Por Memória Globo


Um prédio de 24 andares, construído em 1961 em estilo modernista, com janelas de vidro. Um prédio tombado em 1992, que chegou a ser sede do INSS e da Polícia Federal, em São Paulo. Um prédio que estava ocupado por famílias que não tinham outro teto desde 2003. O prédio Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, Centro de São Paulo, conhecido por "prédio de vidro", desabou depois de pegar fogo na madrugada do dia 1º de maio de 2018, deixando sete moradores mortos e dois desaparecidos. Foram ainda atingidos dois edifícios e parte de uma igreja de 1908 em estilo neogótico que ficava na lateral do prédio que desabou, afetando inclusive um órgão centenário.

O 'SP1' começou mais cedo sua edição de feriado e mostrando a impressionante cena do desabamento do prédio. O repórter-cinegráfico Abiatar Arruda conseguiu o flagrante do momento. Antes do prédio cair, o cinegrafista enquadra o topo de um edifício em que um bombeiro tentava resgatar um morador do prédio de vidro. Ele chega a jogar uma corda com a qual o morador estava amarrado, mas não dá tempo de resgatá-lo. O prédio vem abaixo. Em seguida, só é possível ver uma gigantesca nuvem de fogo.

O 'SP1' mostra ainda vários outros impressionantes ângulos do desabamento, feitos por moradores da área que enviaram as imagens para o telejornal. São imagens tão fortes que até o apresentador César Tralli se emociona.

Imagens mostram momento em que prédio desaba no centro de SP

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Na manhã seguinte, o 'SP1' acompanhou o trabalho dos bombeiros de rescaldo nos escombros do prédio e na busca por vítimas. Eles montaram um gabinete de crise no local, com 130 homens e 57 viaturas. Também foi montado um posto médico com capacidade de atender 60 pessoas. Também na manhã seguinte, o governador Márcio França e o presidente Michel Temer foram ao local. O presidente foi hostilizado pelos presentes.

Bombeiros tentam apagar incêndio nos escombros de prédio que desabou

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A Secretaria municipal de Assistência Social cadastrou 248 moradores do prédio para receber ajuda. Na ocupação, havia um sistema organizado com carteirinha para controlar o pagamento do aluguel, que custava de R$ 100 a R$ 400, sendo que havia casos de moradores que não pagavam nada. O apresentador César Tralli anunciou que o déficit habitacional apenas em São Paulo é de 380 mil moradias, o que totaliza cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Prefeitura cadastra 248 pessoas que viviam no prédio que desabou para receber ajuda

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O 'SP1' também contou a história do prédio Wilton Paes de Almeida, que, quando foi construído, era visto como um prédio moderno por ter ar-condicionado embutido. Ele teve vários usos, mas depois que a PF saiu do prédio, entrou em declínio e abandono.

Um marco na cidade

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O 'SP2' conseguiu entrevistar o bombeiro Diego Pereira da Silva Santos, que quase salvou o morador que aparece nas imagens quando o prédio desaba. Segundo o bombeiro, seria preciso apenas mais 30 ou 40 segundos para conseguir retirar o morador. No dia seguinte, foram encontrados a corda e o cinto que o morador usava na hora do resgate frustrado. Mas nada da vítima.

Bombeiro conta como tentou salvar homem de prédio que pegou fogo

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Por conta do acidente, o prefeito Bruno Covas anunciou que a defesa civil iria fazer vistoria em 70 outras ocupações. Cinco outros prédios haviam sido interditados.

Defesa Civil vai fazer avaliação de 70 ocupações na capital paulista

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Ao fim das investigações, um curto-circuito era a principal hipótese para a origem do incêndio no prédio de vidro. Três coordenadores da ocupação foram responsabilizados criminalmente pelo desabamento, acusados de não tomarem medidas de segurança para evitar o risco de incêndio. O trio responde em liberdade por “incêndio, desabamento ou desmoronamento”.

Fonte

G1 SP. "Incêndio e desabamento do prédio no Largo do Paissandu completam um ano; veja o que se sabe sobre o caso". in g1. Publicado em 01/05/2019 no https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/01/incendio-e-desabamento-do-predio-no-largo-do-paissandu-completa-um-ano-veja-o-que-se-sabe-sobre-o-caso.ghtml. Acessado dia 27/01/2023.
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