O time de futebol da Chapecoense, da cidade de Chapecó, Santa Catarina, estava prestes a viver o momento mais glorioso de sua história. Em novembro de 2016, os jogadores disputariam sua primeira final em um torneio internacional. Decidiriam a Copa Sul Americana contra o Atlético Nacional, de Medellin, Colômbia.
Lilia Teles traz as informações sobre o acidente do avião da Chapecoense direto da Colômbia, Jornal Nacional, 29/11/2016.
A viagem da equipe, dirigentes, comissão técnica e jornalistas começou na tarde do dia 28 de novembro no aeroporto de Guarulhos, São Paulo. O voo da companhia aérea Boa até a cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, durou cerca de três horas. O trajeto final foi num voo fretado da companhia Lamia, também boliviana. A chegada ao aeroporto José Maria Córdova, em Medellin estava prevista para cerca de 22 horas, horário local. A poucos minutos da aterrisagem, o avião se chocou com o monte conhecido como Cerro El Gordo, de 2.600 metros de altitude. As investigações sobre as causas do acidente concluíram que a aeronave não sofreu nenhum problema técnico, e que a queda se deu por uma pane seca causada pela falta de combustível.
Setenta e uma pessoas morreram na tragédia: 19 jogadores e 20 jornalistas. Entre os seis sobreviventes, três jogadores, um jornalista e dois tripulantes. Uma equipe da Globo integrava o voo: o repórter Guilherme Marques, o produtor Guilherme Van Der Laars e o repórter cinematográfico Ari Júnior, todos morreram no acidente.
EQUIPE E ESTRUTURA
A informação sobre a queda do avião que levava o time da Chapecoense nos arredores de Medellin, na Colômbia, chegou nas primeiras horas da madrugada do dia 29 de novembro de 2016. A partir de então, a Globo começou a preparar uma cobertura proporcional à tragédia. A repórter Lívia Laranjeira, do SporTV, estava na cidade colombiana para cobrir a final da Copa Sul Americana e deu as informações iniciais. Do Rio de Janeiro, foram enviados os repórteres Ari Peixoto, Marcos Uchoa e Lília Teles, acompanhados dos repórteres cinematográficos Wanderley Serbonchini, Daniel Andrade e Júnior Alves.
O repórter Tiago Eltz foi para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde o avião da Lamia decolou. A repercussão do acidente pelo mundo foi relatada pelos correspondentes Jorge Pontual e Fábio Turci, de Nova York; Cecília Malan e Pedro Vedova, de Londres; Márcio Gomes, de Tóquio e Ilze Scamparini, de Roma. Participaram da cobertura no Brasil os repórteres José Roberto Burnier, Alberto Gaspar, Ricardo Von Dorff, Dulcineia Novaes, Kíria Meurer, Graziela Azevedo, Carlos de Lannoy, Eric Faria, Álvaro Pereira Júnior, Claiton Cesar, Júlio Ettori, Marcelo Canellas e Kiko Menezes, entre outros.
PLANTÃO E PRIMEIRAS NOTÍCIAS
A queda do avião da Chapecoense foi divulgada em um plantão, às quatro e dez da manhã do dia 29 de novembro, pela apresentadora do Hora Um, Monalisa Perrone. O telejornal entrou no ar às cinco horas trazendo as primeiras notícias. Lívia Laranjeira, repórter do SporTV, falou ao vivo por telefone. As informações, naquele momento, ainda eram desencontradas.
Em seguida, no Bom Dia Brasil, Chico Pinheiro noticiou que o pref eito de Medellin falava em 25 mortos e cinco sobreviventes. Horas depois, o Jornal Hoje divulgou outro número: autoridades colombianas revelavam, àquela altura, que 81 pessoas estavam a bordo e que havia 75 mortos e seis sobreviventes. O repórter Ricardo Von Dorff falou ao vivo da Arena Condá, o estádio da Chapecoense, onde os torcedores do clube se dirigiram em busca de informações.
