Por Memória Globo

Frederico Rozario/Globo

Ana Rosa Guy Galego nasceu em 18 de junho de 1942. Filha dos artistas circenses Jorge Galego e Hildomar Pimenta Galego, desde criança fazia parte das peças e pantomimas encenadas pela família no Circo Novo Horizonte. O circo pertencia ao seu avô materno, Juvenal Pimenta. Aos 2 anos, Ana Rosa já participava de números de dança, contorcionismo e malabarismo. Aos 9, estreou como trapezista e equilibrista. No final dos anos 1950, apresentava-se como bailarina nos números de teatro de revista da Companhia de Circo Real, fundada e dirigida pelo comediante Dedé Santana, seu marido na época. Em 1960, começou a carreira na televisão na TV Alvorada, emissora do grupo Diários Associados criada para a inauguração de Brasília. Ana Rosa estreou em telenovelas na TV Tupi, em 1964, como protagonista de 'Alma Cigana', adaptação de Ivani Ribeiro da obra de Manuel Muñoz Rico. A novela marcou a chegada do videotape à emissora. Na Tupi, trabalhou durante 16 anos, atuando em teleteatros e telenovelas de autores consagrados como Geraldo Vietri e Walther Negrão. Em 1968, fez parte do elenco de 'Beto Rockfeller', de Bráulio Pedroso, um marco na história da teledramaturgia brasileira pela temática urbana e a linguagem coloquial. Na trama, a atriz interpretou a namorada do protagonista, vivido por Luis Gustavo.

Depoimento - Ana Rosa: Trabalhos marcantes

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Estreia na Globo

A estreia na Globo se deu em janeiro de 1983, com uma participação especial na minissérie 'Moinhos de Vento', de Daniel Más e Leilah Assumpção. Em seguida, teve uma passagem de dois anos pela TV Manchete, onde estrelou um remake de 'Antônio Maria', de Geraldo Vietri. Exibida originalmente na Tupi em 1968, a novela foi readaptada pelo próprio autor e inaugurou os estúdios da nova emissora em 1985.

Depois de uma breve participação em 'Brega & Chique', de Silvio de Abreu, em 1987, Ana Rosa voltou à Globo em 1991, para trabalhar em 'O Dono do Mundo', de Gilberto Braga. Passou então a atuar com frequência nas produções da emissora. Entre outras telenovelas, trabalhou em 'Tropicaliente', de Walther Negrão, em 1994; 'O Rei do Gado', de Benedito Ruy Barbosa, em 1996, na qual viveu a mulher do senador Caxias; 'O Beijo do Vampiro', de Antonio Calmon, em 2002; e 'Senhora do Destino', de Aguinaldo Silva, em 2004. Nesse ano, teve seu nome incluído no Guinness Book como atriz recordista em participações em telenovelas.

'O Dono do Mundo': Altair e Nancy se beijam

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Ana Rosa também trabalhou em outros programas de dramaturgia da Globo, entre os quais a minissérie 'Aquarela do Brasil', de Lauro César Muniz, em 2000; as séries 'Caso Verdade', 'Você Decide' e 'Brava Gente'; e o seriado 'A Grande Família', no qual viveu, nas temporadas de 2002 e 2003, o papel de Genoveva, namorada de seu Flor, personagem de Rogério Cardoso.

Em 2005, atuou na novela 'Essas Mulheres', de Marcílio Moraes, exibida pela TV Record. Na emissora, atuou ainda em 'Bicho do Mato', de Bosco Brasil, em 2006, e 'Caminhos do Coração', de Tiago Santiago, no ano seguinte. Em 2008, voltou para a Globo e trabalhou em 'Três Irmãs', de Antonio Calmon. Em 2011, atuou como Dinorá em 'Morde & Assopra', de Walcyr Carrasco, e como Celina em 'Fina Estampa', de Aguinaldo Silva. Interpretou a Zuleica em 'Boogie Oogie' (2014), de Rui Vilhena e a Zuza em 'A Lei do Amor' (2016), de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. Participou também dos seriados 'Louco por Elas' (2012) de João Falcão e 'A Formula' (2017), de Marcelo Saback, seu último trabalho na emissora.

Além do trabalho na televisão, Ana Rosa também tem uma carreira no teatro, com montagens de autores como Moliére e Roberto Cossa em Federico Garcial Lorca. Em 1997, adaptou e produziu para o teatro o 'Violetas na Janela', livro best seller sobre espiritismo, psicografado pela médium Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. O espetáculo ficou sete anos em cartaz com apresentações em todo o Brasil.

Cinema

No cinema, estreou em 1965, com 'Quatro Brasileiros em Paris', de Geraldo Vietri. Trabalhou também em filmes como 'Diabólicos Herdeiros', também de Vieri, em 1966; 'Quatro Pistoleiros em Fúria', de Edward Freund, em 1972; 'Sob o Signo da Cidade', de Carlos Alberto Riccelli e Bruna Lombardi, em 2007; 'Bezerra de Menezes' de Glauber Filho e Joe Pimentel, em 2008; e 'Chico Xavier', de Daniel Filho, em 2010.

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