Por Memória Globo

Arley Alves/Globo

Filha do mecânico industrial Carlos Arósio e da empresária Claudete Aparecida Arósio, Ana Paula Arósio nasceu no dia 16 de julho de 1975, em São Paulo. Seus pais recebiam, e recusavam, propostas para que a filha estrelasse peças publicitárias desde que ela tinha quatro anos. Quando completou 12 anos, a jovem decidiu iniciar sua carreira como modelo fotográfico e tornou-se uma das mais bem-sucedidas do Brasil, sendo capa de cerca de 250 publicações no mundo todo. Aos 19 anos, aceitou o convite para fazer uma participação na novela Éramos Seis (1994), no SBT. Na emissora, trabalhou também em Razão de Viver (1996) e Ossos do Barão (1997).

Estreia em Hilda Furacão

Em 1995 Ana Paula Arósio atuou na peça Batom, de Walcyr Carrasco, na qual contracenou com Luis Gustavo e Fulvio Stefanini, e numa montagem de Fedra, dirigida por Antônio Abujamra, em 1997. Seu desempenho neste trabalho chamou a atenção do diretor Wolf Maya, que convidou a atriz para protagonizar a minissérie Hilda Furacão (1998), uma adaptação de Gloria Perez para o romance homônimo do escritor mineiro Roberto Drummond. Para o papel da prostituta que se apaixona por um jovem frei, o diretor queria alguém desconhecido do grande público. Porém, Ana Paula Arósio ainda fazia parte do elenco contratado pelo SBT. Um acordo entre as duas emissoras permitiu que a atriz vivesse a personagem, cujas cenas foram gravadas em três meses.

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Terra Nostra

Seu primeiro trabalho como atriz exclusiva da Globo aconteceu no ano seguinte, em Terra Nostra (1999), novela de Benedito Ruy Barbosa que retratava a chegada dos imigrantes italianos ao Brasil e a sua influência na sociedade brasileira na virada do século XIX. Ana Paula Arósio viveu a protagonista Giuliana, par romântico de Matteo, personagem interpretado por Thiago Lacerda.

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Destaque em Os Maias e Esperança

Em 2001, Ana Paula Arósio teve papel de destaque na minissérie Os Maias, adaptação de Maria Adelaide Amaral do romance do escritor português Eça de Queiroz, dirigida por Luiz Fernando de Carvalho. No ano seguinte, trabalhou novamente com o diretor na novela Esperança, de Benedito Ruy Barbosa, quando viveu a jovem Camilli, cujo comportamento fugia aos padrões de sua religião e da sociedade paulista de 1930.

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Um Só Coração

Em 2004, a atriz foi Yolanda Penteado na minissérie Um Só Coração, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, com direção de Carlos Manga. A minissérie foi produzida como parte das comemorações dos 450 anos de fundação da cidade de São Paulo. No ano seguinte, Ana Paula Arósio fez par romântico com Fábio Assunção na minissérie Mad Maria, adaptação de Benedito Ruy Barbosa do romance homônimo de Márcio de Souza. Dirigida por Ricardo Waddington e com cenas gravadas no norte do Brasil e em Passa-Quatro, Minas Gerais, a minissérie mostrava a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, em 1912.

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Sucesso em Páginas da Vida

Ana Paula Arósio voltou a trabalhar na novela das oito em Páginas da Vida (2006), de Manoel Carlos. Na trama, dirigida por Jayme Monjardim e Fabrício Mamberti, a atriz viveu a ativa Olívia, casada com Silvio, interpretado por Edson Celulari. Em 2008, protagonizou Ciranda de Pedra, novela de Alcides Nogueira baseada no original de Lygia Fagundes Telles, no papel de Laura. Em 2010, Ana Paula Arósio participou do seriado Na Forma da Lei, de Antonio Calmon, interpretando a promotora Ana Beatriz.

Intercalou seus trabalhos na televisão com atuações no teatro e no cinema. Fez parte das peças Harmonia em Negro (1998), de Aldo Nicolai, com Cássio Scapin e direção de Del Rangel; O Diário de Adão e Eva (2000), de Mark Twain, com Marcos Palmeira e direção de Antônio Abujamra; e Casa de Bonecas (2001), de Henrik Ibsen, com Michel Berkovitch, direção de Aderbal Freire-Filho. No cinema, estreou em Forever (1991), de Walter Hugo Khoury, no qual contracenou com Ben Gazarra; e estrelou Celeste Estrela (2005), de Betsy de Paula, O Coronel e o Lobisomem (2005), de Guel Arraes e em Como Esquecer (2010), de Malu de Martino.

FONTES

Depoimento concedido ao Memória Globo por Ana Paula Arósio em 05/06/2006.
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