Especialistas foram ouvidos pelo JH sobre as hipóteses do que poderia ter acontecido com o avião. Uma das reportagens contou a trajetória meteórica do time da Chapecoense, um clube pequeno de Santa Catarina que chegava à sua primeira final continental. Cecília Malan, de Londres, informou que três peritos britânicos viajaram à Colômbia para ajudar nas investigações, já que o avião era de fabricação inglesa.
Hora Um traz as primeiras informações sobre o acidente sofrido pelo avião da Chapecoense na Colômbia, Hora Um, 29/11/2016.
Jorge Barros e Carlos Camacho, especialistas em segurança em voos, analisam aspectos que podem ter levado à queda do avião da Chapecoense na Colômbia, Jornal Hoje, 29/11/2016.
A DIMENSÃO DA TRAGÉDIA
Heraldo Pereira abriu o Jornal Nacional de 29 de novembro dizendo: “O Brasil perplexo e comovido. Essa foi uma tragédia que interrompeu um sonho”. Giuliana Morrone completou: “O Brasil despertou com uma notícia trágica que abalou o esporte e o país. Setenta e uma pessoas morreram e há seis sobreviventes”. Lília Teles, de La Ceja, Colômbia, disse que a dor estava sendo compartilhada pelos colombianos. Ela falou direto do hospital onde os feridos foram levados.
O repórter Marcos Uchoa mostrou o trabalho de resgate numa área montanhosa de difícil acesso. Em primeira mão, o JN divulgou um vídeo, cedido pela TV boliviana, com os últimos minutos dos passageiros antes do avião levantar voo de Santa Cruz de La Sierra. Ao vivo de Medellin, Ari Peixoto falou da liberação dos corpos. Eric Faria contou a trajetória dos jornalistas mortos e Carlos Gil revelou histórias de vida de alguns jogadores que não sobreviveram. A repórter Dulcineia Novaes, de Curitiba, entrevistou o filho do técnico Caio Júnior, Matheus Salori, que iria no voo, mas não embarcou porque esqueceu o passaporte.
Carlos de Lannoy ouviu o piloto e escritor Ivan Sant’anna, que também é especialista em acidentes aéreos, sobre as possíveis causas do desastre com o Lamia. O repórter Ricardo Von Dorff mostrou o sofrimento dos habitantes de Chapecó. Kíria Meurer entrevistou familiares das vítimas e Pedro Vedova, de Londres, falou da solidariedade de times da Europa e lembrou de outras tragédias envolvendo equipes de futebol. O Jornal Nacional terminou com Galvão Bueno, Heraldo Pereira e Giuliana Morrone, de pé, sob aplausos da redação.
Reportagem de Marcos Uchoa sobre os trabalhos de resgate dos corpos das vítimas do acidente aéreo com o time da Chapecoense em região de difícil acesso na Colômbia, Jornal Nacional, 29/11/2016.
Jornal Nacional presta homenagem às vítimas da queda do avião da Chapecoense, Jornal Nacional, 29/11/2016.
"NÃO ME DEIXEM MORRER"
No Jornal da Globo do dia 29 de novembro, William Waack iniciou a edição com a pergunta: “Tragédias como essa poderiam ser evitadas”? Imagens de helicóptero, cedidas pelo governo da Colômbia, mostraram o ponto do impacto do avião no morro perto de Medellin. As cenas revelaram que o avião se chocou com um lado da montanha, despencou e os destroços caíram do outro lado. Com auxílio de arte e gráficos, o apresentador fez uma descrição do que teria acontecido nos últimos momentos de voo. Ele comentou sobre as características do avião e disse que a aeronave teria viajado no limite de altitude e combustível.
De Medellin, Ari Peixoto informou que a caixa preta do avião tinha sido encontrada em perfeito estado. Reportagem de Marcos Uchoa mostrou o encerramento das buscas, que duraram 16 horas, e divulgou o balanço da tragédia: seis sobreviventes e 71 corpos resgatados.
O jogador Alan Ruschel foi o primeiro sobrevivente retirado dos destroços. Reportagem de Lília Teles contou que o goleiro Jackson Follmann, que teve uma perna amputada, teria pedido à equipe de resgate: “Não me deixem morrer”. A repórter Kíria Meurer relatou, de Chapecó, que muitos torcedores fariam uma vigília ao redor do estádio Arena Condá para lembrar os jogadores da Chape. De Nova York, Jorge Pontual mostrou a repercussão do acidente nas manchetes dos principais jornais do mundo. Cléber Machado e Caio Ribeiro comentaram a comoção no esporte internacional e a homenagem numa partida em Liverpool, na Inglaterra.
