Por Memória Globo

Leo Martins/Memória Globo

Arnaldo Walmory Artilheiro nasceu em 22 de abril de 1939 em São Paulo. Ainda criança, começou a praticar judô, esporte no qual se destacaria no futuro, dando aulas e participando de campeonatos. Seu primeiro emprego, no entanto, foi como assistente de corretor de imóveis. Também trabalhou vendendo ações em uma empresa de transações comerciais. O interesse pela televisão veio por intermédio da atriz Neuza Amaral, amiga de sua família. Foi ela quem levou Arnaldo Artilheiro para a TV Record, onde ele começou como assistente de cameraman, passando, em seguida, a cameraman e a diretor de TV.

Depoimento de Arnaldo Artilheiro ao Memória Globo, 2008 — Foto: Leo Martins/Memória Globo

Nos anos 1960, depois de sair da TV Record, passou por diversas emissoras em várias cidades do Brasil – como a TV Cultura, em São Paulo, a TV Rádio Clube, no Recife, e a TV Paranaense, em Curitiba –, sempre como diretor de TV. Chegando ao Rio de Janeiro, foi trabalhar na TV Rio, novamente como cameraman. Posteriormente, dirigiu programas e desempenhou a função de assistente do então diretor artístico da emissora, Walter Clark.

Em 1965, ingressou na Globo por intermédio do próprio Walter Clark. Inicialmente, foi deslocado para São Paulo para integrar a equipe que cuidaria da TV Paulista – então adquirida pela Globo. Porém, pouco tempo depois, Arnaldo Artilheiro deixou a Globo e passou a dar aulas de judô e participar de campeonatos.

Arnaldo Artilheiro retornou à emissora em 1966, para coordenar o 'Telecatch Montilla', versão brasileira das lutas-livres e um dos programas responsáveis por alavancar a audiência da Globo na época. Único programa transmitido ao vivo desde São Paulo, o 'Telecatch' tinha a direção de Renato Pacote e Teti Alfonso e consagrou o lutador Ted Boy Marino.

Na divisão de Esportes, Arnaldo Artilheiro participou das primeiras transmissões do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 e de partidas de futebol. Também foi diretor de estúdio da 'Grande Resenha Facit', mesa redonda dominical de futebol.

Nos anos 1970, passou a dirigir uma série de programas da linha de shows e entretenimento da emissora. Em 1973, ao lado de Mário Lúcio Vaz, dirigiu o programa 'Globo de Ouro – A Super Parada Mensal', que posteriormente, viraria apenas 'Globo de Ouro'. A proposta era levar ao telespectador os maiores sucessos musicais do momento, sendo que a parada em questão era o ranking das dez músicas mais tocadas nas rádios naquele mês.

Ainda na linha musical, Arnaldo Artilheiro dirigiu, ao lado de Carlos de Oliveira, o festival 'Abertura', em 1975. O festival fora criado para estimular compositores e cantores que não tivessem conquistado até o terceiro lugar em qualquer outro festival televisionado. Também dirigiu o 'Programa Haroldo de Andrade' – que incluía gincanas, entrevistas, concursos e números musicais – e trabalhou no 'Fantástico'.

Na década de 70, Arnaldo Artilheiro acompanhou mudanças tecnológicas importantes, como a introdução da cor na programação da Globo, e também testemunhou episódios trágicos, como os dois incêndios que atingiram a emissora, em 1971 e 1976. Nos dois episódios, foi um dos muitos funcionários que ajudou a salvar as fitas de VT.

Posteriormente, trabalhou no Departamento de Operações e Tráfego (DOT), onde passou a cuidar da logística dos equipamentos da emissora. Nos anos 1990, criou a Assessoria Nacional de Eventos Promocionais (Anep), um departamento que respondia à Vice-Presidência de Operações da emissora, então ocupada por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. A área era encarregada de fazer toda a programação extra, fora da Globo, formada por eventos em diversas partes do país. Foi a última função que Arnaldo Artilheiro desempenhou na Globo, antes de aposentar-se, no final de 1998.

Pai de Rodrigo Artilheiro, hexacampeão brasileiro de Luta Olímpica, e faixa preta de Judô, Arnaldo Artilheiro morreu, após sofrer um AVC, em 30 de junho de 2009, aos 70 anos.

FONTE:

Depoimento concedido ao Memória Globo por Arnaldo Artilheiro em 10/12/2008.
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