EXCLUSIVO MEMÓRIA GLOBO
Webdoc sobre a série jornalística 'Fronteiras', exibida em abril de 2002 no 'Jornal Nacional', com entrevistas exclusivas do Memória Globo.
Abrindo a série, o repórter Idenilson Perin foi até a Amazônia, uma fronteira de quase 11 mil quilômetros, para mostrar como barcos colombianos e peruanos, traficando armas e drogas, navegavam livremente pelos rios brasileiros sem fiscalização.
Na região centro-oeste, fronteira com Bolívia e Paraguai, o repórter Fernando Parracho mostrou como a falta de fiscalização facilita o tráfico de drogas e roubo de carros. A reportagem acompanhou a viagem de um traficante à Bolívia e sua volta ao Brasil, de ônibus, com um quilo de cocaína escondida no corpo, sem ter sido revistado em todo trajeto. A matéria mostrou, ainda, a insegurança da população da região, que sofre com as ações criminosas dos narcotraficantes brasileiros, bolivianos e paraguaios.
Na fronteira mais movimentada do país, a do Brasil com o Paraguai, o repórter Wilson Kirsche flagrou a ação de bandidos que atacavam sacoleiros e turistas na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. A reportagem mostrou o esforço dos fiscais, que não conseguem dar conta do grande tráfego de veículos e pessoas e acabam deixando passar contrabandistas de produtos como cigarros falsificados, CDs piratas, drogas e até carros roubados, levados em balsas improvisadas pelo Rio Paraná.
Na quarta reportagem da série, o repórter Ricardo Azeredo foi ao Sul do país e percorreu quase 1.800 km entre Brasil, Argentina e Uruguai. Ele registrou contrabando de carne proibida para consumo no Brasil, pelo risco de contaminação por febre aftosa, a ação de milícias contra o roubo de gado, além de contrabandistas que transportavam até 300kg de carga ilegal em cima de motocicletas.
Em 2003, a série 'Fronteiras' ganhou o Prêmio Rei de Espanha na categoria íbero-americano.