Apresentador William Waack explica o que pode ter causado a queda do avião da Chapecoense na Colômbia, Jornal da Globo, 29/11/2016.
Reportagem de Lilia Teles sobre o estado de saúde dos sobreviventes da queda do avião da Chapecoense, Jornal da Globo, 29/11/2016.
INDÍCIOS
A edição do Jornal Nacional de 30 de novembro abordou as causas da tragédia com o time da Chapecoense. Lília Teles e o repórter cinematográfico Wanderley Serbonchini foram ao local onde caiu o avião. Policiais contaram à equipe sobre o resgate dos corpos no meio da mata e o caminho que percorreram até uma base militar.
O JN revelou o áudio de um piloto da Avianca que escutou a conversa do piloto da Lamia com a torre de controle. Especialistas em aviação foram ouvidos pelos repórteres do telejornal para repercutir o diálogo. Em entrevista a Carlos de Lannoy, o escritor Ivan Sant’anna concluiu que o piloto da Lamia tinha a opção de parar para abastecer na cidade de Cobija, na Bolívia, o que teria evitado a tragédia. José Roberto Burnier, de Chapecó, contou a história do narrador esportivo de uma rádio local que deu a viagem de presente para um colega jornalista, que acabou morto no acidente.
Reportagem de Lilia Teles sobre trecho de conversa divulgado entre o piloto do avião da Chapecoense e o torre de controle do aeroporto, Jornal Nacional, 30/11/2019
"VAMOS, VAMOS CHAPE"
No Jornal da Globo do dia 1o. de dezembro, Marcos Uchoa entrou ao vivo de Medellin e mostrou a homenagem dos colombianos às vítimas da tragédia. O estádio Anastasio Girardot, onde seria a partida da final da Copa Sul Americana, lotou de torcedores do Atlético Nacional, que vestiram as cores da Chapecoense e reverenciaram os mortos. De Chapecó, o repórter Alberto Gaspar acompanhou a cerimônia realizada simultaneamente à de Medellin. Na Arena Condá, a população cantou e reverenciou seus ídolos. O JG anunciou, ainda, que autoridades colombianas confirmaram a falta de combustível nos tanques do avião no momento da queda.
Repórter Edgar Alencar traz as últimas informações sobre o estado de saúde dos sobreviventes da queda do avião da Chapecoense e reportagem de Marcos Uchoa mostra homenagens feitas ao clube brasileiro pelos colombianos, Jornal Nacional, 01/12/2016.
PLANO DE VOO
No Jornal Hoje do dia 1º de dezembro, o repórter Ari Peixoto, de Medellin, chorou ao vivo ao falar do reconhecimento do corpo do colega da Globo, Guilherme Marques. Alberto Gaspar mostrou os preparativos para o velório coletivo que seria realizado na Arena Condá, em Chapecó. Reportagem de Flávia Freire contou a trajetória da companhia aérea Lamia, que tinha apenas um avião, mas transportava seleções milionárias, como a da Argentina.
Com exclusividade, o JH conseguiu o plano de voo da Lamia. Enviado especial a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, Tiago Eltz mostrou o documento que revelou que o tempo de voo era o mesmo da autonomia do avião. Uma funcionária boliviana teria alertado o piloto de que o avião não poderia decolar naquelas condições.
Repórter Ari Peixoto se emociona ao falar sobre a liberação do corpo do colega Guilherme Marques, morto no acidente com o avião da Chapecoense na Colômbia, Jornal Hoje, 01/12/2016.
MÃE CORAGEM
No dia 2 de dezembro, no Hora Um, o sogro do piloto da Lamia pediu perdão às vítimas da tragédia. No Jornal Hoje, Tiago Eltz, de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, divulgou uma carta da controladora do aeroporto de Medellin. Ela estaria sofrendo ameaças por ter alertado sobre as condições do voo. A irmã do piloto da Lamia, Miguel Quiroga, Carola Pinto, também foi entrevistada e disse que acreditava na inocência dele.
