Em 2019, a veterana repórter Sandra Passarinho, com apoio do repórter cinematográfico Rogério Lima, fez uma série de três episódios sobre inteligência artificial. A ideia era mostrar como a IA já fazia parte da nossa vida, mesmo que a gente não percebesse. Para apresentá-la Renata Vasconcellos observou que, ao longo da carreira, Sandra já havia feito diversas reportagens sobre tecnologia. Acompanhou, portanto, diversas mudanças no setor até chegarmos aonde estamos.
No primeiro episódio, que foi ar em 7 de outubro de 2019, Sandra explicou o avanço que a inteligência artificial representava em relação a progressos tecnológicos anteriores: neste caso, a máquina é treinada para pensar como gente, tomando, inclusive, decisões autônomas. Entre os exemplos mostrados, estavam um avião que já consegue taxiar sem piloto e uma máquina que produz roupas sob medida num piscar de olhos.
Inteligência artificial avança e facilita progresso em empresas, indústrias e escolas. Jornal Nacional, 07/10/2019
O segundo episódio foi ao ar no dia seguinte, tratando exclusivamente da importância da IA para a área de saúde. Em alguns hospitais, inclusive públicos, foram criadas ferramentas para garantir avanços no tratamento de doenças e agilidade na internação. Há casos em que ações repetitivas, agora feitas por máquinas, permitem que enfermeiros tenham mais tempo para estar com os pacientes.
Inteligência artificial garante avanços no tratamento de doenças e agilidade na internação. Jornal Nacional, 08/10/2019
Por fim, no dia 9 de outubro Sandra abordou uma questão que preocupa muita gente: o impacto da IA no mercado de trabalho. Na era das máquinas, o emprego é de quem no Brasil? Pesquisa do Ipea mostrava, na época, que 54% dos empregos corriam risco de serem ocupados por máquinas até 2046.
Por outro lado, outras profissões surgiam a partir dali, como sempre aconteceu.
A reportagem mostra como exemplo o caso de uma confecção. A funcionária mais antiga aprendeu a fazer modelagens usando IA, e hoje em dia prepara os mais novos para utilizar a tecnologia. Mas quem põe a mão na massa para transformar aquela modelagem em roupa – as costureiras – seguem trabalhando da maneira convencional. A empresa não demitiu ninguém naquele processo, mas otimizou os custos porque reduziu o desperdício de matéria-prima.
Ao fim, um simpático robô criado no Brasil comenta: “Quem sabe um dia vou conseguir fazer uma reportagem”.
De volta à bancada do ‘JN’, Renata Vasconcellos responde: “Pode até fazer, mas igual à Sandra Passarinho não vai não”.
Inteligência artificial: os possíveis impactos dessa tecnologia no mercado de trabalho. Jornal Nacional, 09/10/2019