O Jornal Hoje transmitiu, ao vivo, o atentado de 11 de setembro às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York. No mesmo dia, o centro do poder militar norte-americano, o Pentágono, também foi atingido por um avião, e outra aeronave foi sequestrada e derrubada a 130 quilômetros ao sul de Pittsburgh, na Pensilvânia.
Trecho da edição especial do Jornal Hoje com a cobertura ao vivo dos atentados terroristas nos Estados Unidos, 11/09/2001.
O primeiro plantão do Hoje entrou no ar às 9h52, sete minutos após o choque do primeiro avião a uma das torres do WTC. Naquele momento, as redes americanas diziam que era um acidente de avião e estavam tentando entender o que acontecia. Quando o segundo avião atingiu a outra torre, o Hoje começou a falar em atentado antes mesmo da CNN.
A transmissão ao vivo se estendeu até as 14h, com imagens das redes de televisão americanas, ancoradas dos estúdios de São Paulo por Carlos Nascimento e Ana Paula Padrão. Os dois jornalistas não contaram com textos de apoio ou teleprompter. Amauri Soares, então diretor executivo da Central Globo de Jornalismo, comandou a transmissão de dentro do switcher, comunicando-se com os dois apresentadores por meio de pontos eletrônicos. Enquanto um deles narrava os acontecimentos, Amauri dizia ao outro quais imagens entrariam a seguir.
O plantão com a cobertura ao vivo do atentado seguiu até o início do Jornal Hoje, que abriu sua edição com imagens do sul da Ilha de Manhattan coberta de fumaça. Pedestres transtornados, feridos sendo atendidos nas ruas e as torres em chamas mostravam o panorama da tragédia.
Os correspondentes internacionais entraram ao vivo com informações diversas. Do escritório de Nova York, Zileide Silva confirmou a notícia, divulgada pelo FBI, de que quatro aviões haviam sido sequestrados. Heloísa Vilella e Edney Silvestre, também de Nova York, mostravam o medo que pairava sobre os moradores da cidade em relação a novos ataques.
O Hoje mostrou ainda a repercussão do atentado no Brasil, com entradas ao vivo de Heraldo Pereira, de Brasília, e Graziela Azevedo, de São Paulo, que entrevistou o então Ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, condenando o episódio em nome do governo brasileiro. No estúdio, Maria Aparecida de Aquino, especialista em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, fez uma análise sobre o impacto dos acontecimentos no cenário mundial.