma coluna que levava seu nome no tabloide.
Em 1999, foi trabalhar na Rede Globo, convidado pelo então diretor editorial da Central Globo de Jornalismo (CGJ), Luis Erlanger, para dirigir a editoria Rio. Participou de um projeto de valorização dos telejornais locais – no caso, do RJTV e do Bom Dia Rio –, que nessa época, a exemplo do SPTV, passaram por grandes mudanças editoriais.
Em 2004, tornou-se chefe do escritório da Globo em Nova York, participando ativamente da reestruturação dos escritórios internacionais da emissora. “Eu acho que é para ter mais gente no mundo. A Globo está mandando repórter para Buenos Aires. Tem repórter indo para Israel. Tem repórter em Paris, em Londres, em Roma. E a nossa turma nos Estados Unidos. Daqui a pouco, vai mandar também para a China. É para ter uma visão mais ampla do mundo”, comenta.
Em 2008, César Seabra comandou a cobertura das eleições presidenciais norte-americanas, coordenando equipes da Globo nos estados de Chicago, Arizona e Washington. Em julho de 2009, assumiu a direção da GloboNews. Sob seu comando, a emissora produziu uma série de coberturas e reportagens especiais, como a posse do presidente americano Barack Obama com transmissão de show, ao vivo, em Washington; a série em homenagem aos 200 anos de Darwin; o especial sobre generais da ditadura militar brasileira feito pelo repórter Geneton Moraes Neto; a cobertura da tragédia no Haiti; cobertura contínua da tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro; reportagem sobre a recuperação de veteranos das guerras do Iraque e Afeganistão e a cobertura especial da crise americana.
EXCLUSIVO MEMÓRIA GLOBO
Webdocsobre a eleição de Barack Obama (2008)
César Seabra deixou o cargo na GloboNews em setembro de 2011, para ser diretor de Redação de Esportes da Globo em São Paulo. Cinco depois, assumiu a Direção Regional de Esportes em São Paulo. Como desafio, a liderança do projeto piloto de integração entre Globo, Sportv e GE.COM, onde permaneceu até outubro de 2017.
A partir de dezembro daquele mesmo ano de 2017, Seabra passou a diretor geral da NSC Comunicação, afiliada da Globo em Santa Catarina.
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