No Jornal Nacional, Marcos Uchoa mostrou o adeus aos colombianos que morreram no acidente. E um momento que emocionou o país: Dona Alaíde Padilha, mãe do goleiro Danilo, morto na tragédia, consolou o repórter do SporTV, Guido Nunes, que chorou durante a reportagem.
Reportagem de Kíria Meurer sobre a emoção das pessoas envolvidas na cobertura da queda do avião da Chapecoense, Jornal Nacional,02/12/2016.
TRANSMISSÃO AO VIVO
No dia 3 de dezembro, a Globo acompanhou o velório das vítimas desde o momento da chegada dos corpos ao aeroporto de Chapecó. A transmissão começou às 7h45min e ficou mais de sete horas no ar. Galvão Bueno definiria como “uma das transmissões mais tristes da história da TV Globo”.
No Jornal Nacional daquele dia, Giuliana Morrone abriu o telejornal dizendo “O Brasil se emociona na despedida dos heróis da Chapecoense”. Reportagem de Ricardo Von Dorff mostrou o trajeto dos caixões até à Arena Condá, um percurso de cerca de 10 kms, realizado sob chuva forte. O repórter Carlos de Lannoy contou como foi o velório dos jornalistas da Globo. De Medellin, Lília Teles informou que a funcionária que autorizou o voo da Lamia tinha sido indiciada.
Reportagem de José Roberto Burnier sobre a cerimônia na chegada dos corpos dos jogadores da Chapecoense ao Brasil, Jornal Nacional, 03/12/2016.
Reportagem de Ricardo von Dorff sobre o cortejo dos corpos dos jogadores da Chapecoense pela cidade de Chapecó até a Arena Condá, Jornal Nacional, 03/12/2016.
ESPORTE ESPETACULAR
Apresentado por Fernanda Gentil e Flávio Canto, o Esporte Espetacular do dia 4 de dezembro dedicou grande parte de suas edição à tragédia. Eric Faria, direto de Chapecó, falou do velório da véspera, que durou quase sete horas. O prefeito da cidade, Luciano Buligon, discursou com a camisa do Atlético Nacional, de Medellin. O EE mostrou que a cerimônia contou com a presença de ex-jogadores como o holandês Seedorf e o espanhol Puyol.
O programa lembrou a trajetória do ex-jogador e comentarista Mário Sérgio, morto no acidente. O repórter Kiko Menezes entrevistou os jogadores da Chapecoense que não viajaram. O Esporte Espetacular relembrou também o desastre aéreo que matou o time peruano do Alianza Lima, em 1987, e terminou o programa com a repórter Glenda Kozlowski de mãos dadas com a equipe na redação.
Reportagem de Kiko Menezes sobre o velório dos jogadores da Chapecoense na Arena Condá, Esporte Espetacular, 04/12/2016.
Homenagem do Esporte Espetacular aos colegas de imprensa mortos na queda do avião da Chapecoense na Colômbia, Esporte Espetacular, 04/12/2016.
FANTÁSTICO
O Fantástico de 4 de dezembro começou com reportagem de Álvaro Pereira Jr. mostrando a chegada dos bombeiros de La Union, cidade de 21 mil habitantes a 60 kms de Medellin, onde a tragédia ocorreu. Eram jovens que tinham feito, até então, pequenas ocorrências. O repórter também percorreu, de avião, o trajeto do local do acidente até o aeroporto de Medellin, cerca de sete minutos e meio de voo. Ele entrevistou dois voluntários colombianos que ajudaram no resgate do jogador Alan Ruschel, um dos sobreviventes.
De Cochabamba, na Bolívia, Tiago Eltz conversou com Erwin Tumiri, o tripulante boliviano que se salvou. Ele contou como ajudou a soltar a comissária Ximena dos destroços do avião e disse que queria visitar Chapecó: “ Eu sinto como se tivesse sido salvo por eles”. Marcelo Canellas, da cidade catarinense, conversou com moradores, parentes e amigos das vítimas. A correspondente Ilze Scamparini, da Itália, relembrou outra tragédia aérea que abalou o mundo do esporte. O acidente com o time italiano do Torino em 1949.
O programa foi encerrado com uma homenagem. Um texto narrado por Galvão Bueno levava o telespectador a imaginar a vitória da Chapecoense na Copa Sul Americana.
Reportagem de Álvaro Pereira Júnior sobre o trabalho de resgate dos bombeiros no local da queda do avião da Chapecoense na Colômbia, Fantástico, 04/12/2016.
Entrevista do repórter Tiago Eltz com o sobrevivente da queda do avião da Chapecoense Erwin Tumiri, Fantástico, 04/12/2016.
RELATÓRIO FINAL
No dia 27 de abril de 2018, o Jornal Nacional anunciou o relatório final das autoridades colombianas: o acidente com o avião da Chapecoense ocorreu por falta de combustível. A análise da caixa preta, com as gravações das conversas entre os pilotos, revelou que 40 minutos antes da queda, sinais visuais e sonoros apontaram a situação de emergência. Mesmo assim, a tripulação não pediu prioridade de pouso.
Reportagem de Edson Viana sobre o relatório final sobre o acidente do avião da Chapecoense na Colômbia, elaborado por especialistas de cinco países, Jornal Nacional, 27/04/2018.
MORTE DE JORNALISTA
No dia 26 de março de 2019, o Jornal da Globo noticiou que mais de dois anos depois da tragédia, o jornalista Rafael Henzel, um dos seis sobreviventes da queda do avião, morreu de enfarte enquanto jogava futebol com amigos em Chapecó. Dois meses depois do acidente, ele narrou ao lado de Galvão Bueno, o amistoso entre as seleções do Brasil e da Colômbia, naquele que foi chamado de “o jogo da amizade”. Rafael Henzel tinha 45 anos.
Jornal da Globo traz as informações sobre a morte do jornalista Rafael Henzel, um dos sobreviventes da queda do voo da Chapecoense na Colômbia, após sofrer um infarto, Jornal da Globo, 26/03/2019.
COBERTURA DIFÍCIL
O acidente com o avião da Chapecoense, onde 71 pessoas morreram, foi especialmente dramático para a equipe da Globo encarregada da cobertura. Entre os mortos, estavam colegas de trabalho, além de profissionais de outros veículos, muitos deles com passagem pela emissora. Os depoimentos são unânimes em considerar essa cobertura a mais difícil de suas vidas.
“Acordei assustada com minha filha falando do acidente com o avião da Chapecoense. Se tragédias diárias já mexem com o nosso coração, imagine quando ela bate na nossa porta, nos tira gente querida”. Lília Teles, repórter.
“Aquela semana foi horrível, todo mundo sem querer estar na redação, não tinha muito o que falar, só sentir. E aí chegou domingo, a gente tinha que falar sobre aquilo, mas sem ser sensacionalista. Foi o pior momento da minha carreira”. Fernanda Gentil, apresentadora.
“Já seria uma cobertura difícil, por um time inteiro de futebol sumir, mas a gente tinha três profissionais nossos lá dentro. E todo o processo de decisão de quem ia viajar passou por mim. Eu que decidi, quem ia, quem não ia”. Renato Ribeiro Soares, diretor de conteúdo do Esporte.
“Quando você chega lá nos destroços, você fala: não é possível que isso aconteceu de verdade. Eu realmente estou no local onde caiu o avião, que esses pertences, essas malas, eram do pessoal da Chapecoense. Depois, acharam o crachá do repórter cinematográfico Ari Júnior e vieram falar com a gente”. Álvaro Pereira Jr., repórter.
FONTES
JORNAL NACIONAL 29 E 30 / 11/2016; 02/12/2016; 03/12/2016; 27/04/2018; 29/03/2019; JORNAL DA GLOBO 30/11/2016; 01/12/2016; JORNAL HOJE 29/11/2016; 01/12/2016; 02/12/2016; HORA 1 29/11/2016; 02/12/2016; BOM DIA BRASIL 29/11/2016; 01/12/2016; ESPORTE ESPETACULAR 04/12/2016; FANTÁSTICO 04/12/2016. |